Persona 3
Console: PS2
Produtora: Atlus
Grupo Megaten
Faixa Etária: Cero B(Classificação japonesa considerada entre a media 12 a 18 anos)
Após um trágico começo com o game Digital Devil Saga, pensei que todo os games do grupo Megaten fossem naquele mesmo estilo parado e sem graça, mas após uma pequena pesquisa descobri que esse grupo com caracterizas bem particulares tem muito mais a oferecer.. e algo de boa qualidade.
O grupo Megaten tem uma abordagem bastante peculiar em relação a alguns estúdios que também fazem RPG como Square-Enix,Sony Studios por conter características bastante adultas para esse tipo de jogo, e o grande fator de se desligar completamente de origens medievais e se concentrar no nosso tempo atual ou em alguma realidade alternativa caótica.
Quando peguei Persona 3, o mais recente trabalho desse estúdio que foi lançado no Japão no começo de julho com previsão para fevereiro nos estados unidos, estava com mais entusiasmo, pois já tinha lido um pouco sobre ele e tinha visto que prometia muito .Diferente de Digital Devil Saga e sua seqüência, o jogo não tem ligação com seus antecessores, que saíram para PSO e SNES, a não ser pelos elementos característicos da serie como os Personas em si com suas formas e evoluções.
O jogo se passa em Tokyo no ano de 2009, com o protagonista sem nome(fica a seu cargo nomeá-lo) que esta indo estudar num colégio novo , tendo que se hospedar em uma pensão de alunos muito estranha.O jogo também é dividido em duas pares durante o decorrer do dia, A manha, onde você ira a escola e deve fazer amigos e obter informações sobre os acontecimentos estranhos que andam ocorrendo na cidade, alem de poder no decorrer do jogo ir explorando também o resto da cidade.A noite é que começa a ação, pois todo o cenário fica sombrio e o protagonista e seus companheiros são levados para as “Trevas”, uma versão maligna do mundo deles, onde diversos casos estranhos devem ser resolvidos, alem de a própria escola virar um castelo a ser explorado.
Quando joguei achei bem legal essas transições , mas para o começo o jogador tem que esperar muito para ver a primeira batalha, e no meu caso acabei achando isso meio desanimador , vai ver estou muito acostumado a estilos hack and slash que venho jogando ultimamente.
Mas quando chega nas batalhas, vejo que eles também deram uma boa revisão nos padrões de batalhas que temos nos RPG atuais e deram uma mudada. Para começar você só controla o protagonista a batalha inteira e seus companheiros são controlados pelo computador, até ai você leitor pode fala “ mas nos RPGs de ação é assim” , sim é mas esse é um RPG de TURNO, logo você normalmente controlaria os 3, o que não ocorre aqui. Essa “exclusividade” ao seu avatar é legal por dar mais intimidade ao protagonista e jogador, pois alem de escolher suas fala e ações, e controlar ele nas lutas, da a sensação de importância a ele em relação a historia , ainda mais devido as mistérios que envolve ele.
Apesar disso os outros personagens da trama também te sua importância e relevância na historia, como Iori Jupei , seu primeiro colega de Sala, e Takaya, o vilão com aparecia idêntica de Jesus Cristo.
Esta ai uma característica bastante marcante do estúdio Megaten, a polemica criada devido ao uso de referencias religiosas nos seus jogos e extrema violência e cenas fortes, como no caso de deste jogo, onde para invocar seu Persona o personagem tem que dar um tiro na cabeça,não com uma bala de verdade, mas como forma simbólica de libertar sua verdadeira personalidade do subconsciente.Há também outras referencias mais fortes como em Shin Megami Tensei, onde se deve fazer pactos com as versões do demônio de diversas culturas .
Uma coisa que observei também nesta versão, e que esta bem claro em relação as outras versões desse jogo, é o design em geral. Tanto os menus, balões de fala e a barra de ações nas batalhas estão num formato bonito, agradável e simples, bem característicos de propagandas usadas hoje em dia, com fontes sem Serifa alternadas e distribuição de textos de alinhamento diverso, coisa que se percebe que não foi cuidada nas versões anteriores desta franquia, quando era bem parecida com outros jogos desse estilo.
Com esse jogo ainda esta em japonês, para mim, fica difícil terminar então estou esperando a versão em inglês para fazer uma melhor analise, sendo com a japonesa já deu para sentir todo o clima sombrio e jogabilidade peculiar desse titulo.Espero que tenham experiências boas com ele pois não eu um RPG qualquer de matar dragão e salvar o mundo.