On Vox: Sonho [28/06/09]

Jun 28, 2009 16:49


Essa noite eu acordei por causa de um dos sonhos mais reais que tenho tido recentemente. Ou melhor, na verdade, não costumo ter sonhos em que eu realmente vá acabar me lembrando depois ou de chegar a acordar por causa deles. O que é engraçado, minha memória é meio fraca quando se trata de palavras ou sonhos, mas sobre situações eu acho que consigo reunir uma grande quantidade de lembranças de muito tempo atrás, e realmente ter detalhes para contar sobre elas.

Não pretendia falar disso aqui, mas pela falta de vontade de contar isso para alguém diretamente, nada melhor pra mim do que escrever exatamente o que sinto, já que eu nunca acho que consigo dizer exatamente tudo do que gostaria de passar ou expressar numa conversa (algo que eu consideraria ruim para alguém que pretende seguir carreira acadêmica, mas whatever).

Moramos numa família de três aqui em casa (quatro, se contarmos com a poodle) e o sonho era exatamente e só isso; papai, mamãe e filhinho hanging out como num dia qualquer, nada muito interessante. Tudo só estava numa harmonia fora do comum de como realmente é, já que normalmente depois de cinco minutos no mesmo recinto alguém começa a berrar descontroladamente com a pessoa ao lado (tá, exagerei).

Mas era isso, e eu só acordei como um desesperado no fim do sonho depois de uma pessoa ter aparecido na janela da minha casa. Eu não a conhecia, pelo menos não consegui distinguir algum nome ou situação sobre ela, apesar da aparência, o rosto fino e os olhos fora das órbitas me terem sido extremamente familiar. A única coisa que eu vi no momento seguinte foi ver meus pais serem assassinados na minha frente. Primeiro pai, depois mãe. E por fim, eu mesmo. E foi realmente um sensação estranha. Eu me senti caindo na maior paz e calma que eu poderia sentir algum dia, e quanto eu abri os olhos, eu estava na escuridão do meu quarto.

E por algum motivo, depois de acordar de um sonho, foi só nesse momento, duas semanas depois de meu padrinho ter falecido, que eu percebi que nunca mais o veria.
E pela primeira vez na minha vida eu chorei pela morte de alguém.

Originally posted on takuyagoto.vox.com

pessoal

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