You will wait until it's over

Aug 23, 2006 20:21


Há quatro anos eu votei no Lula. Sendo assim, Lula venceu por minha causa também. Eu diria até que me emocionei naquele primeiro de janeiro, enquanto comia o almoço meio queimado já no meio da tarde. Emoção contida, obviamente. De alguém que não fez campanha, e jamais será petista de coração ou comunista, mas que achou bom o barbudo ter vencido. Motivos? Não me recordo de nenhum, mas enfim.

Hoje eu não posso votar no Lula. Mas também não posso votar no Alckmin. As duas opções se equivalem. Terrível e ridícula a mania dos jornalistas de direita pedirem votos para o Alckmin apenas para derrotar o PT. Fica-se com uma pose rebelde e independente com esse argumento furado. Sinceramente, quem além do Mainardi vê o espectro de um comunista nos espreitando em todas as esquinas da América Latina? Eu prezo pela minha sanidade. Eu não vejo nada disso. A condição eternamente lamentável do continente é cosa nostra.

Agora fica-se com a impressão de que uma eleição que, até o meio do ano, parecia decidida - com vitória de Lula no primeiro turno - tornou-se imprevisível e, droga, precisamos realmente nos preocupar com ela. Estão deixando tudo nas minhas mãos e, acredite, tal como qualquer brasileiro, eu não sei o que fazer - e, quando dividido entre duas opções, em 90% dos casos eu vou na errada.
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