quase-cidade do quase-nunca;

Dec 15, 2005 04:37

"o menino deseja a capital.
mas sua humilde família mora na zona rural."
o velho problema.

férias... um momento tão relaxante...
relaxante até demais, admito.
principalmente quando você não mora.
se esconde.
e bem escondido diga-se de passagem.

santo antônio pacato da patrulha.
linda cidade do sonho, cachaça e rapadura.
e da mesmice, esqueceram de acrescentar.
imagine assim: você sai na rua.
á pé, é claro, afinal tudo é perto.
sai no portão e lá está a mesma senhora de sempre.
fazendo tricot na mesma varanda e cadeira de sempre.
e como sempre, ela observa você.
da saída do portão até você virar a esquina.
aí de você se espirrar.
até o carteiro no dia seguinte vai perguntar:
- você melhorou da horrível gripe que tinha?

a caminho do centro as mesmas pessoas.
por mais incrível que pareça.
nos bancos das praças e avenidas.
estão as mesmas pessoas que estavam sentadas ontem.
fazendo a mesma coisa de ontem.
nada.

BEM-VINDOS Á SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA.
a cidade do quase-nada.
do quase-nunca.
do não fede nem cheira.
do não chove nem molha.

resumo do capítulo de hoje:

rodrigo acorda tarde e vê que seu humor está alterado.
não faz nada produtivo pelo resto da tarde.
o dia passa calmo e tedioso.
recebe notícias no ínicio da sua noite.
essas notícias o deixam eufórico.
e seu dia acaba na casa de sua prima.
com enfeites de natal. conversas e televisão.
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