E então esse livejournal está jogado às moscas. Não o meu - i mean, o meu também. Geral. Poucos posts e poucos comments around. Todo mundo cresceu e tem responsabilidades, agora. Todo mundo achou algo melhor a fazer de suas vidas. Melhor? Maybe. Talvez apenas diferente.
Eis o problema. Eu não quero apenas fazer diferente. Eu quero que o meu diferente seja melhor. Pra mim. Mesmo que pareça idiota para todo mundo.
Fui ao shopping com as girls. Rio Sul, o antro das coroas dondocas caducas cheias de delineador e sombra verde nas pálpebras pelancudas. Eles fazem cara feia quando a gente esbarra nelas sem querer. Eu acho engraçado que elas percam tempo se preocupando com coisas como um esbarrão quando têm que pensar na própria morte se avizinhando. Ou talvez elas acreditem que os esbarrões as farão morrer mais cedo. Se for assim, preocupação legítima. SORRY. Mas eu acho engraçado.
Comprei coisas. Nada de surtos consumistas, mas certas coisas fofas não podem ser deixadas nas prateleiras. Enchi algumas sacolas e parcelei tudo em cinco vezes sem juros no meu cartão
Renner (ACHOU que eu ia pagar 150 reais por uma camiseta de malha vagabunda na Cavalera? N.E.M.), yeah. Eu não gosto mais de Natal, então não vou comemorar. Isso inclui não comprar presentes de Natal. Algumas pessoas merecem? Sim, algumas pessoas merecem. Mas não vão ganhar. Eu não quero dar. Eu gosto delas, e meu afeto sincero vale mesmo mais do que um kit perfume + sabonete ó-que-fofo. Afinal, quantas vezes eu ganhei presentes que não foram nada sinceros ou quantas vezes me decepcionei com quem o deu? Presentes não significam picas, pessoas. OBSERVEM as ATITUDES de quem os rodeiam. E aprendam duas coisas: 1) valorizar amigos de verdade (se é que terão algum, nessa vida) e 2) comprar seus próprios presentes. É mais legal e não há risco de errar.
E voei pra casa achando que veria o show da turnê nova da
Madonna, mas
Band é
Band e eu me decepcionei ao percebar que eles fizeram foi uma colagem de shows de turnês antigas (pior: apresentada por uma cafoníssima Wanessa Camargo com o cabelo tingido de loiro dourado) ao invés de exibir a prometida "Drowned World".
Tudo bem. Eles reprisaram principalmente a turnê do True Blue - que junto com a insuperável "Blonde Ambition" é minha apresentação favorita da Maddie... A "Virgin Tour" de 1985 é um lixo, apesar de eu adorar essa fase "early days" dela, mas a pior mesmo foi a "Girlie Tour", que eu assisti aqui no Rio... Tá, eu vi a Madonna e dancei pra caralho e fiquei rouca e quase fui pisoteada e achei foda e foda-se o resto! A True Blue tem a Madonna com a voz e o corpitcho no auge. Não era playback e o vocal dela está com uma força e estabilidade inacreditáveis (nada dos "miados" da Virgin Tour ou das leves desafinadas da Blonde Ambition - nesse caso perdoáveis, dado o esforço aeróbico intenso que ela exigiu).
Não tem como ver um show/vídeo da Madonna e compará-la a essas putinhas baratas de hoje em dia. O mito Madonna atravessou uma década, e só perdeu o brilho porque ela resolveu encaretar. Vendo esses clips da Aguillera e da Britney percebe-se o tempo todo que são marionetes manipuladas por diretor. Caras e bocas estudadas, treinadas à exaustão sob os refletores e diante de mil diretores de arte/fotografia e maquiadores. Nos clips da Madonna TUDO soa autêntico, parece que ela está improvisando na hora, e NINGUÉM encara uma câmera com a mesma segurança/propriedade/graça que ela, que se dá ao luxo de fazer caras imperfeitas, de rir com o bocão aberto, de arreganhar as pernas e levar tombos, e ainda assim estar sempre LINDA. Pago altos paus mesmo, e DAÊ?
E semana que vem tem especial de fim de ano na Band com
Legião Urbana. VIVA THE 80's!!!! E eu ia falar sobre uma coisa séria, mas hoje não estou a fim, não. Passa amanhã.
Jardim Botânico, RJ