Nov 25, 2003 07:05
Tá bom, então.
Eu não entendo as pessoas, e elas não me entendem.
Não vou mais aprender a falar o idioma delas.
Algumas coisas eu sinto que estou velha demais para aprender.
Outras, eu simplesmente não quero aprender.
Não vou me rebelar contra o sistema. Até porque não há sistema. O que existe são pessoas. Falando a verdade, eu nunca gostei delas e elas nunca gostaram de mim. Eu sempre faço o melhor, ninguém entende nada, e eu sempre levo a fama de bruxa meméia no final da história.
Que fazer pra mudar isso? Bancar a sonsa - coisa que não sou? Ficar me fazendo de vítima de maneira crônica, para que as pessoas tenham pena de mim (e assim me livrar das pancadas, porque em cachorro morto ninguém bate)? Me fazer de fofinha, meiguinha, bacaninha, para que elas pensem mil vezes antes de me dizer verdades, porque "ah, mas ela é tãããão legaaaaaaal...".
Pau no cu dos legais.
Pau no cu.
Eu quero sentir tudo sem anestesia. Quero ser eu mesma e ter por perto gente que saiba admirar autenticidade, e não que bajulem por conveniência - QUE conveniência??? Eu não tenho NADA a oferecer além de porrada e afagos em quantidades milimetricamente iguais. Ou nem tanto.
Ah, acha que não tá bom?
Então, vão puxar o saco dos outros em guestbooks. Vão lá fazer social, vão. Eu não faço social. O termo "anti social", no meu caso, NÃO é só charminho. Tenho sangue de eremita correndo nas veias and I like it.
Se não houvesse já um monte de patricinhas-evil-girls-wannabe com o nome BORN TO BE BAD tatuado no cóccix, eu juro que tatuava. Mas não no cóccix, que é coisa de patricinha-evil-girl-wannabe-but-in-fact-wanting-to-look-like-a-whore. E eu acho isso legal, sabe. Mas eu não quero to look-like-a-whore. I look like shit, in fact. And I like it.
Vou tatuar alguma frase de efeito.
Quero ficar na moda.