(no subject)

Sep 03, 2011 15:47

Quando olho para ti
Assim no fundo do olhar
E me afundo nesse poço
E sinto o teu castanho
O mundo gira
Mais rápido
Quando te sinto comigo assim
Assim nesse fundo do olhar
E sinto a pele da tua alma
Sinto que o sol não se põe
Nunca
Quando sinto o poço do que sentes
Envolver-me nesse claro apagão
Sinto-te espreitar por detrás da orelha
Enquanto me sinto esquecer
Do meu redor
Enquanto o mundo gira
Mais lento
Enquanto me sinto chorar ao contrário
O contrário
Sinto que o sol não se põe
Nunca
Nesta tarde.
Neste texto sem medium.

Não gosto da palavra nunca. Mas gosto do que se sente quando se diz nunca.
Previous post Next post
Up