Viver para apreciar os meandros do heavy metal é um modo de vida demasiado exigente para que sobre tempo para ser-se uma pessoa inserida na sociedade. Há que definir prioridades e claro está, “having a job plays, heavy metal kills!”. Ainda assim, como pessoas moldáveis e abertas a novas experiências, um metaleiro espera pacientemente em casa (dos pais) que apareça alguém a tocar à campainha com um contrato de trabalho e caso essa pessoa não apareça antes do meio-dia e o contrato seja favorável pode mesmo considerar ir trabalhar em part-time.
Por incrível que pareça, esta situação não acontece muito frequentemente deixando os fãs do heavy metal com pouco dinheiro para ir a concertos e comprar CDs... Ahh e comer…
Existem os ricos (classe alta), os pobres (classe baixa) e os metaleiros (classe bueda-baixa!). Existem casos de alguns que se candidatam à função de mendigo mas nas entrevistas imediatamente lhes informam que não têm formação suficiente e que cheiram demasiado mal para que possam ser mendigos.
Isto provoca um grande sentimento de revolta pois contrariamente à profissão de metaleiro, a profissão de mendigo usufrui de certos direitos adquiridos como comer sopa à borla uma vez por ano.
Coisas como não ter dinheiro para comprar uma lâmina de barbear e não ter dinheiro para comprar mais roupa para além de um par de calças preto e uma t-shirt de Iron Maiden na feira cria uma grande sensação de revolta. É esta injustiça social que motiva tantas bandas a fazerem canções viradas contra a sociedade e o sistema, espalhando a polémica nos noticiários e deixando as pessoas a sentir-se menos seguras quando andam nas ruas.
Os psicólogos e os sociólogos dizem que a culpa não é dos metaleiros em si, mas da sua condição social e que se deve incentivar a inserção dessas pessoas no meio para que deixem de haver tantos conflitos.