Fanfiction: Reencontro 25/?

Jun 05, 2012 18:07


Título: Reencontro
Autor:  Pollyspn
Fandom: RPF - SUPERNATURAL
Casal: Jensen/OFC, Jared/OFC



“A cada review que você não deixa, um autor morre!
Ajude esta (e) pobre autora (autor) a continuar vivendo e deixe a sua review!
Comente nas histórias, isto incentiva os autores a continuarem escrevendo...”.

NOTA1: Os atores de Supernatural não me pertencem. As pessoas descritas na fic não são reais. Os locais descritos sim são reais, porque foi a partir de uma visita a esse local que eu imaginei a fic. A única coisa que me pertence é minha imaginação. Nada mais. Não ganho um centavo com isso aqui. Só prazer e diversão.

As demais notas estão no masterpost

Notas extras da autora:

Não vou nem tentar justificar a demora. A única coisa que tenho a dizer é desculpa. E como eu disse no meu post anterior sobre Reencontro, vou postar um capítulo por semana. Todas as terças podem vir checar que tem capítulo novo, até acabar. Eu terminei de escrevê-la toda.

Mais notas ao final da fanfic.

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Foi muito mais fácil do que ela imaginava. Mackenzie tinha sido mais estúpida do que Angela teria suspeitado, e nesse exato momento Angela apostaria que Jensen estava querendo matar a irmã. Angela olhou novamente a menina dormindo profundamente na cama pequena e com lençóis gastos. A garotinha tinha o rosto marcado pelas lágrimas, os cabelos desalinhados e cobrindo parcialmente o rosto. Angela sentou na beirada da cama e tirou lentamente os cabelos do rosto da garotinha. A menina soltou um suspiro misturado com soluço, mas continuou dormindo. “Ela é linda. Tem todos os traços dos Ackles. Vai ser tão linda quanto o pai dela ou a avó ou mesmo a tia”. E ao se lembrar de Jensen, o sangue de Angela ferveu nas veias. O ódio voltou a consumi-la e ela se deliciava visualizando o desespero em que Jensen estaria agora. Jensen e aquela mulherzinha sem graça que foi a causa do rompimento dela e de Jensen.

O plano inicial de Angela era começar com Jared. Angela iria simplesmente matá-lo e jogar o corpo em algum lugar. Mas claro que ela deixaria todas as pistas apontando para Jensen. A polícia iria ficar na cola dele. Em seguida, Angela pegaria o bebê e a esposa de Jared. E então a polícia não teria mais dúvidas que seria Jensen. Ele iria para a cadeia e de lá de dentro, impotente, veria todos os seus familiares serem mortos. O pai, a mãe, irmã, irmão, cunhada e sobrinho. Esse era o plano inicial, entretanto houvera mudanças, mas nada impediria que esse plano inicial pudesse ser executado logo depois que ela finalizasse o atual plano que surgiu no exato momento que Angela viu Jared no aeroporto pegando aquelas duas mulheres.

É impressionante o poder da internet hoje em dia. De posse do nome completo de Vivian, o que não difícil conseguir, uma vez que tinha os meios e contatos certos, Angela descobriu tudo sobre ela. Descobriu que ela era uma jornalista renomada, escritora e roteirista de sucesso no Brasil. Tivera dois filhos, um casal, mas o menino, Lucca, morreu um tempo depois do nascimento. A menina se chamava Briana. Também tinha um irmão chamado Julian, que era gay e morava com o mesmo homem há mais de dez anos. Vivian ficara órfã muito jovem e fora criada por esse irmão e por uma senhora de nome Jordana, mas que todos conheciam como Nana. Vivian não era milionária, mas era considerada uma mulher rica. Tivera alguns namorados, mas nada sério. Vivera uns tempos nos EUA enquanto era estudante de jornalismo, mas depois voltara e dois anos depois sua carreira decolou. Angela apostava que foi nessa época nos EUA que Vivian e Jensen se conheceram e ela ficou grávida daquelas crianças. “Jensen deveria era me agradecer por não ter tido essa responsabilidade tão cedo”, Angela continuava pensando. Com certeza a carreira dele não teria atingido o patamar que chegou se ele estivesse se casado, com filhos e não estando sempre disponível para trabalhar. “Aquela mulher seria um atraso na vida de Jensen”, Angela simplesmente constatou, depois de pensar mais um pouco, olhando novamente para Briana.

Angela ainda se perguntava o que Jensen vira nessa mulher tão comum, se ele podia ter qualquer estrela de Hollywood. Mas Jensen no fundo sempre fora um babaca provinciano, então Angela não iria mais pensar nisso. Ao contrário, depois que ela descobriu tudo e ligou os fatos, concentrou todos os seus esforços para magoar e prejudicar Jensen. E nada melhor do que atingir primeiro aquela menina e, em seguida, a mãe dela. Então, só depois destas duas fora do caminho, é que Angela voltaria seus esforços para as demais pessoas na vida de Jensen. Ela iria fazê-lo sofrer cada minuto que restava da vida dele.

Angela despendeu dias e gastou uma boa quantia de dinheiro para saber os passos de todos na casa. Ela corria contra o tempo, porque queria executar logo o plano, afinal algo lhe dizia que Jensen poderia tirar Vivian e Briana de Los Angeles, para não expô-las na mídia, assim que a coisa toda do julgamento chegasse ao fim. “Jensen e seus princípios estúpidos”; Angela voltou a fazer uma careta. Ela planejara tudo nos mínimos detalhes. Apostou acertadamente que Jensen não levaria a menina para o tribunal e que alguém ficaria com ela. Providenciou para que todo o sistema de segurança das ruas no bairro de Jensen desse uma pane no momento que ela fizesse tudo. Angela tinha tudo pronto para quebrar o sistema de segurança da casa, invadir e pegar a menina e matar quem estivesse de babá, mas quando Mackenzie saiu pelo portão com a garotinha Angela agradeceu a quem quer que seja por ajudá-la. Seria mais fácil. E quanto a Mackenzie, ela talvez morresse antes que Angela imaginou. Aquela menina insolente sempre fora um pé no saco mesmo. Não iria se perder grande coisa.

Angela seguiu as duas à distância. Monitorou todos os passos de Mackenzie e Briana. E mantinha o seu ajudante informado de cada passo. Eles teriam que agir juntos, senão as coisas poderiam dar errado. Mackenzie estava numa loja de variedades quando Angela a viu atender o celular e minutos depois a moça sorrir e ficar radiante. Angela adivinhou que o resultado do julgamento saíra e fora positivo para Jensen. Ela realmente nunca acreditou numa condenação de Jensen, mesmo que esse escândalo todo tivesse tido uma pequena ajuda dela mesma. Afinal para um ator em Hollywood, publicidade, negativa ou não, era tudo. Qualquer ator precisava ficar na mídia, e nada melhor do que um escândalo sexual e violento. Entretanto Mary era uma louca incompetente que não sabia executar as coisas direito e Josh, Angela gostando ou não, era um excelente advogado. “Outro Ackles que merecia sofrer cada gota de coisa ruim que existe no universo”. Angela pensou, com raiva mal contida. Enquanto observava os passos das duas, Angela viu o momento que Mackenzie falou com a menina e elas pegaram as bicicletas e foram para casa. Foi nesse momento que Angela contatou seu ajudante e ordenou que ele se posicionasse no local indicado, onde não haveria câmeras de segurança.

Angela as seguiu de perto e, quando Mackenzie e Briana se aproximaram do carro alugado onde estava o ajudante de Angela, o homem jogou o carro em cima das duas e Mackenzie caiu. A menina conseguiu parar, descer da bicicleta e correr para ajudar a tia. Quando o homem se aproximou, fingindo preocupação, Mackenzie nem desconfiou. Ela aceitou a ajuda do estranho, mas foi nesse momento que Angela se aproximou e abriu a porta do carro que dirigia, sem descer de dentro dele. Tudo aconteceu muito rápido. O homem sorriu malignamente para Mackenzie e agarrou Briana. Mackenzie, mesmo machucada, saltou em cima do homem, enquanto Briana gritava e tentava se libertar. O homem agarrou a menina mais forte e a segurou pela cintura, enquanto dava um empurrão violento em Mackenzie e a chutava no chão. Mackenzie uivou de dor e viu impotente o homem jogar Briana no carro, enquanto a menina chorava desesperada.

Angela arrancou com o carro violentamente, deixou seu ajudante para cuidar de Mackenzie e agora ela estava aqui, olhando a menina adormecida na cama. Era uma casa alugada na periferia da cidade. Um local onde as pessoas não faziam perguntas e nem se importavam umas com as outras. E era lá que Angela torturaria Jensen à distância, usando a filha dele como instrumento. Ela sorriu novamente e voltou a acariciar os cabelos da menina. “Linda. Realmente é uma criança linda”. Angela beijou suavemente os cabelos de Briana e saiu do quarto, trancando a porta.

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- Jensen, filho, se acalme! - A voz firme de Alan sobressaía em meio ao zumbido nos ouvidos de Jensen e ao batimento doloroso no seu coração - Jensen! Respire! Filho respire! Isso... Isso, pra dentro, pra fora.

A visão de Jensen novamente ficou em foco e o ar voltara a entrar em seu peito. Sua cabeça começava a latejar, e seu estômago revirava, a bile subindo e o fazendo querer vomitar. Ele voltou a piscar e olhou em volta. Donna estava acalentando Mackenzie, que continuava em choque e balbuciando sem parar, enquanto Nath a checava procurando sinais de ferimentos internos mais graves. Sarah estava trazendo água para todos. Josh conversava com aqueles que pareciam ser policiais. Quando seu olhar pousou do outro lado da sala, ele viu Jared ajeitando Vivian no sofá. Jensen se levantou rapidamente e correu cambaleando para o lado dela, tendo Alan no seu encalço. Jared se afastou e deteve Alan, enquanto Jensen se abaixava no sofá e olhava para Vivian inconsciente no sofá. Tocou os cabelos dela e olhou suplicante para Jared, dizendo baixinho:

- Jare? Ela está bem? - Jensen olhou de volta para a mulher deitada no sofá e mordeu os lábios - Por favor, me diz que ela está bem.

- Sim, ela está, Jen. - Jared disse, suavemente - Nath já a examinou. Ela voltará a si em instantes. Foi apenas o choque do que ela ouviu.

- Oh, Deus! Me diz que isso é um pesadelo! - Jensen fechou os olhos - Me diz que é uma brincadeira de mau gosto e que Briana está escondida em algum lugar!

- Jens... - era apenas um sussurro, mas Jensen imediatamente olhou para baixo no sofá e um par de olhos castanhos cheios de lágrimas o fitava - Jens, onde... Onde ela está? Por favor, onde está nossa menininha?

Jensen queria gritar, queria berrar e socar meio mundo. Ele queria matar o primeiro que estivesse na frente dele. Queria arrancar todo aquele medo dos olhos de Vivian, queria arrancar toda aquela dor de dentro do seu próprio coração e do dela. Mas ele não podia fazer nada disso. Podia apenas dizer, entre lágrimas:

- Eu não sei, Viv. Eu não sei... - Jensen pegou Vivian, levantou-a do sofá e a abraçou apertado. - Eu não sei... Não sei...

- Oh, Deus! Oh, Deus! - Vivian o abraçou de volta e chorava copiosamente - O que vamos fazer, Jens? Por favor...

Eles continuaram abraçados até que Jensen sentiu uma mão no seu ombro e se afastou, limpando as lágrimas, vendo que era Josh. Jensen ainda segurava Vivian, que soluçava, junto de si e esperou que seu irmão falasse.

- Jensen, a polícia quer falar com vocês. Com você e com Vivian. - Josh passou as mãos pelos cabelos e continuou - Eles precisam de fotos de Briana. Querem autorização de todos nós para colocar aparelhos de rastreamento em nossos telefones e precisam discutir os planos com vocês.

- Ok, Josh. Eu vou falar com eles. - Jensen voltou a abraçar levemente Vivian, beijou os cabelos dela e disse para ela, suavemente - Viv? Você acha que pode falar com a polícia? Eu estou do seu lado, amor. Vamos ajudá-los a achar nossa princesa. Tudo bem? Você acha que pode fazer isso?

Vivian abraçou Jensen mais um tempo. Em seguida se afastou dele, limpou o rosto e disse:

- Sim, eu posso. E eu farei. - ela limpou novamente as lágrimas e disse, tremendo - M-mas de-depois, eu posso chamar Julian? E-eu s-sei q-que vocês não são os melhores amigos, mas eu preciso do meu irmão aqui, Jens. Eu preciso de Julian aqui. Ele merece saber o que...

- Tudo bem, tudo bem. - Jensen cortou Vivian e a puxou para seu peito novamente - Claro que você pode falar com seu irmão, meu amor. Eu jamais diria que não. De jeito nenhum! - Jensen a afastou e beijou a testa dela - Então vamos falar com a polícia?

Vivian acenou concordando e Josh atravessou a sala para chamar os policiais. Vivian se aprumou no sofá, passou as mãos pelo rosto e cabelos, tomou uma respiração para tentar se acalmar, viu Jensen segurar sua mão e apertar. Ela olhou para o lado e viu toda a tensão no corpo de Jensen. Ele estava rígido, a mandíbula apertada, dentes cerrados e toda sua atenção parecia estar focada em Josh, que falava com os policiais. Vivian apertou a mão dele de volta, e Jensen se virou rapidamente para ela, tentando sorrir, mas sem sucesso. Ela se recostou nele e ele a enlaçou pelos ombros. Vivian viu dois policiais se aproximarem. Uma mulher por volta de trinta anos, estatura mediana, cabelos ruivos presos num coque frouxo, olhos verdes e calorosos. O outro policial era um homem, por volta de seus 45 anos, barba cerrada, cabelos e olhos castanhos e quase tão alto quanto Jared. Ele tinha um olhar duro e sério. A mulher se aproximou de Jensen e Vivian e se apresentou:

- Boa tarde, Sr. Ackles e Srtª Veiga. Eu sou a detetive Sandra Scott e esse aqui é meu parceiro, Bruce Patterson. - a mulher indicou o homem e ele fez um aceno com a cabeça. - Nós somos do departamento de polícia de Los Angeles especializado em sequestros e desaparecimentos. Estamos aqui para ajudar e para isso precisamos de todas as informações possíveis. Falaremos com vocês primeiro, enquanto a Dra. Ackles checa a Srtª Ackles, pois ela é nossa principal testemunha.

- Ok, nós estamos prontos a dar qualquer informação que precisarem. Colaboraremos no que for preciso. - Jensen respondeu, olhando firmemente para a mulher em frente dele - O que vocês precisam saber?

- Em primeiro lugar, qual é sua relação com a vítima? O que ela estava fazendo na sua casa?  Gostaríamos que você nos descrevesse detalhadamente os seus movimentos durante o dia. - a detetive continuou perguntando num tom de voz firme, sem emoção, totalmente profissional, enquanto o parceiro dela anotava algo num bloco.

- Briana é minha filha. Não legalmente, porque eu só soube disso algumas semanas atrás. Minha e de Vivian - Jensen contou toda a história dele e de Vivian para a policial que ouvia atentamente, enquanto o parceiro dela tomava algumas notas e erguia a sobrancelha em determinados momentos. O homem não tinha dito uma palavra ainda e de certo modo isso estava enervando Jensen - Hoje todos nós saímos de casa bem cedo, ela ainda estava dormindo. Vivian e eu fomos ao quarto dela, a beijamos e saímos para o tribunal. Vocês devem saber que eu estava num julgamento hoje. Quando o julgamento terminou, meu pai ligou para Kenzie e eu falei com ela em seguida. Ela me disse que estavam numa loja e que iriam para casa. Nós chegamos aqui e vimos todos os carros da polícia. Isso foi tudo que aconteceu.

- Certo, Sr Ackles. Durante esses dias antes do julgamento e após a chegada da vítima e da mãe dela, vocês notaram algo estranho? Algo fora do normal? Alguém seguindo vocês? Alguma atitude suspeita?

- Posso pedir um favor? - Diante do aceno da policial, Jensen continuou - Não a chame de “vítima”. Isso me dá vontade de vomitar. O nome dela é Briana ou, se preferir, Bri. Tudo bem?

- Ok. Tudo certo. Desculpe-me. Briana então. - Sandra Scott sorriu compreensivamente e pediu que Jensen respondesse às perguntas.

- Bem, na minha vida eu sempre tenho pessoas me seguindo onde quer que eu vá. Isso é algo muito comum no meu cotidiano. Mas eu tentei a todo custo proteger Vivian e Briana disso. E existe um mandato judicial o qual determina que qualquer jornalista, está proibido de chegar perto ou tirar fotos da minha família sem a permissão deles. Eu acho que a imprensa ainda não sabe sobre Briana e Vivian, porque apenas meus amigos mais íntimos e minha família sabem. Está tudo muito recente. E eu ainda não tornei isso público. E nem sei quando farei. Então baseado no que seja minha vida, não notamos nada fora do normal. Eu, pelo menos, não notei.

- Certo. - Sandra se virou para Vivian e perguntou tranquilamente - E a Srtª? Notou algo estranho? Alguma coisa a acrescentar na declaração do Sr. Ackles?

- Não, eu não observei nada suspeito. - Vivian suspirou cansada e se recostou em Jensen enquanto respondia. - Desde que eu cheguei em Los Angeles, eu mal saí de casa, exceto para ir ao parque aqui perto com Briana e mesmo assim foram poucas vezes. Ela saía quase todos os dias com Mackenzie e, às vezes, quando Jordan estava aqui, eles iam pedalar por aí.

- Quem é Jordan? - a detetive perguntou.

- Meu sobrinho de seis anos. Filho de Josh e Nath. Eles estavam aqui para o julgamento, mas hoje Nath o deixou na casa dos pais dela. Eles moram em Santa Barbara. - Jensen olhou diretamente para o policial que não tinha dito uma palavra e perguntou impaciente. - Posso saber o que você tanto anota? Por que você não nos faz nenhuma pergunta?

- Porque minha parceira já está perguntando. E não, você não pode saber o que eu escrevo. Isso é investigação da polícia. Basta responder e deixar a gente fazer nosso trabalho - a voz do policial Patterson era dura e fria, mas de algum modo isso tranquilizou Jensen.

- Sr. Ackles, vamos nos basear nas informações que o senhor nos passou. - Sandra Scott continuou. - Pelo visto, o senhor não tem inimigos que soubessem da existência de Briana. Podemos, entretanto, dizer que o senhor tem desafetos, certo?

- Sim, eu acho que sim. Na verdade, eu só consigo pensar que isso é um tipo de engano sórdido. Ninguém sabe sobre Bri, como é que alguém a usaria contra mim? - Jensen tinha voz cheia de agonia e sentia Vivian se recostar mais nele - Por que pegar uma garotinha que ninguém sabe quem é e usá-la para chegar a mim? E quem teria coragem de fazer isso? Por mais que eu tenha tido desavenças durante minha carreira com algumas pessoas, não consigo apontar um dedo e dizer que alguém realmente faria isso.

- Bem, Sr. Ackles, certamente existe alguém. E nós estamos aqui para encontrar essa pessoa, mas acima de tudo estamos aqui para trazer a vít... Briana para casa. - a policial sorriu e se levantou, sendo seguida por Josh e pelo outro policial, deixando Vivian e Jensen sentados no sofá e pensando quem seria capaz de fazer uma coisa dessas com uma simples criança.

Jensen olhou em volta. A sala da sua casa de repente parecia um escritório da polícia. Pessoas estranhas circulando por lá. Mexendo em computadores, mexendo em todos os celulares e telefones da casa. Josh conversando com os oficiais Scott e Patterson, sua mãe e seu pai abraçando Mackenzie, que ainda chorava copiosamente, mas ao menos parecia mais coerente. Jared e Sarah sentados no outro sofá, ele massageando os ombros da esposa; Nath guardando seus equipamentos médicos e tendo no rosto uma expressão preocupada. Jensen a viu limpar o rosto e imaginou que ela estivesse chorando. Ainda ouviu Vivian respirar profundamente e a viu enterrar a cabeça no seu peito. Ele voltou seu olhar para a mulher encostada no seu corpo, a abraçou forte e buscou controlar suas emoções. Jensen precisava ser forte. Precisava se segurar. Ele não podia desmoronar agora. Não podia se dar ao luxo de correr para o quarto de Briana e ficar lá até a filha voltar pra casa.

Olhou novamente na direção de Mackenzie e dessa vez seus olhares se cruzaram. Ela voltou a soluçar e Jensen deu um beijo no cabelo de Vivian, a acomodou no sofá e disse que voltaria logo. Ele atravessou a sala e foi até sua irmã. Sentou-se perto dela e a abraçou. Ele deixou que ela chorasse e lutou contra suas próprias lágrimas.

- J-Jen.. E-e-eu s-sss-sinto m-muito. P-por f-fa-favor n-não fi-fique b-bravo c-co-comigo. N-não me o-odeie - Mackenzie se agarrava a ele e dizia, incoerentemente - E-eu te-tentei pegá-la de v-volta, Jen.. E-eu j-j-juro que t-t-tentei... P-por f-fa-favor, a-acredite em mim... P-por f-fa-fa-favor...

- Shh..shh Kenzie... Shh... - Jensen abraçou mais forte e embalava sua irmã como um bebê e tentava acalmá-la falando suavemente - Eu não te odeio. Por favor, Mackenzie! Não odeio você! Se acalme... Apenas se acalme... Eu acredito em você, irmãzinha. Claro que eu acredito. Eu sei que você não faria nada de ruim pra Bri. Eu sei que você a ama, Mackenzie.

Mackenzie se agarrou a Jensen e chorou mais alguns minutos. Jensen sentiu Donna os abraçar e sua mãe como sempre conseguiu transmitir a ele uma calma que ele pensou não ser capaz de possuir nesse momento. Mackenzie também foi se acalmando e quando o choro dela se tornou sonoras fungadas, seguidas de uma respiração profunda, Jensen se afastou um pouco e olhou nos olhos vermelhos da sua irmã. Donna ainda acariciava as costas de Mackenzie e olhava firme nos olhos de Jensen.

- Kenzie, você acha que consegue falar com a polícia? Hein? - Jensen mantinha o olhar firme e a voz tranquila. Diante do silêncio de Mackenzie, ele prosseguiu - Eles precisam do seu depoimento, Kenzie. Você foi a última pessoa a estar com Briana. Eles precisam de tudo o que você pode lembrar. Você acha que pode fazer isso? - Quando Mackenzie acenou afirmativamente com a cabeça, Jensen sorriu fraco e a abraçou de novo - Vai ficar tudo bem, Kenzie. Vai ficar tudo bem. Mamãe e eu estaremos aqui com você, ok? Você só tem que dizer tudo, tudo, todos os detalhes de que se lembrar. Desse modo nossa menina volta o mais rápido possível pra casa, ok? Você faz isso por mim, Mackenzie?

- F-faço - Mackenzie respirou fundo, se afastou do abraço de Jensen, se recostou na mãe, que tinha Alan a apoiando, segurou forte a mão de Jensen dizendo sem chorar - Eu vou fazer tudo para que minha Bri volte para casa. Tudo. Qualquer coisa, Jen.

- Ótimo. - Jensen olhou pra Josh, acenou e disse - Kenzie está pronta Josh. A polícia pode falar com ela.

Os policias se aproximaram de Mackenzie e a moça não soltou a mão de Jensen nem por um minuto. Jensen olhou para o outro lado da sala e Nath estava com Vivian. Conversando com ela e verificando sua pressão arterial. Nath deu um sorriso para Jensen e Vivian olhou para ele. Eles ficaram se olhando e Jensen viu Vivian dizer com os lábios “Eu te amo!”. Ele respondeu de volta, e o interrogatório começou.

Como sempre, quem fez as perguntas foi a detetive Scott, enquanto Patterson tomava notas de forma rápida e séria. A declaração estava também sendo gravada, e Sandra Scott se concentrava em cada detalhe que podia tirar de Mackenzie. Em alguns momentos a voz da moça tremia e vacilava, mas Donna a abraçava e Jensen apertava sua mão e a garota continuava. Quando os policiais pareciam satisfeitos, Mackenzie se encolheu no colo do pai e voltou a chorar baixinho. Jensen deu um ultimo aperto na mão da irmã e foi em direção a Vivian.

- Mackenzie fez a declaração, Viv. - Jensen se sentou e Vivian se aconchegou nele - Os policiais acham que eles têm um bom material para começar. Eles também já solicitaram todas as fitas de segurança do bairro. Acham que podem encontrar algo. Eles nos disseram que só nos resta esperar - Jensen sentiu Vivian o abraçar mais forte - Eu não aguento mais essa espera, Viv.

- Eu sei, Jens. Eu sei. - Vivian disse baixinho e deixou ser abraçada por aqueles braços fortes - Eu só queria acordar desse pesadelo.

Eles ficaram ali um tempo, apenas abraçados, ouvindo o burburinho da sala. O barulho de teclados de computadores, toques de celulares, estática de rádio. Jensen fechou os olhos e tentou se concentrar em coisas positivas. Ele tentava duramente não deixar que pensamentos negativos entrassem na sua cabeça e fizessem o estrago. Mas às vezes, ele só não sabia como impedir que esses pensamentos viessem. E nesses momentos sentia Vivian do seu lado, e buscava com toda força que tinha não entrar em pânico. Jensen tinha que confiar na polícia, tinha que acreditar que sua filha, sua linda Bri, estaria em casa em breve. Junto dele e de Vivian. Fechou os olhos e trouxe Vivian pra junto de si e seu último pensamento foram os lindos olhos verdes da filha.

CAPÍTULO 26

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NOTAS FINAIS DA AUTORA.

= Comentários abertos. Fiquem a vontade pra comentar o que quiserem. Eu vou adorar saber.

= Obrigada a todos que deixam review... Eu adoro recebê-las, e adoro quando vocês me dizem como estou me saindo. Podem comentar a vontade. Eu adoro receber comentários sobre a fic. É muito fácil comentar. Eu deixei aberta a postagem anônima, caso você não tenha uma conta no LJ, mas por favor, deixe ao menos seu nome no final de cada comentário para que eu possa saber quem é e responder adequadamente.

- E eu tenho que agradecer de forma especial a minha beta.. Valeu Miga..

- Se você não tem uma conta no LJ, que tal abrir uma? É super rápido e fácil.

- E Reencontro está na reta final! E eu já tenho outra fic a caminho.

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