Jan 22, 2005 00:53
Ânsia. Nó no estômago. Ânsia. Litros de lágrimas meticulosamente retidas (aprendi essa mania feia com a Thalita). Garganta queimando e se fechando e sufocamento (sintomas psicossomáticos de quando eu não digo o que preciso). Closer, perto demais. Tão closer ao filme que me prendi a um detalhe obcecadamente e deixei de foca-lo como um todo, logo não o achei tão legal como eu sei que acharia em outras ocasiões. Momentos raros com Thalita. Thalita igual à minha verdade absoluta. Minha verdade absoluta meticulosamente retida até então. Desabafo. Litros de lágrimas meticulosamente retidas. Sufocamento. Desencanto. Realismo, pé no chão (de nuvem, mas chão). Retorno ao centro. Necessidade de fidelidade total à minha verdade interna.
"Mas que culpa eu tenho, Thalita? De saber demais? De saber o que eu quero, de saber o que eu preciso? E logo assim qualquer relacionamento meu não se prolongar muito?"
"Sabe, Taís, acho que não tem jeito, nós vamos acabar daquele jeito mesmo. Duas velhinhas morando numa casa lilás cheia de livros tomando uma boa xícara de chá de morango."
"Thalita, como eu posso manter um relacionamento amoroso com alguém que desacredita completamente naquilo que é a coisa que mais acredito e mais tenho certeza no mundo? Sabe aqueeela pessoa? Eu me apaixonei por ela porque eu vi ou pensei que vi que ela podia entender facilmente a existência de uma amizade intensa e tão mútua como a nossa. Você é o que eu busco nas outras pessoas, sempre. Como eu posso seguir em frente com alguém que acha que eu sou uma criança e você é o brinquedo caro de Natal que eu ganhei? Que inventa absurdas racionalizações para não admitir para si que sente mágoa por eu te botar acima de qualquer outra pessoa no mundo? Uma pessoa que não nos entende, não deve saber amar."
E eu não estou exagerando e dramatizando. É exatamente isso que está escrito e um pouco.
Thalita é o calcanhar de Aquiles de qualquer relacionamento meu, e daí?