Devore o vapor que me devora!
Ah, malditos dias quando nenhuma palavra é suficiente, e ninguém é suficiente, e nenhum gosto é bom o bastante, e nenhuma roupa contém o bastante, e nenhum som é bom o bastante.
Vou cortar minhas unhas bem curtas, apagar nomes de listas, desligar as luzes, religar as luzes, desligar as luzes, religar as luzes, queimar as lâmpadas.
Malditos dias de confundir termômetros e eles dizendo "eu tinha certeza do calor".
Devore o vapor
geme de preguiça e de calor geme de prazer e de pavor já é madrugada madrugada acorda acorda acorda acorda acorda acorda
é preciso inventar um novo sono