(no subject)
Hoje sonhei que vivíamos numa vila. Nos arredores tinha campos e caminhos de terra batida. Num desses caminhos tinha uma casa vitoriana. Estávamos a passar pela casa e disseste que tinhamos mesmo de lá ir. Ouvimos gritos lá dentro, de felicidade. Não vivia ninguém na casa, mas a casa era como se fosse uma imensa biblioteca. Todas as divisões tinham livros e livros e mais livros, e novos livros apareciam e ninguém sabia de quem era a casa ou como aquilo tudo se organizava. Mas as pessoas que lá entravam encontravam o livro das suas vidas eventualmente, e daí os gritos que ouvimos. A questão é que não podiamos trazer os livros da casa. Tinhamos de os ler lá, e se voltássemos à noite para casa podiamos no dia a seguir chegar lá e o livro já lá não estar, ou outra pessoa estar a lê-lo. Era assim uma decisão que tinha de ser ponderada. Basicamente tinhas de te despedir da tua vida sempre que quisesses ler um livro da casa, o que não era estranho por aí além, por ser prática comum na vila. As pessoas viviam por dias na casa, cozinhavam e dormiam lá. Agora tenho pena de ter sido só um sonho.