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Nov 29, 2022 23:12



De manhã levei Uaná para escola cedo, bem sonada mas decidida a andar no parque. No caminho de volta tive que tomar a decisão se sigo um impulso repentino e dirijo até o Mosteiro de São Bento ou se vou ao parque do lado de casa. Na bifurcação fui absorvida pela necessidade de decidir ali, naquele instante, mas ponderei que podia simplesmente pegar o eixão e tomar a decisão na altura da cento e quinze somente. Segui meu coração e fui pro Mosteiro, desviando-me da rotina. Ao parque iria para andar e acabei andando nos arredores do mosteiro, menos, mas com mais aventuras. Fiquei feliz por mim por não ir ao parque como de costume. O mosteiro estava vazio, dentro da capela umas pinturas estranhas e ruins, sem sentido. Porém, a vista era bonita e o lugar silencioso. Dirigi para a Ermida de Dom Bosco, ao lado, aonde igualmente havia pouquíssimas pessoas. Embrenhei-me pela trilha de pedras, virei para uma trilha de cristais e, descendo, cheguei à beira do lago com uma vista magnífica (depois, pelo mapa, descobri que era o lugar mais limpo para tomar banho no Lago Paranoá). As ondas batiam forte, se não fosse o cheiro de água doce, pareceria mar. Uma hora a gaivota passou, bem baixo, quase tocando a água. Senti agulhadas de medo, de que alguém hostil me encontraria aí, mas foi tranquilo, até tirei o tênis e fiquei numa pedra, descalça, água batendo nos meus pés. Tirei algumas fotos, pensei numa frase instagramável e de efeito. O vento era maravilhoso e forte, o céu começava a nublar. Peguei a trilhinha de volta, saí bem no meio de duas placas avisando sobre a proibição de adentrar a área, por ser uma reserva. Mas ninguém estava nem aí, não havia ninguém, só um bando de capivaras preguiçosas e indiferentes.

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