Segundo informações, em apenas 24 horas o
Google Chrome abocanhou 2,6% do bolo dos navegadores, ficando bem à frente do Ópera (que detém 1,3% do mercado). É um bom começo.
Estou usando-o há 1 dia e posso dizer que o seu desempenho é impressionante. Nada daqueles "ganhos" de velocidade que a gente ouve dizer que os navegadores têm e que precisamos fazer um esforço de imaginação para "ver". O Chrome é, de fato, o navegador mais rápido de todos - e isso é gritante. Basta tentar abrir qualquer site com ele; de preferência escolhendo um daqueles bem pesados, que levam preciosos segundos com o Firefox ou com o Internet Explorer.
Acontece que o Chrome é mais do que um navegador. Num certo sentido, ele é também um "sistema operacional". Foi projetado para rodar aplicativos e, em breve, estaremos todos experimentando as delícias da cloud computing. O que é isso? Há tempos vem-se projetando um futuro em que nós não precisaremos mais instalar nenhum programa ou salvar qualquer arquivo em nossos computadores. A cloud computing já foi chamada de "a virtualização do HD": tudo estará disponível on line, não em nossa máquina. Nada de perder tempo instalando pesados programas: dados, aplicativos, arquivos, tudinho disponível e guardado na Internet. E poderemos acessá-los de qualquer computador, em qualquer lugar que tenha uma máquina conectada à Internet. A cloud computing é um problema para empresas como a Microsoft, que vive de criar e empurrar goela abaixo dos usuários seus pesados e horrorosos programas, que precisam ser instalados nos computadores.
O Chrome já nasceu apto para a cloud . Ele permite não só acessar páginas, como também rodar aplicativos sem precisarmos instalá-los em nossos computadores. Segundo seus criadores, ele é ideal para a utilização do pacote
Google Apps - um conjunto de programas e ferramentas que funcionam em cloud computing, e que substituem, por exemplo, todo o Office da Microsoft.
Há algum tempo se ouve falar que a Google está projetando, secretamente, um Sistema Operacional que vai rivalizar - e, quem sabe, acabar - com o Windows. O Chrome é um passo em direção a isso. Nada me daria mais prazer do que me livrar de vez dos pesados e cheios de falhas S.O. da Microsoft. Adeus Windows!
O Chrome tem falhas? Claro. E qual navegador recém-lançado não as tem? Lembremo-nos de que ele ainda é um beta - mas está fazendo bonito. Lembro-me de quando lançaram o Safári, da Apple: em suas primeiras versões ele era tremendamente tosco, não funcionava direito, não abria corretamente a maioria das páginas, era pesado, feio e deselegante. O Chrome não tem nenhuma dessas falhas,
ou quase. Os aficcionados dizem que ele é "simples" demais: não possibilita, à semelhança do Firefox, por exemplo, adicionar plug-ins, que são pequenos programas que permitem-lhe executar novas funções; seu visual é "excessivamente clean" (como já é a clássica filosofia do Google); ele não permite o uso de RSS... Há reclamações para todos os gostos e níveis de conhecimento.
Há muita coisa a ser dita a respeito do Chrome - o fato dele ser multi-processo, ter o javascript executado em uma máquina virtual, possibilitar privacidade de navegação, e por aí vai - mas como não sou especialista em informática, sendo um mero usuário, vou deixar passar isso.
No quesito "navegador para usuários leigos" o Chrome está de parabéns. Não dá ainda para se tornar o navegador padrão, mas acho que em breve ele terá grandes chances de chegar lá.