The Code of Vulgar[ism] - 07/?
Título: The Code of Vulgar [ism]
Autora:Mystik
Gênero:Yaoi, Lemon, Darkfic, Ação? o.O
Banda: Dir en Grey
Pairings: DiexKaoru, Die+Toshiya, Kyo+Toshiya
Rating: NC-17
Sumário: Niikura Kaoru decide começar um nova vida, fugindo de tudo que conhece. Mas ele não sabe que sobreviver no submundo da capital japonesa não é apenas questão sorte. É questão de seguir o código. O código da vulgaridade.
Nota: A filha pródiga, a casa retorna, tralalala. XD
Capítulos anteriores: Prólogo | 01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06
Hide invadiu o hospital com pressa, andando pelos corredores até chegar à recepção. Ele bateu as mãos contra o balcão, o barulho fazendo a enfermeira de plantão dar um pulo de susto.
- Qual é o quarto da paciente Andou Kanae?
A jovem piscou para ele, logo digitando rapidamente, querendo se livrar daquele homem o mais rápido possível. Ela logo entregou um crachá escrito visitante para ele.
- Quarto 205. Os elevadores são no corredor à direita.
O jovem de cabelos rosa acenou afirmativamente e logo foi até o quarto indicado. Ele deu uma batida leve na porta e foi logo entrando, seus olhos castanhos voltando-se para a figura deitada na cama. Hide se aproximou, sentando-se na cadeira ao lado da cama. Uma jovem, por volta dos trinta anos, abriu os olhos, encarando o recém-chegado, sua mão que estava com o tubo de remédio pousando em cima da sua.
- Hide-sama...
- Kanae-chan, como você está?
A jovem sorriu fracamente.
- Acho que sobrevivo. - ela respirou fundo - Você já sabe onde ele está?
Hide começou a acariciar a mão dela.
- Ele está bem, não se preocupe. - ele sorriu ainda mais - Você precisa pensar num nome.
Kanae começou a rir, logo tossindo. Hide ergueu-se, ajudando-a com um copo de água. Logo a jovem voltou a se recostar contra os travesseiros. O jovem de cabelos rosas sentou-se na cadeira, mordendo o lábio inferior.
- Eu sinto muito.
- Por que?
- Eu sei que foi minha mãe quem mandou fazer...isso com você.
Kanae olhou para o outro lado.
- Eu sabia bem dos riscos quando decidi por não fazer o aborto Hide-sama. Por mais que ele tenha nascido de... - Kanae respirou fundo - Ele ainda é o meu filho, meu tesouro mais precioso.
O jovem suspirou, encostando seu rosto contra a mão pálida.
- Você sabe que quando o papai descobrir isso...
- Eu sei. - A jovem começou a se levantar, gemendo de dor, sua mão livre automaticamente indo para o seu ventre.
- Calma Kanae-chan!
Com cuidado Hide ajudou-a e sentar na cama, apoiando-a contra os travesseiros. A jovem respirou ruidosamente e logo fechou os olhos.
- Hide-sama, eu gostaria de fazer um pedido.
- Qualquer coisa sabe disso.
Ela abriu os olhos, as íris castanhas totalmente lúcidas.
- Se algo acontecer comigo...não quero que meu filho saiba que ele foi fruto de um acontecimento tão terrível. Quero que você fale que ele foi adotado.
- Mas...
- Por favor.
Hide torceu os lábios, mas por fim acenou afirmativamente.
- E o outro favor?
Kanae sorriu.
- Quero que ele se chame Daisuke.
-----
O homem de cabelos rosa observava o jovem com curiosidade, vendo ele preparar drinques com habilidade. Seus lábios curvaram num sorriso enquanto ele se aproximava do balcão do bar. Hide sentou-se de frente e inclinou-se, aumentando o sorriso. O jovem olhou-o de esguelha, arqueando a sobrancelha. Assim que ele terminou de atender um cliente, ele parou em frente a si.
- O que vai querer senhor?
- Sex on the beach.
O jovem arqueou a sobrancelha, mas começou a preparar o drinque. Assim que ele colocou o copo alto no balcão, Hide segurou-o pelo pulso. Olhos amendoados o encararam com frieza. Uhn, não era à toa então.
- Mais alguma bebida senhor?
- Agora consigo ver o que Die viu em você.
Os olhos amendoados perderam momentaneamente sua frieza, mas logo o jovem se recuperou.
- Não sei do que está falando.
- Não precisa fazer esse joguinho comigo... - ele pareceu se lembrar de algo - Kaoru, não é?
O jovem de cabelos roxos se soltou da sua mão com firmeza.
- Mais alguma coisa?
- Sim, me encontre quando seu turno acabar, gostaria de conhecer melhor meu cunhado.
Os olhos se arregalaram novamente.
- Cu-nhado?!
- Ah, que cabeça a minha. - o homem sorriu - Meu nome é Hide, eu sou irmão do Die. Te vejo mais tarde cunhadinho.
E com uma piscadela ele pegou seu drinque e foi andando para longe do balcão. Kaoru o observou se afastar e pensou consigo mesmo que ele parecia bem ser irmão do Die, se a atitude igual pudesse indicar alguma coisa.
-----
- Cigarro?
- Não obrigado.
Hide deu de ombros, dando uma última tragada antes de apagar com a sola do sapato. Ele sorriu.
- Bom, Kaoru, que acha de andarmos e conversarmos um pouco?
O jovem concordou e logo eles se misturavam a multidão de Shinjuku. Kaoru começou a catalogar todos os detalhes sobre Hide: as roupas caras, os óculos de marca importada, os cabelos rosas que pareciam macios ao toque.
- Você é mesmo irmão do Die?
- Pelo jeito ele continua não falando da família. - respondeu Hide.
- Não, nós nunca tocamos no assunto. O que me lembra... - ele franziu o cenho - Porque raios você me chamou de cunhado?
Hide começou a rir, encarano-o.
- Oras, então é realmente verdade, você andou negando fogo ao Die.
Karou não achou que ele conseguisse corar tão violentamente. Aparentemente ele estava enganado.
- Eu não tenho nada com Die para ter que negar fogo à ele.
- Mas quer ter.
O jovem de cabelos roxos o encarou com fúria.
- E desde quando isso é da sua conta?
Hide parou, esperando o sinal de pedestres se tornar verde para que eles pudessem atravessar a rua. Seus olhos o observaram de esguelha.
- Eu conheço meu irmão e em dez minutos que nos conhecemos, posso dizer que o entendo também...Niikura Kaoru.
Kaoru paralisou onde estava. Hide sorriu para ele, mas o jovem percebeu a frieza naquele sorriso. Aparentemente o homem de cabelos rosas não era nada do que aparentava ser.
- Como?
- Eu tenho minhas fontes. Que acha de irmos para um lugar mais privado?
Kaoru estreitou os olhos.
- Se você está pensando em algo envolvendo a minha família, pode esquecer, eu cortei laços com eles no dia que saí de casa.
O sorriso se tornou mais caloroso.
- Não é nada disso. Apenas quero saber como anda a vida do meu irmãozinho. Creio que você pode me ajudar nisso já que Toshiya é mais escorregadio que uma cobra.
Kaoru sorriu com aquilo e logo o clima entre eles ficou mais leve. O sinal de pedestres abriu e eles atravessaram a rua.
-----
- Die, posso perguntar uma coisa?
- Pode.
- Quando você e o Kaoru vão se pegar logo de uma vez, hein?
O ruivo arregalou os olhos e virou seu rosto para Toshiya, que começou a rir descontroladamente com a expressão que recebeu. Die se aproximou e deu um tapa na cabeça dele.
- Ouch, Die!
- Você merecia um soco pelo que você disse, baka.
O jovem de cabelos azuis riu mais e mostrou a língua. Die apenas revirou os olhos, voltando a sua posição inicial ao lado do amigo, voltando a atirar no alvo a frente deles.
- Mas falando sério Die, vocês estão começando a dar nos nervos. Não só pra mim, mas pra toda Cage. Começou até a surgir apostas! O Eagle diz que vocês nunca vão se pegar porque o Kao-chan é muito orgulhoso pra isso. O Colt já diz que dá mais uma semana pra vocês.
Die parou de atirar, indo até o alvo cravejado de balas.
- E o que você acha?
Toshiya, carregou sua arma, destravando-a.
- Eu acho que vocês estão se refreando por pura burrice. Que algo já quase aconteceu mas um de vocês parou antes da hora. E que vai ter que ser um caso de quase morte pra vocês pararem de ser idiotas.
Die arqueou a sobrancelha, colocando um alvo novo para o amigo. Ele voltou até a mesa de armas.
- Você pensou bastante sobre o assunto hein?
Toshiya riu, dando de ombros.
- Não muito, eu só o conheço há muito tempo Die.
Antes que o ruivo pudesse retrucar ele ergueu a glock que segurava e começou a atirar repetidamente, as balas cravando no alvo com precisão quase cirúrgica. Die apenas observou Toshiya, esperando calmamente até que o barulho de tiros parasse de ecoar no local. O jovem de cabelos azuis, abriu a arma, tirando o pente vazio, indo até a mesa, colocando o objeto em cima dela.
- Só acho que vocês não deviam esperar que um quase morresse para agirem logo de uma vez.
O ruivo abriu a boca para dizer algo, mas ao invés disso resolveu ficar calado. Ele suspirou e logo pegou sua arma novamente. Toshiya passou a mão pelos cabelos, seus dedos roçando contra a mancha rosa em volta do seu olho, gesto que andava fazendo muito nos últimos dias.
- Você sabe que vamos resolver esse assunto de uma vez por todas, Totchi.
O jovem de cabelos azuis paralisou o gesto, olhando o amigo. Ele suspirou e deixou a mão pender para o lado do corpo, seus olhos se fechando, como que remoendo algo. Por fim ele franziu o cenho e voltou a encarar o ruivo.
- Eu sei que vamos. Pride encontrou algo.
Die encarou-o.
- Ele encontrou? E como eu não fiquei sabendo disso? - sua voz tinha raiva em seu tom.
Toshiya deu de ombros.
- Ele veio à mim primeiro, queria se certificar que o que ele gravou era suficiente para agirmos. Eu forneci o equipamento pra ele.
- Equipamento? Vocês...vocês colocaram um escuta no Kyo?
O jovem acenou afirmativamente. Die rosnou, se aproximando do outro e pegando-o pela gola.
- E você sabe o quão perigoso isso é baka?! Se Kyo suspeitasse o mínimo que fosse, Kaoru seria retalhado em pedaços!
Toshiya apenas o encarou.
- Pride sabia dos riscos que estava correndo quando ele resolveu agir, mas mesmo assim resolveu fazê-lo. Dê um pouco de crédito à ele, ta bom? E agora temos o que precisamos para apagar Kyo do mapa de uma vez por todas.
Die soltou o amigo, bufando, indo até a mesa de armas. Ele pegou a glock, carregando-a, o som da trava sendo solta ecoando no súbito silêncio.
- E onde ele está agora?
- Deve estar chegando, geralmente é o horário que ele sai da boate.
O ruivo acenou, confirmando que ouvira a informação.
- Então faça o favor de ir até lá e trazê-lo para minha sala assim que ele chegar, Hárpia.
Toshiya acenou afirmativamente e saiu da sala de treinamento, caminhando pelos longos corredores do esconderijo da Cage, indo em direção ao quarto de Kaoru. Ele ouviu um barulho suspeito, mas antes que pudesse verificar, um braço puxou-o pela cintura e logo uma navalha era encostada em sua garganta. O hálito frio em sua nuca fez seu corpo paralisar. Ele conhecia aquela respiração muito bem.
- Você ficou ainda mais lindo do que antes Totchi.
Ele sentiu seu corpo tremer, um arrepio de medo descer por sua espinha. A navalha deslizou pela pele fina da sua garganta, como que numa carícia. Ele abriu a boca, mas a lâmina foi encostada mais contra ele.
- Não, não, nem um barulho meu querido Toshiya. Não vamos querer que o Red Devil estrague nossa diversão, não é? Agora, com calma, me acompanhe. Temos que colocar o assunto em dia.
Toshiya respirou fundo, seu corpo se movendo automaticamente, enquanto Kyo o acompanhava atrás de si, a lâmina uma presença ameaçadora em suas costas. Juntos, ele saíram do esconderijo, logo se misturando na multidão de Shinjuku.
CONTINUA...
Autora:Mystik
Gênero:Yaoi, Lemon, Darkfic, Ação? o.O
Banda: Dir en Grey
Pairings: DiexKaoru, Die+Toshiya, Kyo+Toshiya
Rating: NC-17
Sumário: Niikura Kaoru decide começar um nova vida, fugindo de tudo que conhece. Mas ele não sabe que sobreviver no submundo da capital japonesa não é apenas questão sorte. É questão de seguir o código. O código da vulgaridade.
Nota: A filha pródiga, a casa retorna, tralalala. XD
Capítulos anteriores: Prólogo | 01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06
Hide invadiu o hospital com pressa, andando pelos corredores até chegar à recepção. Ele bateu as mãos contra o balcão, o barulho fazendo a enfermeira de plantão dar um pulo de susto.
- Qual é o quarto da paciente Andou Kanae?
A jovem piscou para ele, logo digitando rapidamente, querendo se livrar daquele homem o mais rápido possível. Ela logo entregou um crachá escrito visitante para ele.
- Quarto 205. Os elevadores são no corredor à direita.
O jovem de cabelos rosa acenou afirmativamente e logo foi até o quarto indicado. Ele deu uma batida leve na porta e foi logo entrando, seus olhos castanhos voltando-se para a figura deitada na cama. Hide se aproximou, sentando-se na cadeira ao lado da cama. Uma jovem, por volta dos trinta anos, abriu os olhos, encarando o recém-chegado, sua mão que estava com o tubo de remédio pousando em cima da sua.
- Hide-sama...
- Kanae-chan, como você está?
A jovem sorriu fracamente.
- Acho que sobrevivo. - ela respirou fundo - Você já sabe onde ele está?
Hide começou a acariciar a mão dela.
- Ele está bem, não se preocupe. - ele sorriu ainda mais - Você precisa pensar num nome.
Kanae começou a rir, logo tossindo. Hide ergueu-se, ajudando-a com um copo de água. Logo a jovem voltou a se recostar contra os travesseiros. O jovem de cabelos rosas sentou-se na cadeira, mordendo o lábio inferior.
- Eu sinto muito.
- Por que?
- Eu sei que foi minha mãe quem mandou fazer...isso com você.
Kanae olhou para o outro lado.
- Eu sabia bem dos riscos quando decidi por não fazer o aborto Hide-sama. Por mais que ele tenha nascido de... - Kanae respirou fundo - Ele ainda é o meu filho, meu tesouro mais precioso.
O jovem suspirou, encostando seu rosto contra a mão pálida.
- Você sabe que quando o papai descobrir isso...
- Eu sei. - A jovem começou a se levantar, gemendo de dor, sua mão livre automaticamente indo para o seu ventre.
- Calma Kanae-chan!
Com cuidado Hide ajudou-a e sentar na cama, apoiando-a contra os travesseiros. A jovem respirou ruidosamente e logo fechou os olhos.
- Hide-sama, eu gostaria de fazer um pedido.
- Qualquer coisa sabe disso.
Ela abriu os olhos, as íris castanhas totalmente lúcidas.
- Se algo acontecer comigo...não quero que meu filho saiba que ele foi fruto de um acontecimento tão terrível. Quero que você fale que ele foi adotado.
- Mas...
- Por favor.
Hide torceu os lábios, mas por fim acenou afirmativamente.
- E o outro favor?
Kanae sorriu.
- Quero que ele se chame Daisuke.
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O homem de cabelos rosa observava o jovem com curiosidade, vendo ele preparar drinques com habilidade. Seus lábios curvaram num sorriso enquanto ele se aproximava do balcão do bar. Hide sentou-se de frente e inclinou-se, aumentando o sorriso. O jovem olhou-o de esguelha, arqueando a sobrancelha. Assim que ele terminou de atender um cliente, ele parou em frente a si.
- O que vai querer senhor?
- Sex on the beach.
O jovem arqueou a sobrancelha, mas começou a preparar o drinque. Assim que ele colocou o copo alto no balcão, Hide segurou-o pelo pulso. Olhos amendoados o encararam com frieza. Uhn, não era à toa então.
- Mais alguma bebida senhor?
- Agora consigo ver o que Die viu em você.
Os olhos amendoados perderam momentaneamente sua frieza, mas logo o jovem se recuperou.
- Não sei do que está falando.
- Não precisa fazer esse joguinho comigo... - ele pareceu se lembrar de algo - Kaoru, não é?
O jovem de cabelos roxos se soltou da sua mão com firmeza.
- Mais alguma coisa?
- Sim, me encontre quando seu turno acabar, gostaria de conhecer melhor meu cunhado.
Os olhos se arregalaram novamente.
- Cu-nhado?!
- Ah, que cabeça a minha. - o homem sorriu - Meu nome é Hide, eu sou irmão do Die. Te vejo mais tarde cunhadinho.
E com uma piscadela ele pegou seu drinque e foi andando para longe do balcão. Kaoru o observou se afastar e pensou consigo mesmo que ele parecia bem ser irmão do Die, se a atitude igual pudesse indicar alguma coisa.
-----
- Cigarro?
- Não obrigado.
Hide deu de ombros, dando uma última tragada antes de apagar com a sola do sapato. Ele sorriu.
- Bom, Kaoru, que acha de andarmos e conversarmos um pouco?
O jovem concordou e logo eles se misturavam a multidão de Shinjuku. Kaoru começou a catalogar todos os detalhes sobre Hide: as roupas caras, os óculos de marca importada, os cabelos rosas que pareciam macios ao toque.
- Você é mesmo irmão do Die?
- Pelo jeito ele continua não falando da família. - respondeu Hide.
- Não, nós nunca tocamos no assunto. O que me lembra... - ele franziu o cenho - Porque raios você me chamou de cunhado?
Hide começou a rir, encarano-o.
- Oras, então é realmente verdade, você andou negando fogo ao Die.
Karou não achou que ele conseguisse corar tão violentamente. Aparentemente ele estava enganado.
- Eu não tenho nada com Die para ter que negar fogo à ele.
- Mas quer ter.
O jovem de cabelos roxos o encarou com fúria.
- E desde quando isso é da sua conta?
Hide parou, esperando o sinal de pedestres se tornar verde para que eles pudessem atravessar a rua. Seus olhos o observaram de esguelha.
- Eu conheço meu irmão e em dez minutos que nos conhecemos, posso dizer que o entendo também...Niikura Kaoru.
Kaoru paralisou onde estava. Hide sorriu para ele, mas o jovem percebeu a frieza naquele sorriso. Aparentemente o homem de cabelos rosas não era nada do que aparentava ser.
- Como?
- Eu tenho minhas fontes. Que acha de irmos para um lugar mais privado?
Kaoru estreitou os olhos.
- Se você está pensando em algo envolvendo a minha família, pode esquecer, eu cortei laços com eles no dia que saí de casa.
O sorriso se tornou mais caloroso.
- Não é nada disso. Apenas quero saber como anda a vida do meu irmãozinho. Creio que você pode me ajudar nisso já que Toshiya é mais escorregadio que uma cobra.
Kaoru sorriu com aquilo e logo o clima entre eles ficou mais leve. O sinal de pedestres abriu e eles atravessaram a rua.
-----
- Die, posso perguntar uma coisa?
- Pode.
- Quando você e o Kaoru vão se pegar logo de uma vez, hein?
O ruivo arregalou os olhos e virou seu rosto para Toshiya, que começou a rir descontroladamente com a expressão que recebeu. Die se aproximou e deu um tapa na cabeça dele.
- Ouch, Die!
- Você merecia um soco pelo que você disse, baka.
O jovem de cabelos azuis riu mais e mostrou a língua. Die apenas revirou os olhos, voltando a sua posição inicial ao lado do amigo, voltando a atirar no alvo a frente deles.
- Mas falando sério Die, vocês estão começando a dar nos nervos. Não só pra mim, mas pra toda Cage. Começou até a surgir apostas! O Eagle diz que vocês nunca vão se pegar porque o Kao-chan é muito orgulhoso pra isso. O Colt já diz que dá mais uma semana pra vocês.
Die parou de atirar, indo até o alvo cravejado de balas.
- E o que você acha?
Toshiya, carregou sua arma, destravando-a.
- Eu acho que vocês estão se refreando por pura burrice. Que algo já quase aconteceu mas um de vocês parou antes da hora. E que vai ter que ser um caso de quase morte pra vocês pararem de ser idiotas.
Die arqueou a sobrancelha, colocando um alvo novo para o amigo. Ele voltou até a mesa de armas.
- Você pensou bastante sobre o assunto hein?
Toshiya riu, dando de ombros.
- Não muito, eu só o conheço há muito tempo Die.
Antes que o ruivo pudesse retrucar ele ergueu a glock que segurava e começou a atirar repetidamente, as balas cravando no alvo com precisão quase cirúrgica. Die apenas observou Toshiya, esperando calmamente até que o barulho de tiros parasse de ecoar no local. O jovem de cabelos azuis, abriu a arma, tirando o pente vazio, indo até a mesa, colocando o objeto em cima dela.
- Só acho que vocês não deviam esperar que um quase morresse para agirem logo de uma vez.
O ruivo abriu a boca para dizer algo, mas ao invés disso resolveu ficar calado. Ele suspirou e logo pegou sua arma novamente. Toshiya passou a mão pelos cabelos, seus dedos roçando contra a mancha rosa em volta do seu olho, gesto que andava fazendo muito nos últimos dias.
- Você sabe que vamos resolver esse assunto de uma vez por todas, Totchi.
O jovem de cabelos azuis paralisou o gesto, olhando o amigo. Ele suspirou e deixou a mão pender para o lado do corpo, seus olhos se fechando, como que remoendo algo. Por fim ele franziu o cenho e voltou a encarar o ruivo.
- Eu sei que vamos. Pride encontrou algo.
Die encarou-o.
- Ele encontrou? E como eu não fiquei sabendo disso? - sua voz tinha raiva em seu tom.
Toshiya deu de ombros.
- Ele veio à mim primeiro, queria se certificar que o que ele gravou era suficiente para agirmos. Eu forneci o equipamento pra ele.
- Equipamento? Vocês...vocês colocaram um escuta no Kyo?
O jovem acenou afirmativamente. Die rosnou, se aproximando do outro e pegando-o pela gola.
- E você sabe o quão perigoso isso é baka?! Se Kyo suspeitasse o mínimo que fosse, Kaoru seria retalhado em pedaços!
Toshiya apenas o encarou.
- Pride sabia dos riscos que estava correndo quando ele resolveu agir, mas mesmo assim resolveu fazê-lo. Dê um pouco de crédito à ele, ta bom? E agora temos o que precisamos para apagar Kyo do mapa de uma vez por todas.
Die soltou o amigo, bufando, indo até a mesa de armas. Ele pegou a glock, carregando-a, o som da trava sendo solta ecoando no súbito silêncio.
- E onde ele está agora?
- Deve estar chegando, geralmente é o horário que ele sai da boate.
O ruivo acenou, confirmando que ouvira a informação.
- Então faça o favor de ir até lá e trazê-lo para minha sala assim que ele chegar, Hárpia.
Toshiya acenou afirmativamente e saiu da sala de treinamento, caminhando pelos longos corredores do esconderijo da Cage, indo em direção ao quarto de Kaoru. Ele ouviu um barulho suspeito, mas antes que pudesse verificar, um braço puxou-o pela cintura e logo uma navalha era encostada em sua garganta. O hálito frio em sua nuca fez seu corpo paralisar. Ele conhecia aquela respiração muito bem.
- Você ficou ainda mais lindo do que antes Totchi.
Ele sentiu seu corpo tremer, um arrepio de medo descer por sua espinha. A navalha deslizou pela pele fina da sua garganta, como que numa carícia. Ele abriu a boca, mas a lâmina foi encostada mais contra ele.
- Não, não, nem um barulho meu querido Toshiya. Não vamos querer que o Red Devil estrague nossa diversão, não é? Agora, com calma, me acompanhe. Temos que colocar o assunto em dia.
Toshiya respirou fundo, seu corpo se movendo automaticamente, enquanto Kyo o acompanhava atrás de si, a lâmina uma presença ameaçadora em suas costas. Juntos, ele saíram do esconderijo, logo se misturando na multidão de Shinjuku.
CONTINUA...