(no subject)

Jul 01, 2007 14:55

Título: Ongaku no Uta
Autora: Nima
Banda: Várias, dentre elas estão: Antic Cafe, Aikaryu, Buck-tick, Dir en grey, Due le quartz, Gazette, Glay, Irodori, Kagrra, , L'arc~en~ciel, La' cryma christi, Luna Sea, MUCC, Nightmare, Pierrot, Shazna, The trax e X JAPAN
Casais: Yomi x Hitsugi, Ruki x Reita, Koji x Taka, Die X Shinya, Kyo x Sugizo (por enquanto)
Sinopse: Uma escola de música, na qual a obrigação dos alunos é... estudar música, mas como uma escola normal, acontecem coisas imprevisiveis coisas até bem previsíveis...Apaixonar-se é uma delas.
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capítulo 11

Estava a pelo menos duas horas esperando Shinya. Já tinha perdido sua aula de guitarra por causa disso. Mesmo assim, Kyo achava que esse atraso não era por conta da falta de memória de Shinya. Tinha um sentimento ruim e não podia sair do seu quarto sem seu tutor. “Maldita hora que prometeu que não sairia mais sem o tutor.”

O segundo sinal tocou. Aula de Baixo. Nenhum sinal de Shinya. A agonia tomou mais conta de Kyo do que o suportável. Alguém bateu na porta. Kyo respirou fundo e atendeu a porta.

- Shinya! Onde você estava?

- Não fale nada, nós vamos para a sala dos professores e vai ser agora. - O loiro nunca vira Shinya tão sério. Parecia que este mataria alguém com os olhos.

Chegaram na sala dos professores. A mesa comprida, os professores todos sentados, olhando para os recém-chegados. No canto da sala, outro banquinho, estofado com um tecido verde, na qual quatro alunos estavam sentados, dentre eles Hitsugi e Yomi.

- Que bom que chegou Shinya-san, não demorou tanto quanto eu pensei que demoraria. - Disse o cara da ponta da mesa, seus cabelos roxos facilmente reconhecíveis.

- Yoshiki-san teve que viajar, Sugizo-san está em seu lugar até voltar. Ele pediu para que vocês cinco viessem aqui, junto com os professores. Ele tem um recado.

- Kyo-san... Sente-se. - Disse Sugizo, estendendo a mão em direção ao banquinho verde.

Kyo obedeceu educado, mesmo assim, algo ainda lhe dizia que entraria numa fria. Acomodou-se ao lado de Hitsugi, que tremia constantemente. Kyo não sabia se era aquele clima totalmente frio ou se era pelo fato dele estar ao lado de Yomi. Os outros dois alunos, Kyo não conhecia.

- Os senhores professores se lembram muito bem daquele terrível atentado de duas semanas atrás, não se lembram? - A sala ficou em silêncio, numa afirmativa fria.

- Yoshiki sempre quis que os responsáveis fossem castigados, mas ninguém aqui tomou qualquer atitude para procurá-los - Sugizo respirou fundo tentando manter o tom de voz calmo. - Bem... Mas eu tomei... Encontrei os criminosos e aqueles que estavam de complô com eles.

O loiro se assustou. Como podia ele ser acusado de ter feito aquilo. Seu medo de ser expulso chegou às veias neutralizando qualquer reação de Kyo. Mesmo assim um dos alunos que Kyo não conhecia se levantou para protestar, mas por mais que tentasse, Kyo não conseguia prestar atenção. A única coisa que via era a imagem das pessoas meio retorcida, sem som algum. E agora? O que ele faria? Voltar para casa e dizer que seu sonho foi por água a baixo e ver seu pai esfregando em sua cara que ele não conseguiu. Não poderia deixar isso acontecer.

- Mesmo assim eu quero falar com um por um, combinar o fim que darei a vocês. - O silêncio da mente de Kyo foi quebrado por essa frase, pronunciada por Sugizo.

- Mesmo assim Sugizo, acho que você deve ouvir as reclamações de todos os professores. - Disse Koji, levantando-se da cadeira - Era isso que Yoshiki faria.

- Não me compare com Yoshiki, você não é nem um professor fixo, não deveria dar opiniões aqui Koji-san.

- Desculpe-me Sugizo, Koji não faz parte dessa assembléia, mas eu faço - Respondeu Shinya.

- Certo Shinya-kun, discutiremos juntos o fim dos alunos. - Respondeu Sugizo - Mas só porque esse foi um pedido seu.

Os cinco alunos foram mandados para fora de sala. Os dois desconhecidos sentaram encostados na parede de frente para a porta da sala dos professores. Yomi sentou-se de frente para eles e Hitsugi ficou ao lado de Yomi, porém em pé. Kyo manteve-se no meio do corredor.

Um longo silêncio reinou naquele corredor. Kyo encarava os dois alunos com cara feia. Não confiava nem um pouco neles. Olhava para Hitsugi, que desviava seu olhar para o chão. Yomi era o único que realmente o encarava, mas era como se este estivesse sem qualquer tipo de sentimento.

- Duvido que tenha sido você que fez aquilo Hitsugi! - Exclamou Kyo, olhando não para Hitsugi, mas para Yomi. Sentia que o baixinho estava inseguro a ponto de sentir sua agonia de onde estava.

- Você tem razão... Eu sou um cúmplice. - Respondeu o colega de guitarra, ainda encarando o chão.

- Cúmplice do amor ou coisa parecida?- Perguntou Kyo meio em código, para que confirmasse suas suspeitas sem ficar tão na cara. Sabia que o outro entenderia mesmo.

- Coisas parecidas...

- E vocês? Quem são? - Perguntou Kyo, desviando pela primeira vez os olhos de Yomi.

- Hiroto.

- Shou.

- Kyo.

A porta se abriu e da sala dos professores surgiu Miku extremamente sério. Era difícil encontrar o professor de vocal tão sério quanto ele estava, normalmente, ele adorava fazer piadinhas nas aulas e coisas assim.

- Três dos meus melhores alunos... Eu não mereço - Disse antes de dar espaço para que os acusados passassem.

- Eu quero falar com cada um à sós. Vou começar por Kyo. - Disse Sugizo indicando uma porta secreta atrás do armário de livros, olhando para o loiro e sorrindo sadicamente.

Kyo entrou na sala com certo receio. As paredes, todas pintadas de vermelho. A cômoda parecia extremamente aconchegante, porém havia um quê de perigo que ela exalava, o que não agradava nada nada Kyo.

- Kyo... Você é aquele aluno que foi visto no prédio do segundo ano e que por isso tem um tutor, certo?

- Hai.

- Você também deve saber que foi a primeira vez que houve disputa entre dois professores pela guarda de um aluno, certo?

- Hai.

- Muitas pessoas te consideram um sortudo... Demorou muito para chegarmos a uma conclusão para seu castigo. No fim, Shinya-kun, seu tutor, deu a melhor idéia, porém a mais arriscada. Segundo ele, o melhor para você é ajudar no concurso de música que haverá daqui a dois meses em Tóquio para a formação de novas bandas. Isso te impossibilitará de participar do concurso, e será uma pena bem pesada, mesmo assim isso evitaria a expulsão. Caso contrário, você participará do concurso, mas se perder, não voltará a ter aulas nessa escola, e até lá está proibido de ter aulas com outros professores que não seja eu. Achei justo te dar essas duas opções, já que você foi somente acusado de ser cúmplice de um cúmplice. Não responda agora. Espera até eu dar todas as penas e depois você me conta sua decisão, certo? - Disse Sugizo piscando um olho.

Aquela era um decisão muito difícil, afinal, ser impedido de participar do concurso que poderia lançá-lo na carreira musical não é fácil, mas e se ele não conseguisse nada? Teria que voltar para casa de mãos abanando além de receber uma imensa bronca dos pais ele ainda perderia todas as amizades feitas aqui. Para Kyo, se livrar de seu futuro parecia muito mais fácil do que acabar com seu presente.

Yomi saiu da sala especial chorando. Hitsugi foi o único a consolá-lo. Naquele momento, para o loiro era cada vez mais óbvio que Hitsugi e Yomi não fizeram nada e que os reais culpados eram aqueles dois, Shou e Hiroto.

Após todos receberem seus castigos, Kyo voltou para a sala de Sugizo. Sentou-se na cadeira em frente à mesa e respirou fundo.

- Eu ajudarei com o concurso.

- Escolha sábia. Você começará hoje mesmo. Aguarde-me em seu quarto às onze da noite.

- Certo.

Já à noite, Kyo se arrumou para o trabalho imposto por Sugizo. Vestira um casaco, pois sabia que o tempo estava esfriando. Takanori entrou no quarto e, ao ver Kyo com um casaco fofinho de lã, o agarrou num abraço apertado, tão apertado que Kyo caiu para frente, perdendo o equilíbrio. O loiro levantou-se com o companheiro de quarto ainda agarrado em si.

- Hey Takanori... Cadê o Hyde?

- Faz dois dias que não dorme no quarto.

- Você está brincado? - Kyo realmente não notara a falta do outro companheiro de quarto, mas era claro que não sentiria, tinha Shinya sempre ao seu lado, querendo ou não e o pior, também faziam dois dias que não dormia no quarto. Pior, fazia mais de uma semana que não via Hyde, e só percebera agora. A consciência do loiro começou a pesar. Devia fazer dois dias que Takanori estaria sozinho, afinal, ele não tem nenhum amigo que não fosse os colegas de quarto, e ele mesmo não lhe dera a menor atenção.

- Takanori... Você está com sono?

O mais baixo balançou a cabeça em uma negativa, sem largar o loiro.

- Acha que consegue me acompanhar hoje? Eu falo com o Sugizo-san.

Takanori balançou a cabeça mais uma vez, desta vez numa afirmativa.

A campainha tocou. Kyo esperou que Takanori descesse de suas costas para que ele pudesse atender a porta, porém, o baixinho não o largou e os dois ficaram um considerável tempo parados, se olhando. Desistindo, Kyo foi atender a porta com o Takanori em suas costas mesmo.

- Boa noite, Sugizo-san.

O homem estava escorado na pilastra da porta, com uma roupa um tanto quanto curta e colada, nada apropriado para o frio que fazia, mas não deixava de ser extremamente sexy.

- Posso levar o Takanori conosco? Não quero deixá-lo sozinho aqui. - Disse o loiro apontando para as costas para sinalizar de quem estava falando.

- Certo.

- Ué? Shinya-san não vêm conosco?

- Não... Esse trabalho você vai fazer comigo - Disse o diretor substituto, que logo depois saiu andando, deixando para trás Kyo e Takanori.

Continua...

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