Mais rabiscos de abril de 2008

Feb 05, 2012 17:20

Eu não sei o que fazer. Logo eu, cheia de planos, desejos, esperanças. Eu não sei pra onde ir.. não sei se fico, se vou, se apago tudo isso da minha memória. Como pode doer tanto? Eu queria muito saber o motivo. Uma razão, que me faça aceitar isso tudo. Mas não há. Eu continuo com o meu pensamento no teu. Na tua paz. Na tua coerência. Na tua certeza. Como posso ainda me perguntar tais absurdos..Como posso eu, que tenho a superioridade tão falsa e fingida, assumir minhas lembranças? Elas me consomem. Você não tem idéia do modo como me sinto. Continua doendo. Eu escrevo pra passar. Pra cuspir tudo isso. E você continua inerte. Distante, como sempre esteve. Eu não olho mais nos teus olhos. Não seguro sua mão e te peço pra ficar comigo mais um pouco, mais todo o tempo do mundo. Diz o que eu devo fazer. Pra onde ir, o que dizer. Estou perdida sem você aqui, mais uma vez sem achar o meu lugar. Você sempre teve a voz tão firme e as decisões mais ainda. Me diz, por favor, o que eu faço agora. Rasgo nossas fotos, tomo duas doses de tequila, corro pra você? Mas é tanto amor. Tanto. Queria ter a oportunidade, tola, de te mostrar o que sinto. Mas não há. Saídas, meios, chances. Eu me despeço de você, com os olhos cheios d`água, mãos trêmulas e boca cerrada. Eu continuo te amando. Eu continuo aqui. Há dois anos.
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