Ora bem... Sejam sinceros... Quem é que ameaçou a minha escola de bomba? Vá lá! Podem dizer! Eu sei perfeitamente que vocês querem matar os betos. E qual é a escola perfeita para fazer isso? A minha, claro! Eu não vos denuncio.
Contando melhor a história: estavamos nós a apreciar o tempo que não tivemos aula, a ouvir música, a ler e a conversar, quando o alerme de incêndio toce durante muito tempo. Não é que a emprgada do pavilhão onde estavamos começa, toda histérica, a mandar-nos embora e os alunos todos a sair de lá e dos outros pavilhões? Bem, se fosse simulação, a empregada não ficava tão histérica, não é verdade? Pois bem.. Dirigmo-nos todos ao portão mais próximo, onde nos disseram para irmos para casa porque tinha havido uma ameaça de bomba. E aqui estou.. Em casa.. E em vez de aproveitar a tarde livre (ainda com mais horas por causa do incidente) para estudar, ir apanhar ar ou mesmo treinar, estou aqui enfiada em casa, cheia de sono, sem fazer absolutamente nadinha de nada. xD Ai... Enfim...
A vida por aqui é uma seca... Aulas e mais aulas, com treinos e tal... Fiz o exame no sábado passado (09 de Abril) e vou receber a nota hoje. Já sei que tive mais ou menos a mesma nota do exame passado, o que não é mau. Estou agora a aprender duas formas (Sichu [acho que é assim Oo] e Kim [espada longa de Kungfu]) e vou aprender mais uma de punhos (Sanapkun). De resto, acho que não se passa mesmo nada.
Chego a casa e sento-me em cima da cama. Fico horas a olhar para a parede que tenho em frente, iluminada pela luz laranja irritante do meu quarto. Em vez de ligar as luzes brancas, deixo estar a laranja, para cansar mais os meus pequenos olhos sensíveis e exaustos. O tempo passa devagar. Ouço o ponteiro dos segundos do meu relógio... Um segundo... Tudo parou. Deixo de ouvir o relógio, o silêncio do quarto e do que me envolve, deixo de ver, de sentir. O meu coração pára... Rola uma lágrima pela minha cara, no mesmo segundo... Um único segundo... Noite escura, iluminados pela Lua e pelas Estrelas... Numa metade de segundo, enrolam-se as nossas lágrimas e de seguida, prostro-me morta a teus pés. O vento sopra, leva as folhas das árvores, agita os meus cabelos compridos, as minhas extensas vestes, longos lenços e fitas e seca as minhas lágrimas. As borboletas voam ao lado das folhas vermelha-vivas, que pousam no lago escuro espelhado... No fim do mundo. Aqui tudo congela e, de seguida, explode no vazio. Desaparece, sem deixar qualquer rasto... Mesmo nas memórias.