a esperança
tenho uma tresloucada dentro de mim que me fala em destino e em ti, como se soubesse quem são mas não os distinguisse.
noutro lugar tenho uma pessoa inteligente que a pode observar e justificar, diz que estavam reunidas todas as condições para ficar fascinada: o raro carinho que já te dedicava; a surpresa absoluta que a abalroou como uma vaga, quando a puxaste para ti e a fizeste ver há quanto tempo era inevitável que assim sucedesse; especialmente, o facto de na própria manhã do auge do encantamento, a teres abandonado para te amar à vontade, sem os medos e as sujidades que a realidade sempre acaba por trazer.
em menos de vinte e quatro horas o impossível transformou-se em destino, para a seguir ser segredo irrepetível.
tenho que o pôr numa gaveta.