Eu não queria ter de dizer isto em relação a uma série de 25 episódios que me dei ao trabalho de ver até ao fim, mas Peach Girl é mau. Muito, muito, muito mau.
É como ver um descarrilamento em câmara lenta: uma pessoa sabe que só vai acontecer porcaria ali, mas não consegue tirar os olhos de cima daquilo. A série é a filha bastarda da deusa dos clichés e do deus do sadismo, passada num universo onde as coincidências improváveis são a regra, e um QI emocional de 10 é considerado médio.
Então, temos a nossa bronzeada e ingénua heroína Momo, que passa a história a servir de bola de ping-pong numa partida entre dois rapazes totalmente diferentes mas igualmente idiotas. Excepto que na realidade quem puxa os cordelinhos é Sae, uma sociopata mentirosa compulsiva que, pelo episódio 5, deixa-nos a desejar que a pena de morte existisse no Japão. Excepto que depois, afinal, ela já não é assim tão mázinha, e o que precisava, era de conhecer o que era o amor, e vamos ser todos amiguinhos, tá, e AAAAAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRRRRGGGGGGGGGGGHHHHHHHHH!!!!!!
A
jackie_tekila é uma auto-confessa fã de novelões shoujo. No fim de Peach Girl, ela já estava a acompanhar-me no exercício de puxar os próprios cabelos em gesto de frustração com a acumulação de clichés batidíssimos, situações forçadas com pé de cabra, e idiotice total por parte dos personagens.
Recomendado a toda a gente que tenha ideia que a sua vida sentimental é povoada de gente estúpida. Não, meus caros, isso não é estupidez. Isto é que é.