Jun 28, 2010 12:30
Oh não, estarei a perder a paixão por vídeojogos? A minha auto-imposta corrida para eliminar de uma vez por todas a minha vergonhosa lista de espera (que, de 13 títulos na minha última actualização, já passou para 7) está a ter um efeito estranho em mim... à custa de considerar a tarefa de jogar como uma obrigação, estou a deixar de ter o mesmo prazer em jogar - à excepção de uns quantos títulos e géneros.
RPG's já não têm o mesmo grau de sedução para mim, por causa da sua longa duração, muitas vezes à custa de repetição extenuante, estar a ir e voltar entre uns poucos locais, "grinding" (ter de gastar tempo a lutar para subir de nível antes de poder enfrentar certos adversários) e encontros aleatórios. Já não me estou a sentir com paciência para jogos com mais de 30 horas, a menos que sejam realmente apaixonantes ao nível da história e/ou acção.
Estou cada vez a apreciar os jogos com partidas de curta duração e um alto grau de "rejogabilidade", como jogos de condução, "shoot'em-ups" e afins. Continuo a não apreciar particularmente FPS's, porque tenho sempre a sensação de estar a ser guiado pela mão num corredor fechado em direcção a um destino inevitável, passando por umas quantas capelinhas pelo caminho; E naqueles em que temos a possibilidade de jogar online, vemo-nos sempre na situação de ter de defrontar idiotas pueris que não fazem mais nada na vida, que não nos dão a mínima hipótese de vencer e, quando por algum capricho da sorte perdem contra nós, brindam-nos com maravilhosas torrentes de impropérios. Encantador.
Estive durante uma semana a experimentar "Neptune's Pride", um jogo multiplayer online em Flash no estilo de "Master of Orion" e afins (aquilo a que se chama o género "XXXX" - eXplore, eXpand, eXploit & eXterminate) que, apesar de brilhante, tive que largar "cold turkey" porque estava a ficar obcecado com aquilo, o que nunca é bom sinal. Gostava de saber o que os meus oponentes vão pensar quando virem que o jogador que lhes estava permanentemente a azucrinar a cabeça com movimentações constantes e a ocupar-lhes todas as estrelas que não se queriam dar ao luxo de defender, desapareceu de cena de repente. Bem, deve estar sempre a acontecer, dada a duração das partidas... Não estou a ver que aquilo acabe antes de passado mais um mês, e se agora já estava a sonhar com aquilo, nessa altura já nem sei até onde chegaria o meu envolvimento. Tenho coisas melhores (e mais importantes) com que me ocupar, obrigado.
Filmes: "Hot Fuzz" é brilhante e todos deviam ver. Não sei como é que este me escapou durante 3 anos. Foi um feliz acaso que a eminente estreia do "Scott Pilgrim vs. the World" me desse vontade de verificar a anterior filmografia do realizador. O seu valor de comédia é excelente e todos os clichés de acção são explorados de forma deliciosa. Já "Fantastic Mr. Fox" é girito, mas nunca me consegui abstrair do facto da voz da personagem principal ser do George Clooney, porque a personagem é exactamente aquilo que seria de esperar de uma personagem interpretada por esse actor... mas na forma de uma raposa. O meu personagem preferido foi o Ash, o emo mais adorável do mundo, mas tão gay-por-se-descobrir.