Autora: Hachiko Mitsune (ou Mitsune S. Black Higurashi)
Categoria: the GazettE
Casal: Aoi x Uruha
Classificação: +12
Gênero: Romance/Slash
Status: One-shot.
Direitos autorais: Virei Best Friend do Aoi quando mandei um monte de dvd’s do Michel Jackson pra ele. Logo descobri o ponto fraco dos outros e desde então, todos os membros me pertencem. /não
Sinopse: “”Maldita seja essa festa que ele tanto insistiu em ir. Aliás, maldito Ruki, que teve a belíssima idéia de alugar um salão de festas para comemorar seu aniversário.”
AxU
Aoi’s POV.
Olhei no relógio pela enésima vez, suspirando e me arrependendo mais uma vez de ter oferecido carona para alguém que demora tanto pra se arrumar para uma festa.
- Anda logo, Uruha! - resmunguei, ouvindo o loiro protestar do banheiro.
Maldita seja essa festa que ele tanto insistiu em ir. Aliás, maldito Ruki, que teve a belíssima idéia de alugar um salão de festas para comemorar seu aniversário.
Vi o loiro vir do quarto e prontamente levantei do sofá, aproveitando para admirar aquele pedaço de mau caminho.
Uruha vestia uma jeans clara com uma corrente que prendia a carteira em seu bolso, uma camisa preta sem mangas, gravata perolada, coturnos e alguns acessórios de prata. E como se não bastassem as roupas lhe caírem muito bem, ele ainda arrepiou um pouco o cabelo.
Eu diria que toda a demora teria valido a pena, se eu pudesse ao menos tomá-lo nos meus braços naquele momento.
Mas eu não podia. E por uma razão simples: A informação que circulava por aí é que Uruha era completamente hetero.
E eu preferia não arriscar nossa amizade, menos ainda a banda.
- Vamos logo. - e eu fui andando na frente, com a chave do carro em mãos, pedindo por controle.
O loiro me seguiu, trancando o apartamento.
Quando já estávamos no carro, ele resmungou.
- Faça uma cara melhor, Aoi. É aniversário do Ru-chan. Ele não vai gostar de te ver assim.
Um sorriso torto se desenhou em meus lábios, enquanto eu dava a partida.
- Aposto que ele só quer os presentes. - apontei os dois pacotes no banco traseiro. - E o Reita.
Uruha riu, exibindo os dentes infantis.
Parei no sinal vermelho e limitei-me a olhá-lo pelo canto do olho, vendo-o corar repentinamente e virar-se para mim com uma expressão curiosa.
- O que foi?
- Eh!? - Olhei em seus olhos, me perdendo neles. Kami! Dê me forças para não tomar esses lábios em pleno trânsito.
- Está me encarando já faz um tempo. - murmurou.
Maldito sinal! Abra!
- Você está estranho comigo ultimamente. Sempre me olhando de cima abaixo. Fiz algo errado? - ele perguntou, naquele tom tímido, que me fez ter vontade de mordê-lo.
Me aproximei, hesitante, o rosto muito próximo do dele, vendo-o corar mais e morder o próprio lábio inferior, me fazendo umedecer os meus inconscientemente.
- Yuu... - ele chamou, num fio de voz. - O sinal está verde.
- Eh!? - olhei pra frente e constatei que era verdade. O motorista logo atrás de mim buzinou e eu não tive outra escolha se não dirgir atentamente.
Uruha não perguntou mais nada e o trajeto até a festa foi repleto de silêncio.
Quando chegamos, estacionei e logo vi o loiro pegar os presentes e ir correndo na direção de Ruki, que estava próximo a entrada do salão, recebendo alguns outros convidados.
- Taka!
Não pude deixar de sorrir ao vê-lo exibir aquele mesmo sorriso infantil e bagunçar os cabelos do mais novo.
Peguei meu presente e andei calmamente na direção dos dois, vendo o loiro adentrar a festa para cumprimentar alguns amigos.
- Omedetou, Chibi. É uma pena que só tenha ficado mais velho e não mais alto, huh? - brinquei, colocando o presente o mais alto possível, impedindo o vocalista de pegá-lo, finalmente entregando-o quando me dei por satisfeito ao vê-lo levemente irritado.
Logo virei meu olhar para o local da festa, vasculhando por entre os convidados. E Ruki me analisava em silêncio, parecendo incomodado.
- Se gosta o Uruha, por que simplesmente não diz isso pra ele?
Sorri amargamente com as mãos nos bolsos, sem tirar os olhos do loiro que eu havia finalmente localizado em meio a multidão, bebendo e conversando animadamente.
- Não é tão simples assim. - disse, enquanto via Uruha conversar com uma garota de cabelos compridos.
Ruki riu.
- Essa é a Minako-chan. Bonita, não é? - e ele sorriu maliciosamente, sabendo que eu ficaria irritado com aquilo. - Ela é fã do Uruha. Sempre quis conhecer. Amiga de infância, sabe? O irmão é aquele alto ali, de lentes azuis.
Cerrei os punhos e Ruki riu, saindo dali para dar atenção aos convidados, logo sumindo em meio à todas aquelas pessoas.
Por um tempo, não o vi mais. E nem sinal do Reita, também. Ele com certeza não faltaria. Provavelmente estava por aí com o aniversariante, lhe proporcionando o melhor presente de todos.
Senti uma pontada de inveja.
Olhei novamente na direção em que Uruha estava. Já fazia mais de uma hora que a tal Minako não desgrudava dele. E ele, sinceramente, parecia estar gostando.
Já irritado, resolvi me juntar ao loiro.
- Kou-chan! - fui em sua direção, sorridente, com dois drinques nas mãos, oferecendo um a ele, que prontamente aceitou, me agradecendo com um sorriso. - Que festa grande, não é? Não é muito a cara do Chibi.
A garota pareceu acuada e manteve-se calada.
- Ah! Yuu, essa é a Fujima Minako. Sabia que ela e o Chibi se conhecem desde pequenos? Ela tem umas histórias engraçadas sobre ele.
Sorri para a garota.
- Prazer, Shiroiyama Yuu. - pisquei, vendo-a corar. - Está sozinha? - perguntei, como não quer nada.
Ela pareceu desconcertada e vasculhou o salão com os olhos, parecendo procurar alguém. Uruha virou-se, como se para averiguar se havia alguém vindo em nossa direção.
- Não. Eu vim com o meu irmão. - ela sorriu.
Irmão, é?
- Ah! Um bem alto, usando lentes!? Ele estava procurando por você. Acho que estava pra lá. - apontei a direção oposta do salão e exatamente como esperava, ela pediu licença e foi procurar pelo irmão.
Não pude deixar de sorrir vitorioso.
Uruha encostou-se na parede ao meu lado, sorvendo um gole da bebida forte.
- Por que fez isso? - perguntou, sem olhar pra mim.
Olhei pra ele, arqueando uma sobrancelha.
- Você parecia querer que ela fosse embora. Por quê?
Bebi o restante do uísque de uma vez, como que para tomar coragem para fazer o que eu queria.
Me aproximei, colocando ambas as mãos na parede, uma de cada lado da cabeça do loiro, vendo-o olhar desconfortável para as pessoas ali.
- Vamos pra um lugar mais reservado. - e segui para uma varanda aos fundos do salão, onde eu sabia que não havia ninguém, pois a maioria das pessoas ali estava ou dançando, ou bebendo e conversando. Não perderiam um minuto daquela festa por nada.
O loiro terminou de beber, largando o copo na bandeja de um garçom e me seguiu, as mão nos bolsos.
Parecia tranqüilo.
Assim que percebi que estávamos sozinhos e longe de olhares curiosos, me aproximei.
- Você perguntou o por quê de eu estar estranho com você, não foi? - e segurando a ponta de sua gravata, respirei fundo, puxando-o para mim, minha outra mão pousando e sua nuca, puxando-o para um beijo.
Ele pareceu se assustar, mas prontamente correspondeu, dando-me permissão para aprofundar mais o beijo, agarrando-se a mim, parecendo hesitante.
Nos separamos, ofegantes.
- E-Era isso? - ele perguntou, lambendo aqueles lábios que não poderiam ser outra coisa, se não obscenos.
- Era. - não consegui responder mais nada, mordiscando seus lábios, tomando-os em outro beijo, mais calmo e gentil que o anterior.
Quando nos separamos, Uruha colou a testa na minha, fechando os olhos.
- Então você gosta de mim, Aoi? - perguntou, num murmúrio.
Não pude deixar de sorrir quando abri meus olhos e vi que ele estava corado, mordendo o lábio inferior. Aquela expressão adorável.
E olhando-o daquele jeito, ele parecia-se com um adolescente inocente que havia acabado de receber o primeiro beijo. E eu até acreditaria em sua inocência, se não soubesse por terceiros que de inocente, Uruha não tinha nada.
Era um pervertido. E bom de cama. Era o que me diziam, pelo menos.
- Mais do que isso. Eu amo você. - sussurrei, vendo-o abrir os olhos, olhando nos meus e sorrir abertamente.
- Então estamos quites. - ele umedeceu os lábios, parecendo se divertir com minha expressão surpresa. - O que é? Nunca notou? Eu podia ter vindo sozinho, sem pedir carona pra você, não acha? Vê se desconfia, Aoi. - ele riu.
Eu permaneci com a mesma expressão chocada por mais alguns minutos, até que ele me puxou para a realidade, jogando-me numa parede, prensando seu corpo contra o meu, me fazendo gemer enquanto tomava meus lábios num beijo necessitado, quase violento.
Kami, eles tinham razão. Uruha de inocente não tinha nada.
E eu vim a descobrir que ele era realmente bom de cama, logo quando fomos embora pro meu apartamento, usando uma desculpa qualquer para sumir da festa de Ruki, que pareceu não se importar - pelo contrário - ele parecia extremamente feliz em nos ver juntos daquela maneira.
- Acha que o Chibi vai ficar bravo por termos ido embora daquele jeito? - perguntei, deitado no peito nu do loiro, que afagava meus cabelos.
Ele riu.
- Não, afinal, ele estava com o Reita.
- EEEH!?
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POV OFF
- O que foi? - a voz do menor soou rouca.
Ruki se agarrava a Reita, afundando o rosto em seu pescoço. O mais velho parecia pensativo, encarando as roupas largadas pelo chão da sala.
Aquilo definitivamente estava nos planos, mas programado para quando a festa acabasse.
- Não acha melhor voltarmos pra festa? É o seu aniversário. - o baixista parecia preocupado com o número de convidados procurando pelo aniversariante.
Logo dariam falta dele também e provavelmente ligariam os fatos. Ou não. Nunca deram a entender que estavam juntos ou coisa do tipo.
Tanto que Reita tinha fama de hétero machão. Jamais desconfiariam de sua masculinidade. Jamais.
Mas ainda assim, centenas de convidados o deixavam nervoso.
- Por que quer voltar se a festa nem é sua? Além disso, eu posso dizer que passei mal e... - Reita o interrompeu.
- Mas tem os seus presentes. - disse, tentando convencer o menor.
Ruki fez bico.
- Mas o melhor presente está aqui comigo. Pra quê vou voltar?
Reita não conseguiu deixar de sorrir, mas logo levantou-se.
- Vamos voltar logo. Se não, não lhe dou o presente de verdade. - sorriu de canto ao ver a expressão curiosa do menor, que logo levantou-se e vestiu-se, ajeitando os cabelos, resmungando algo sobre Reita o chantagear.
O mais velho riu.
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Aoi’s POV
- Por que é que nós tivemos que voltar também? - resmunguei, cruzando os braços, me vendo novamente no meio daquele monte de convidados.
- Porque diferente de mim, todos desconfiariam da sua masculinidade. - Reita zombou, rindo de mim, sendo logo acompanhado por Uruha, que não conseguia mais se conter.
- Ah, claro. - respondi, no tom mais irônico que consegui.
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Fim.
N/A:
Sim, fim, porque eu não tenho a mínima idéia de como fazer um final decente, beijosmil.
Vou dedicar essa pra Draga, já que não tem nenhuma situação constrangedora envolvendo banheiros, assim ela consegue ler sem ter que sofrer por vergonha alheia.
E já que o Ruki teve uma B-Day Party, eu quero presentinhos também. Daqui dois dias é meu aniversário também, oras. xDD
Essa vai ser postada sem ser betada. Só no LJ, por enquanto. Quando for betada, posto no Nyah também.
Agora sejam pessoas gentis e me digam o que acharam, sim? *-*
Obrigada 8DD
E boa noite pra mim, já que são quatro e meia da manhã.