Sinopse: “A cada minuto que se passava eu me encantava mais e mais com aquele garotinho parado a minha frente.”
Andamento: Terminada
(Primeiro Capítulo) (Segundo Capítulo - primeira parte) No capítulo anterior
“Fomos andando em direção a minha casa.
- Tá chegando? - o ouvi perguntar
- Tá quase, por quê?
- Ah... Eu “tô” cansado.
- Vem cá. - estendi os braços pra pegar ele no colo.”
Ele veio pro meu colo sorrindo e chegamos a minha casa.
Continuei com ele nos braços e fui atrás da minha mãe.
- Mãe?
- Que foi Miku?
- O almoço tá pronto?
- Nem comecei a fazer ainda, me enrolei com os serviços da casa.
- Ah. Tudo bem.
- Vai brincar com o Takuya enquanto o almoço não fica pronto.
- Hai.
Fui pro meu quarto e disse:
- Tak, o que você quer fazer?
- Não sei...
- Você não trouxe sunga não né?
- Não... Por quê?
- É que já que não tem nada pra gente fazer, eu ia te levar pra nadar.
- Aqui tem piscina?
- Aham.
- Ah... Eu quero nadar. - ele respondeu fazendo uma carinha de bravo.
- Você trouxe bermuda?
- Acho que sim... - ele disse indo procurar na mochila dele, eu fiquei esperando ele ver se tinha trago ou não.
- Trouxe?
- Aham! - ele respondeu pulando.
- Ótimo, vou me trocar tá?
- Ah... Não me deixa aqui sozinho...
- Mas eu tenho que me trocar Tak, num posso nadar de roupa.
- Eu não quero ficar sozinho. - ele respondeu fazendo um biquinho, muito fofo por sinal.
- É rapidinho, mais tudo bem, você vem comigo.
- Eba! - ele disse agarrando meu pescoço.
- Ei, vai com calma, assim você me quebra. - sorri pra ele.
- Gomen...
- Não precisa se desculpar, é só brincadeira. - disse dando um beijo no rosto dele, e indo em direção ao meu guarda-roupa pra pegar a minha sunga, e indo pro banheiro.
Me virei de costas pra ele pra colocar a sunga, e quando terminei de vestir e me virei pra ele, e vi que ele ainda não tinha se trocado, ele estava parado no lugar meio abobalhado.
- Tak? - passei a mão na frente do rosto dele.
- H-hai? - ele respondeu corando violentamente, e eu fiquei sem entender nada.
- Não era você que estava desorientado pra nadar? E ainda nem trocou de roupa? - disse bagunçando os cabelos dele.
- Eu... Esqueci...
- Vem cá.
Ele veio timidamente pra perto de mim, ainda muito corado e eu disse:
- Levanta os braços Tak.
Ele levantou os braços e eu tirei a camiseta e a calça dele e fiquei observando aquela pele branquinha, delicada...
- Cadê a sua bermuda?
- Tá aqui. - ele disse me entregando.
- Segura em mim. - ele segurou nos meus cabelos e eu o ajudei a se vestir.
- Vamos nadar então?
- Vamos! - ele respondeu animado.
Peguei duas toalhas dentro do armário e o levei até a piscina.
Eu coloquei as toalhas no chão, sai correndo e pulei na água.
Quando coloquei a cabeça pra fora, vi que ele me olhava sorrindo.
- Vem.
- Não... É funda.
- Vem, eu te pego.
- Tá...
Ele sentou na beirada da piscina e ficou balançando os pés dentro da água, eu sorria ao ver a pele branquinha dele em forte contraste com o azul da piscina.
- Não vai entrar Tak?
- “Tô” vendo se a água não tá fria. - ele sorriu e me jogou água.
- Ah! É assim né seu pilantrinha? - eu fui até ele e comecei a fazer cócegas nele, minha mão estava gelada, e eu vi que ele estava ficando arrepiado de frio.
- Entra logo Tak, você tá com frio.
- Você me segura?
- Claro, você acha que eu ia deixar você se afogar?
Ele sorriu com a resposta e pulou na água, como eu sabia que a piscina não ia dar pé pra ele, eu o peguei no colo, eu olhei pro rosto dele, e vi como ele ficava lindo com os cabelos todo molhado, e tentando tirar um ou outro fio que insistia em cair no seu olho.
- Quer tentar nadar?
- Não... Eu não sei, eu vou me afogar.
- Eu já disse que não vou deixar você se afogar, seu teimoso.
- Eu sei... Mais eu tenho medo...
- Não confia em mim?
- Claro que confio... - ele segurou meu rosto, e me deu um selinho, eu sorria como um bobo. É... Era o que eu havia me tornado, um bobo apaixonado.
- Que bom...
- Seu piercing tá gelado. - ele disse fazendo uma careta.
- Gomen... - eu disse rindo da carinha que ele havia feito.
- Me ensina a nadar?
- Ensino.
Sentei ele na borda da piscina e disse:
- Presta atenção no que eu vou fazer e depois tenta fazer igual, tá?
- Hai!
Comecei a dar braçadas na piscina, dei umas voltas e disse:
- Entendeu como se faz?
- Entendi.
- Então vem tentar.
Eu o segurei e ele conseguiu nadar direitinho, sorri ao ver como ele nadava bonitinho.
- Eu consegui?
- Conseguiu. Parabéns. - eu disse enchendo ele de beijos.
- Jura?
- Juro! Palavra de honra.
- Posso te contar um segredo?
- Pode. - sorri pra ele.
Ele colocou as mãos em formato de concha no meu ouvido e disse sussurrando:
- Aishiteru Miku...
Não me agüentei de felicidade quando ouvi o “segredo” dele.
- Eu também vou te contar um segredo Tak...
- Vai? Qual?
- Eu também te amo... Desde a primeira vez que eu te vi.
- Sério? - ele perguntou espantado.
- Sério, eu nunca amei alguém assim Tak...
- Nem suas namoradas?
- Eu nunca tive namorada Tak... Nunca gostei de meninas, e agora eu descobri o porque!
Ele me olhou confuso e eu tentei explicar.
- Tak, eu sempre gostei de garotos...
- Você nunca beijou meninas?
- Já beijei sim... Só que não me agrada... Prefiro meninos.
Vi que ele abaixou a cabeça tristonho, levantei o seu rosto com a minha mão e disse:
- O que foi Tak?
- Você tem meninos mais velhos, não precisa de mim. - ele disse apoiando o rosto no meu ombro.
- Tak, presta bem atenção no que eu vou te falar.
- Tá...
- Eu te amo, e nenhum menino ou menina que eu já fiquei muda isso, você é a única pessoa que realmente me importa tá?
Ele concordou com a cabeça sorrindo e se deitou no meu ombro.
- Já cansou?
- Hai...
- Quer sair?
- Não... - ele respondeu manhoso.
- Mais você não tá cansado?
- “Tô”, mais é que eu quero ficar com você.
Apertei as bochechas dele e disse:
- Eu saio com você.
Ele sorriu pra mim e eu o coloquei na borda da piscina, pra eu poder sair.
Enrolei ele na toalha e enrolei a outra toalha na minha cintura.
Peguei ele no colo, fomos pra dentro de casa, e passamos pela cozinha.
- Miku, o almoço tá pronto, troca a roupa do Takuya e vem almoçar.
- Hai.
Levei ele pro meu quarto, enxuguei ele direitinho e coloquei uma roupa seca nele, e o deitei na minha cama, e ele já tava quase cochilando, quando eu disse:
- Tak, vamos almoçar.
- “Tô” sem fome... - ele respondeu tampando o rosto com o travesseiro.
- Não tá não senhor, vem comer, depois você dorme tá?
- Ah... Tá bem... - respondeu ele emburrado.
Puxei ele pela mão até a cozinha, minha mãe já havia servido a comida nos pratos pra nós dois.
Eu sentei na mesa e ele se sentou do meu lado, ele estava morrendo de sono, mas ele só havia tomado sorvete, e já fazia tempo, ele tinha que comer.
O almoço da minha mãe havia saído muito tarde, já era quase 3 horas da tarde.
Ele terminou de comer e encostou a cabeça na minha barriga, e ele cochilou ali, enquanto eu terminava de almoçar, terminei de almoçar o mais rápido que podia, e peguei ele no colo, pedi pra minha mãe arrumar as coisas dele, afinal de contas a mãe dele já devia estar pensando que eu havia o havia raptado.
Minha mãe me entregou a mochila com as coisas dele, e eu sai andando pra casa dele, ele foi dormindo até na casa dele.
Toquei a campainha, e a mãe dele veio atender, ela sorriu ao ver o pequeno no meu colo, quando ela foi pegar ele, ele abriu os olhos e disse baixinho:
- Aishiteru Miku...
E eu respondi somente pra ele ouvir:
- Aishiterumo Tak...