Meu Primeiro Amor...

Jun 04, 2008 17:25

Sinopse: “A cada minuto que se passava eu me encantava mais e mais com aquele garotinho parado a minha frente.”

Andamento: Terminada
(Primeiro Capítulo)   (Segundo Capítulo - primeira parte)

No capítulo anterior

“Fomos andando em direção a minha casa.

- Tá chegando? - o ouvi perguntar

- Tá quase, por quê?

- Ah... Eu “tô” cansado.

- Vem cá. - estendi os braços pra pegar ele no colo.”

Ele veio pro meu colo sorrindo e chegamos a minha casa.

Continuei com ele nos braços e fui atrás da minha mãe.

- Mãe?

- Que foi Miku?

- O almoço tá pronto?

- Nem comecei a fazer ainda, me enrolei com os serviços da casa.

- Ah. Tudo bem.

- Vai brincar com o Takuya enquanto o almoço não fica pronto.

- Hai.

Fui pro meu quarto e disse:

- Tak, o que você quer fazer?

- Não sei...

- Você não trouxe sunga não né?

- Não... Por quê?

- É que já que não tem nada pra gente fazer, eu ia te levar pra nadar.

- Aqui tem piscina?

- Aham.

- Ah... Eu quero nadar. - ele respondeu fazendo uma carinha de bravo.

- Você trouxe bermuda?

- Acho que sim... - ele disse indo procurar na mochila dele, eu fiquei esperando ele ver se tinha trago ou não.

- Trouxe?

- Aham! - ele respondeu pulando.

- Ótimo, vou me trocar tá?

- Ah... Não me deixa aqui sozinho...

- Mas eu tenho que me trocar Tak, num posso nadar de roupa.

- Eu não quero ficar sozinho. - ele respondeu fazendo um biquinho, muito fofo por sinal.

- É rapidinho, mais tudo bem, você vem comigo.

- Eba! - ele disse agarrando meu pescoço.

- Ei, vai com calma, assim você me quebra. - sorri pra ele.

- Gomen...

- Não precisa se desculpar, é só brincadeira. - disse dando um beijo no rosto dele, e indo em direção ao meu guarda-roupa pra pegar a minha sunga, e indo pro banheiro.

Me virei de costas pra ele pra colocar a sunga, e quando terminei de vestir e me virei pra ele, e vi que ele ainda não tinha se trocado, ele estava parado no lugar meio abobalhado.

- Tak? - passei a mão na frente do rosto dele.

- H-hai? - ele respondeu corando violentamente, e eu fiquei sem entender nada.

- Não era você que estava desorientado pra nadar? E ainda nem trocou de roupa? - disse bagunçando os cabelos dele.

- Eu... Esqueci...

- Vem cá.

Ele veio timidamente pra perto de mim, ainda muito corado e eu disse:

- Levanta os braços Tak.

Ele levantou os braços e eu tirei a camiseta e a calça dele e fiquei observando aquela pele branquinha, delicada...

- Cadê a sua bermuda?

- Tá aqui. - ele disse me entregando.

- Segura em mim. - ele segurou nos meus cabelos e eu o ajudei a se vestir.

- Vamos nadar então?

- Vamos! - ele respondeu animado.

Peguei duas toalhas dentro do armário e o levei até a piscina.

Eu coloquei as toalhas no chão, sai correndo e pulei na água.

Quando coloquei a cabeça pra fora, vi que ele me olhava sorrindo.

- Vem.

- Não... É funda.

- Vem, eu te pego.

- Tá...

Ele sentou na beirada da piscina e ficou balançando os pés dentro da água, eu sorria ao ver a pele branquinha dele em forte contraste com o azul da piscina.

- Não vai entrar Tak?

- “Tô” vendo se a água não tá fria. - ele sorriu e me jogou água.

- Ah! É assim né seu pilantrinha? - eu fui até ele e comecei a fazer cócegas nele, minha mão estava gelada, e eu vi que ele estava ficando arrepiado de frio.

- Entra logo Tak, você tá com frio.

- Você me segura?

- Claro, você acha que eu ia deixar você se afogar?

Ele sorriu com a resposta e pulou na água, como eu sabia que a piscina não ia dar pé pra ele, eu o peguei no colo, eu olhei pro rosto dele, e vi como ele ficava lindo com os cabelos todo molhado, e tentando tirar um ou outro fio que insistia em cair no seu olho.

- Quer tentar nadar?

- Não... Eu não sei, eu vou me afogar.

- Eu já disse que não vou deixar você se afogar, seu teimoso.

- Eu sei... Mais eu tenho medo...

- Não confia em mim?

- Claro que confio... - ele segurou meu rosto, e me deu um selinho, eu sorria como um bobo. É... Era o que eu havia me tornado, um bobo apaixonado.

- Que bom...

- Seu piercing tá gelado. - ele disse fazendo uma careta.

- Gomen... - eu disse rindo da carinha que ele havia feito.

- Me ensina a nadar?

- Ensino.

Sentei ele na borda da piscina e disse:

- Presta atenção no que eu vou fazer e depois tenta fazer igual, tá?

- Hai!

Comecei a dar braçadas na piscina, dei umas voltas e disse:

- Entendeu como se faz?

- Entendi.

- Então vem tentar.

Eu o segurei e ele conseguiu nadar direitinho, sorri ao ver como ele nadava bonitinho.

- Eu consegui?

- Conseguiu. Parabéns. - eu disse enchendo ele de beijos.

- Jura?

- Juro! Palavra de honra.

- Posso te contar um segredo?

- Pode. - sorri pra ele.

Ele colocou as mãos em formato de concha no meu ouvido e disse sussurrando:

- Aishiteru Miku...

Não me agüentei de felicidade quando ouvi o “segredo” dele.

- Eu também vou te contar um segredo Tak...

- Vai? Qual?

- Eu também te amo... Desde a primeira vez que eu te vi.

- Sério? - ele perguntou espantado.

- Sério, eu nunca amei alguém assim Tak...

- Nem suas namoradas?

- Eu nunca tive namorada Tak... Nunca gostei de meninas, e agora eu descobri o porque!

Ele me olhou confuso e eu tentei explicar.

- Tak, eu sempre gostei de garotos...

- Você nunca beijou meninas?

- Já beijei sim... Só que não me agrada... Prefiro meninos.

Vi que ele abaixou a cabeça tristonho, levantei o seu rosto com a minha mão e disse:

- O que foi Tak?

- Você tem meninos mais velhos, não precisa de mim. - ele disse apoiando o rosto no meu ombro.

- Tak, presta bem atenção no que eu vou te falar.

- Tá...

- Eu te amo, e nenhum menino ou menina que eu já fiquei muda isso, você é a única pessoa que realmente me importa tá?

Ele concordou com a cabeça sorrindo e se deitou no meu ombro.

- Já cansou?

- Hai...

- Quer sair?

- Não... - ele respondeu manhoso.

- Mais você não tá cansado?

- “Tô”, mais é que eu quero ficar com você.

Apertei as bochechas dele e disse:

- Eu saio com você.

Ele sorriu pra mim e eu o coloquei na borda da piscina, pra eu poder sair.

Enrolei ele na toalha e enrolei a outra toalha na minha cintura.
Peguei ele no colo, fomos pra dentro de casa, e passamos pela cozinha.

- Miku, o almoço tá pronto, troca a roupa do Takuya e vem almoçar.

- Hai.

Levei ele pro meu quarto, enxuguei ele direitinho e coloquei uma roupa seca nele, e o deitei na minha cama, e ele já tava quase cochilando, quando eu disse:

- Tak, vamos almoçar.

- “Tô” sem fome... - ele respondeu tampando o rosto com o travesseiro.

- Não tá não senhor, vem comer, depois você dorme tá?

- Ah... Tá bem... - respondeu ele emburrado.

Puxei ele pela mão até a cozinha, minha mãe já havia servido a comida nos pratos pra nós dois.

Eu sentei na mesa e ele se sentou do meu lado, ele estava morrendo de sono, mas ele só havia tomado sorvete, e já fazia tempo, ele tinha que comer.

O almoço da minha mãe havia saído muito tarde, já era quase 3 horas da tarde.

Ele terminou de comer e encostou a cabeça na minha barriga, e ele cochilou ali, enquanto eu terminava de almoçar, terminei de almoçar o mais rápido que podia, e peguei ele no colo, pedi pra minha mãe arrumar as coisas dele, afinal de contas a mãe dele já devia estar pensando que eu havia o havia raptado.

Minha mãe me entregou a mochila com as coisas dele, e eu sai andando pra casa dele, ele foi dormindo até na casa dele.
Toquei a campainha, e a mãe dele veio atender, ela sorriu ao ver o pequeno no meu colo, quando ela foi pegar ele, ele abriu os olhos e disse baixinho:

- Aishiteru Miku...

E eu respondi somente pra ele ouvir:

- Aishiterumo Tak...

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