Jun 13, 2008 21:52
Por um momento eu tive tudo que desejava, e parecia bom. Em seguida, complicado, mas bom. Depois, apenas complicado. Depois, nada, uma lacuna simplesmente.
Não uma lacuna que pede pra ser preenchida. Simplesmente uma lacuna que está contente em ocupar o seu espaço. Uma lacuna que vai e volta, que já é amiga e companheira. Ela se estende por todas as áreas da vida, sem ameaçar. Também não morde. Apenas segue meus passos.
Não consigo sempre enxergá-la, no entanto sempre sinto sua presença.
Enfim, em algum ponto precisei acordar pra conseguir voltar a dormir. Em épocas de relativismo, nada parece importar mesmo.
Você pode se preocupar com pessoas, com situações, consigo mesmo, mas parece que tudo se resolve sozinho, e em todo acontecimeno há uma razão de existir. Fica-se com a impressão de ter as rédeas na mão, só que elas estão na mão de outrem, te levando aos lugares que ele quer. Percorrendo ruas tortuosas, se acidentando, se arrebentando. Com você dentro.
Mas é reconfortante. De alguma maneira ela parece infinitamente recuperável, e se por um lado nos machuca, por outro nos leva mesmo inconscientes e quase sem força vital ao nosso destino, dono de contornos que nos são visíveis, embora tendamos a ignorá-los.
Certos sentimentos grudam na gente como piche. Difícil lidar com eles.
pensamentos internos