Mais um
Sinto-me cada dia mais distante da minha essência verdadeira
Sinto que cada dia que passa e um a menos em minha vida
Sinto-me sendo acolhido por um par de asas negras
Sinto que a morte toca meu pescoço e obscenamente desce pelo meu peito
Sinto-me tranqüilo, em paz com.
Sinto o toque gélido em meu peito
Sinto-me fraco.
Sinto que nada mais funciona em meu corpo.
Sinto-me livre
Sinto meu corpo flutuando no ar
Sinto-me morto.
Testando uma coisa, não muito relevante para o momento. Não se preocupem, não virei um maníaco suicida. Só resolvi mudar um pouco.... ou isso e uma introdução? Não sei ;x
Enfim, essa crônica “nasceu” quando eu ouvi uma piada de uma das pessoas que trabalham comigo. Mas enfim, não tem nada de engraçado na crônica e se não quiser ler sinta-se a vontade em apertar o [x] naquele canto direito superior da janela do navegador. ^^
A vida, universo e muito bla bla bla.
Eu é meu amigo éramos inseparáveis, acho que muita gente devia imaginar que éramos homossexuais ou qualquer balela preconceituosa do tipo, mas não era a verdade. Se existe um crime entre amigos de infância se juntarem em suas tramóias da vida que me prendam. Mas éramos próximos e chegamos partilhar de tudo. Mulheres era sempre algo que dividíamos, ele ou eu ficávamos primeiro e então acontecia a mágica depois... Mas não importa agora. De forma trágica ele morreu, atropelado por um ônibus. Nessa cidade eu sei que todos esses motoristas desvairados seguem como donos da rua e nos temos que sair da frente, nem mesmo dentro desse objeto retangular estamos seguros. Mas por fim meu amigo morreu por causa disso, prefiro andar a pé a pegar uma atrocidade dessas. Sinto-me mal por ter discutido com ele pouco antes do ocorrido, como sempre mulheres se colocando no caminho. Ele pegou sua bicicleta, sim estávamos em plena adolescência.
Anos depois me casei, arrumei um bom emprego e me mudei. A casa era uma tradicional casa de bairro, bem espaçosa e confortável. Nela um sótão com coisas do antigo inquilino. Não me importei em mexer naquela bagunça e segui minha vida normalmente. Ate um final de semana eu resolver “brincar” com aquela bagunça, estava pensando em montar um “living room” naquele lugar. Então me deparei com um espelho. Comecei a me olhar nele quase hipnotizado, então vi que não era eu quem estava do outro lado. Mas uma criança e eu a conhecia, era o meu amigo morto a tanto tempo. Fiquei extasiado olhando para a ilusão esperando que ela sumisse.
- Vai ficar me olhando muito tempo?
Voltei a mim quase que na hora. O que raios aconteceu? Era ele mesmo?
- Sim sou eu mesmo, não precisa ter medo. Eu comecei a morar aqui depois da morte, sabe?
- Eu não entendo. - Realmente e nem podia, era sobre a morte que ele falava, não algo do meu dia a dia.
- Enfim, foi conhecidência eu acho. Virmos morar no mesmo lugar, a algum tempo eu tento falar com você. Acho que esse foi o único canal que encontrei pra falar com você. Sentiu minha falta?
Havia lagrima em meus olhos, passaram-se vinte anos quase desde sua morte, nunca tinha pensado sobre isso. Eu me recompus rápido.
- O que você fica fazendo ai? - Realmente a chance de descobrir sobre o que acontece depois da morte.
- Coisas, a cidade é a mesma. Algumas coisas mudam, você vai ver um dia. - Falou o final da frase de forma quase inaudível. Fiquei alguns minutos e então minha mulher me chamou, eu olhei para o lado e depois para o espelho e a imagem já desaparecera. Segui para sala de jantar e jantei, dormi e fui trabalhar no outro dia. Foi um dia como qualquer outro e voltei para casa para ver o espelho finalmente. Descobrir se foi minha mente me pregando peça ou realmente aconteceu. Mas ali estava ele, sorrido divertido e olhando para mim.
- Você voltou. Que bom, sua esposa é bonita. - Disse ele. De repente tremi imaginando o que ele poderia ver na casa. Mas ignorei, ele era um morto... o que poderia fazer contra nós?
- Obrigado, acho. - Disse em duvida por desconhecer o objetivo do comentário, mas esqueci logo em seguida - O que fez hoje? - Perguntei ávido para descobrir mais sobre o além.
- Fui ate metade do caminho de teu trabalho, a voz dele era distante. mas ainda assim era tão conhecida. Me sentia mal por meu amigo.
- Porque não me seguiu ate ele? - De certa forma ter alguém me vigiando acalmava.
- Ainda não posso. - Ele disse com uma entonação que desconhecia ou talvez não lembrasse. Mas existia um mistério por trás do que ele falava.
Cada dia que passava ele chegava mais perto do meu trabalho. Eu achava isso legal, mas se eu tivesse entendido isso antes talvez tivesse tido medo. O dia que ele mais esperava chegou. E então ali estava eu de novo na frente do espelho. Percebia que meu amigo gargalhava e ignorava todas as indagações que eu fazia. Vi que lentamente a imagem da criança sumia e a minha aparecia. Então apenas eu estava ali sozinho olhando para o meu reflexo no espelho.
Olhava-me através do espelho. Eu me movia o meu corpo não. Senti medo, não compreendi a principio o que aconteceu. Eu, ou ele, sorri e então entendi com completa clareza e desespero do que se tratava isso. Infelizmente nada mais consegui fazer além de bater e gritar contra a moldura. Aquele sorriso debochado continuava em meu rosto ou no rosto do meu corpo. Por fim, eu estava preso dentro daquela moldura. Lágrimas rolavam de minha face etérea nunca mais ter aquilo que tanto amava. Um grande pano azul veio e cobriu todo o espelho e a escuridão virou meu mundo. Eu não era mais eu e ele tomou tudo o que era meu.
Meus comentários: eu achei esse em particular um texto ruim... não sei porque. Acho que comecei e parei ele muitas vezes. Então isso talvez tenha prejudicado o meu gosto pelo texto. Mais um conto absurdo, como eu disse nascido de uma piada... Aquela dos amigos que jogam futebol e eles fazem a promessa de contar pro outro como era o além e ai um morre e volta pra falar com o outro um dialogo idiota “Eu tenho duas noticias pra você. Uma boa e uma ruim”, “fala a boa”, “Tem futibol no céu”, “e a ruim”, “você ta escalado pra semana que vem”. Eu nem ri... mas beleza =D
Aceito comentários e xingamentos. Icon em homenagem a minha amada ;**
E por hoje é só pessoal.
Sinto que cada dia que passa e um a menos em minha vida
Sinto-me sendo acolhido por um par de asas negras
Sinto que a morte toca meu pescoço e obscenamente desce pelo meu peito
Sinto-me tranqüilo, em paz com.
Sinto o toque gélido em meu peito
Sinto-me fraco.
Sinto que nada mais funciona em meu corpo.
Sinto-me livre
Sinto meu corpo flutuando no ar
Sinto-me morto.
Testando uma coisa, não muito relevante para o momento. Não se preocupem, não virei um maníaco suicida. Só resolvi mudar um pouco.... ou isso e uma introdução? Não sei ;x
Enfim, essa crônica “nasceu” quando eu ouvi uma piada de uma das pessoas que trabalham comigo. Mas enfim, não tem nada de engraçado na crônica e se não quiser ler sinta-se a vontade em apertar o [x] naquele canto direito superior da janela do navegador. ^^
A vida, universo e muito bla bla bla.
Eu é meu amigo éramos inseparáveis, acho que muita gente devia imaginar que éramos homossexuais ou qualquer balela preconceituosa do tipo, mas não era a verdade. Se existe um crime entre amigos de infância se juntarem em suas tramóias da vida que me prendam. Mas éramos próximos e chegamos partilhar de tudo. Mulheres era sempre algo que dividíamos, ele ou eu ficávamos primeiro e então acontecia a mágica depois... Mas não importa agora. De forma trágica ele morreu, atropelado por um ônibus. Nessa cidade eu sei que todos esses motoristas desvairados seguem como donos da rua e nos temos que sair da frente, nem mesmo dentro desse objeto retangular estamos seguros. Mas por fim meu amigo morreu por causa disso, prefiro andar a pé a pegar uma atrocidade dessas. Sinto-me mal por ter discutido com ele pouco antes do ocorrido, como sempre mulheres se colocando no caminho. Ele pegou sua bicicleta, sim estávamos em plena adolescência.
Anos depois me casei, arrumei um bom emprego e me mudei. A casa era uma tradicional casa de bairro, bem espaçosa e confortável. Nela um sótão com coisas do antigo inquilino. Não me importei em mexer naquela bagunça e segui minha vida normalmente. Ate um final de semana eu resolver “brincar” com aquela bagunça, estava pensando em montar um “living room” naquele lugar. Então me deparei com um espelho. Comecei a me olhar nele quase hipnotizado, então vi que não era eu quem estava do outro lado. Mas uma criança e eu a conhecia, era o meu amigo morto a tanto tempo. Fiquei extasiado olhando para a ilusão esperando que ela sumisse.
- Vai ficar me olhando muito tempo?
Voltei a mim quase que na hora. O que raios aconteceu? Era ele mesmo?
- Sim sou eu mesmo, não precisa ter medo. Eu comecei a morar aqui depois da morte, sabe?
- Eu não entendo. - Realmente e nem podia, era sobre a morte que ele falava, não algo do meu dia a dia.
- Enfim, foi conhecidência eu acho. Virmos morar no mesmo lugar, a algum tempo eu tento falar com você. Acho que esse foi o único canal que encontrei pra falar com você. Sentiu minha falta?
Havia lagrima em meus olhos, passaram-se vinte anos quase desde sua morte, nunca tinha pensado sobre isso. Eu me recompus rápido.
- O que você fica fazendo ai? - Realmente a chance de descobrir sobre o que acontece depois da morte.
- Coisas, a cidade é a mesma. Algumas coisas mudam, você vai ver um dia. - Falou o final da frase de forma quase inaudível. Fiquei alguns minutos e então minha mulher me chamou, eu olhei para o lado e depois para o espelho e a imagem já desaparecera. Segui para sala de jantar e jantei, dormi e fui trabalhar no outro dia. Foi um dia como qualquer outro e voltei para casa para ver o espelho finalmente. Descobrir se foi minha mente me pregando peça ou realmente aconteceu. Mas ali estava ele, sorrido divertido e olhando para mim.
- Você voltou. Que bom, sua esposa é bonita. - Disse ele. De repente tremi imaginando o que ele poderia ver na casa. Mas ignorei, ele era um morto... o que poderia fazer contra nós?
- Obrigado, acho. - Disse em duvida por desconhecer o objetivo do comentário, mas esqueci logo em seguida - O que fez hoje? - Perguntei ávido para descobrir mais sobre o além.
- Fui ate metade do caminho de teu trabalho, a voz dele era distante. mas ainda assim era tão conhecida. Me sentia mal por meu amigo.
- Porque não me seguiu ate ele? - De certa forma ter alguém me vigiando acalmava.
- Ainda não posso. - Ele disse com uma entonação que desconhecia ou talvez não lembrasse. Mas existia um mistério por trás do que ele falava.
Cada dia que passava ele chegava mais perto do meu trabalho. Eu achava isso legal, mas se eu tivesse entendido isso antes talvez tivesse tido medo. O dia que ele mais esperava chegou. E então ali estava eu de novo na frente do espelho. Percebia que meu amigo gargalhava e ignorava todas as indagações que eu fazia. Vi que lentamente a imagem da criança sumia e a minha aparecia. Então apenas eu estava ali sozinho olhando para o meu reflexo no espelho.
Olhava-me através do espelho. Eu me movia o meu corpo não. Senti medo, não compreendi a principio o que aconteceu. Eu, ou ele, sorri e então entendi com completa clareza e desespero do que se tratava isso. Infelizmente nada mais consegui fazer além de bater e gritar contra a moldura. Aquele sorriso debochado continuava em meu rosto ou no rosto do meu corpo. Por fim, eu estava preso dentro daquela moldura. Lágrimas rolavam de minha face etérea nunca mais ter aquilo que tanto amava. Um grande pano azul veio e cobriu todo o espelho e a escuridão virou meu mundo. Eu não era mais eu e ele tomou tudo o que era meu.
Meus comentários: eu achei esse em particular um texto ruim... não sei porque. Acho que comecei e parei ele muitas vezes. Então isso talvez tenha prejudicado o meu gosto pelo texto. Mais um conto absurdo, como eu disse nascido de uma piada... Aquela dos amigos que jogam futebol e eles fazem a promessa de contar pro outro como era o além e ai um morre e volta pra falar com o outro um dialogo idiota “Eu tenho duas noticias pra você. Uma boa e uma ruim”, “fala a boa”, “Tem futibol no céu”, “e a ruim”, “você ta escalado pra semana que vem”. Eu nem ri... mas beleza =D
Aceito comentários e xingamentos. Icon em homenagem a minha amada ;**
E por hoje é só pessoal.