Yeah, I finally decided to post a fanfic here. About One Piece, logically. (ever. XD) It's a OneShot on the latest chapter launched (513), and OMFG, that this sad chapter! T___T Poor Luffy! I used him to be the narrator of the story, which ultimately was more focused on the suffering him. but I am lazy, then, will let even in Portuguese. For beginners and unknown in One Piece, I put some notes of translation at the end of oneshot. I Hope you enjoy! n_n
Oneshot - Eu não pude sequer...
• Gênero: Drama/Shounen
• Série: One Piece
• Narração: Primeira pessoa; narrador personagem (Monkey D. Luffy)
• NOTAS: Todos os personagens aqui citados foram criados pelo mangaká Eiichiro Oda, os fatos aqui citados foram inteiramente baseados no capítulo 513 do mangá One Piece, tendo assim pouquíssimas referências a outros personagens da trama ou outros capítulos.
• Notas da Autora: Bem, simplesmente a trama desse capítulo me inspirou a construir essa narração sobre os sentimentos de Luffy em relação aos acontecimentos a sua volta. Resolvi deixar a fanfic com o mesmo título do capítulo original, por questão de gosto e porque não tinha frase melhor para descrever esse capítulo. Espero eu que minha história possa agradar vocês, pois foi feita com carinho e com todos os sentimentos que senti ao ler as páginas daquele capítulo. ;o;
AVISO: ESTA FANFIC CONTÉM CLAROS SPOILERS SOBRE OS CAPÍTULOS ATUAIS, REVELANDO FATOS AINDA NÃO REVELADOS NO ANIME.
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- Onde está Zoro?! Ele estava aqui na minha frente agora a pouco!
Usopp olhava para todos os lados com um ar de incrédulo e desesperado. Nenhum de nós conseguia acreditar em nossos olhos. Onde estaria meu espadachim? Aquele terceiro shichibukai apenas apontou sua palma na direção dele, sendo aquilo suficiente para evaporar cada partícula de Zoro, não deixando sequer um fio de seus esverdeados cabelos. Frente àquela cena dramática, eu tentava, inútilmente, esfregar os olhos, iludindo-me com a explicação de que aquilo não fora real. Esfregava e esfregava, mas era inevitável a realidade. Zoro se fora.
- ZORO! ONDE VOCÊ ESTÁ?!
Gritei eu desesperado para o vácuo, com a esperança de que Zoro estivesse por perto, mas nem sequer o maldito shichibukai-urso com ares de mágico respondia, apenas ficava parado no mesmo lugar, preso em seu silêncio enquanto ao mesmo tempo amedrontávamos com sua séria expressão de assassinato.
Perguntavam-se então se aquele terceiro era a verdadeira face do inimigo. Em Nami já havia a certeza. A “técnica” que ele usara para sumir com Zoro era mais do que familiar para ela. Estava clara a expressão de medo enquanto ela, trêmula, descrevia brevemente o sumiço de uma aliada do “cebolão” em Thriller Bark.
Ao observar Nami por alguns instantes, caí em si de que meu corpo também tremia. Não tenho certeza se era real ou apenas meu suor frio, mas a temperatura naquele instante parecia gélida. Apertei os punhos fortemente enquanto erguia-me dos escombros. Que se fodesse aquela garota e se ela voltou ou não voltou, o que eu queria saber é onde Zoro estava. Aquela expressão assasina de Kuma só me fazia estremecer mais e mais, temendo pelo pior...NÃO! Zoro tinha que estar bem, eu não suportaria a idéia de que ele poderia ter...
- O QUE FOI QUE ELE FEZ COM ZORO?! PARA ONDE ELE FOI?! - Perguntei dirigindo-me ao homem gordo do machado, a qual reclamava a tempos da aparição do shichibukai naquele local. Por algum motivo, eu sentia que ele sabia de alguma coisa.
- Não é fácil tirar informações de mim; - Dizia o cara do machado, dirigindo-se a mim enquanto desviava de golpes descontrolados de Chopper, a qual não estávamos dando muita atenção naquele momento. - Porém verdade ou mentira, dizem que qualquer homem mandado pelos ares por aquelas patas, vai voar por 3 dias e 3 noites. Quanto ao local, somente o responsável sabe. Mas provavelmente você não o verá tão depressa. Talvez ele esteja do outro lado do oceano.
Senti um misto de alívio e desespero após aquela afirmação. O Zoro não estava morto, felizmente. Mas...ainda havia algo para me preocupar. E se eu nunca mais visse o Zoro? Para onde ele teria o mandado?! Só a possibilidade de ter perdido meu espadachim de vista para todo o sempre me causava um calafrio na espinha, e tais pensamentos já faziam as lágrimas acumularem-se silenciosas em meus olhos, enquanto eu fitava imóvel o shichibukai se aproximar mais e mais de dois de meus nakamas.
- Não interfira. - Disse Kuma, após evaporar com sua segunda face.
Notei que até mesmo seus supostos aliados ficaram perplexos com a ação dele. Mas isso não era importante no momento. O que eu mais temia eram aqueles olhos de assassinato que pairavam sobre a aura daquele inimigo misterioso, que parecia engolir Usopp, Brooke e Sanji com os olhos. Engoli em seco, trêmulo e amedrontado. Por que eu me sentia assim? Por que eu estava tão impotente?! Por que eu não conseguia me mover?! Kuma estava próximo demais dos três para que eu os alcançasse, e a gravidade parecia conspirar contra nós, prendendo-me, aprisionando-me ao chão, como uma cola maldita e invisível, que só distanciava-me mais e mais daqueles que eu necessitava proteger. Não conseguia reagir, e meus dentes que batiam um com o outro trêmulos, abriram-se para que eu pudesse tomar a única providência possível:
- VOCÊS TRÊS! CORRAM!
O apelo tomou atenção de todos eles. Mas apenas continuavam parados, olhando-me incrédulos. “O Zoro, o Zoro...” repetiam, hesitantes. Zoro...o que importava se preocupar com o Zoro?! Eles iriam acabar da mesma forma, se eu não fizesse nada!
- CAIAM FORA TODOS DAQUI, AGORA! PENSAMOS NO QUE FAZER DEPOIS! - Gritei novamente, da forma mais fria possível. Estava sim preocupado com Zoro, e isso as lágrimas que teimosas esforçavam-se para sair de meus olhos não podiam negar...mas, naquela situação, era vida, ou morte. Para meu alívio eles começaram a mover-se e se distanciar do inimigo, mas novamente Kuma fora mais rápido. Aquelas patas, antes paradas, moveram-se a espreita dos três mais próximos. Brooke pulou na frente deles. Um nakama a menos.
- BROOOKE!!
Um nakama a menos, UM NAKAMA A MENOS! PORQUE ISSO ESTAVA ACONTECENDO?! POR QUE EU NÃO CONSEGUIA FAZER NADA?! Gritar pelo nome deles seria minha única sina?!
O que fazer quando seu nakama não te obedece...? Frente ao pânico de ver nosso músico desaparecendo, Sanji pulou na frente do Usopp. Não, definitivamente aquela cena não poderia se repetir! SANJI!!
- CORRA SANJI! VOCÊ PRECISA CORRER!! CORRA!!
Este grito pareceu-me sair mudo de minha garganta. Estava rouca, tamanha a quantidade de meus berros. Até mesmo meu corpo, que tantas vezes me ajudou, resistindo a ferimentos, venenos e exaustão, estava traindo-me quando eu mais precisava. Mas não pense ele que eu desistiria, lutei contra ele, continuei gritando...”SANJI, CORRA!” Sanji foi apenas repelido; “USOPP! USOPP! FUJA, POR FAVOR!!” Já não sabia se estava realmente gritando ou se era apenas meu pensamento, mas fora inútil. Menos um. Meu atirador...
“Não...Usopp...” Já havia erguido-me, mas tão vencido, tão inútil, que meu corpo negava-se a me obedecer uma vez mais. Além do mais, que estímulo você tem de seguir alguém já sem esperanças e ideais? Como pode-se seguir alguém que sequer sabe o que fazer...? Nem conseguia mais gritar por sanji, que, imprudentemente tentando atacar o shichibukai, acabou também sendo vítima daquelas patas que mal lhe tocaram a face...menos...um...
- O que...vamos fazer agora...? - Não sei se indagava a Robin ou a mim mesmo. Zoro, Brooke, Usopp, Sanji...Todos eles, meus nakamas, que haviam passado momentos tão felizes comigo, não fazia nem algumas horas que estávamos todos felizes...agora mal sabíamos se estavam vivos ou mortos, perto ou longe de nós...não importava o quanto eu pensasse, era fato. Havia perdido 4 nakamas de uma vez, no mesmo dia, diante de um inimigo só. Que monstro é esse?! A distância entre nós e os shichibukais ainda estava tão grande?! Eu ainda estava tão fraco assim?! “Inútil”... Pensava em meu desespero silencioso, deixando livres enfim as lágrimas que tanto me perturbaram olhos adentro, que gritavam pedindo liberdade. Quatro nakamas. Eu perdi quatro nakamas. Maldito...
- SEU MALDITO!! GEAR...SECOND! - O desespero tornou-se um breve ódio, suficiente para meu corpo voltar a seguir minhas ordens. Meu punho pedia vingança, e minha face olhava desafiadora para aquele que tomou-me aqueles que eu tanto punha meus esforços a fim de proteger-los. Porém ele simplesmente fitou meu ódio desesperado com aquela mesma expressão séria, porém com olhos de provocação, que me amedrontaram. Antes de sequer pensar no que pretendia, ele já estava frente meus nakamas. Antes de sequer gritar para que fugissem, Franky havia partido para o ataque. A mesma imprudência de Sanji, que agora eu poderia, talvez, impedir.
- FRANKY!! - Gritei, enquanto corria o mais depressa que minhas doloridas pernas podiam, ignorando totalmente o apelo de Robin. Não interessava o que Kuma pudesse fazer a mim, melhor a morte do que mais daquela dor desesperada e insuportável...
- GOMU GOMU NO....JET PISTOL!!
“Inútil”; pude escutar isto quando Kuma repeliu-me o punho, jogando-me longe ao chão, onde novamente a gravidade tentava aprisionar-me. “Inútil”, essa afirmação tinha a minha voz. Libertei-me da gravidade tarde demais. Menos um.
- FRAANKYYY!!
Não dava para pensar nele agora, Kuma já estava indo em direção a Nami. Voltei a correr, meio torto meio tonto, sentindo-me dentro de um mortal jogo de pega-pega.
- LUFFY, LUFFY! - Os gritos da minha navegadora ecoavam em minha mente confusa que já não mais pensava, o único combustível de meu exausto corpo que corria em direção ao som que misturava-se a minha pesada respiração - Me...Salve... - Foram as últimas palavras ditas por ela, um suspiro apenas. Franky se fora. Nami se fora. Ele estava levando todos embora...!!
- GYAAAAAAAAA! - Saltei dando socos em pleno ar, sem estratégia, sem técnica, apenas um soco. Tão eficiente quanto a tentativa de esmurrar aquele maldito bandido da montanha que jogou-me ao mar ainda criança. Como que naquela vez, não pude dar nem um soco nele... senti como se estivesse dentro daquele cruel mar a qual tomou o braço de Shanks. Flashback que mais parecia uma ponte entre dois pesadelos. Maldição! MALDIÇÃO!! Não estava em si quando peguei-me pela quarta vez ao chão, com sangue ou talvez lágrimas escorrendo-me pela face ao notar amedrontado que ele já havia se aproximado dos dois últimos. Só me restava aqueles dois, eram minha única tripulação, os únicos a que podia salvar.
- CHOPPER! ROBIIIIN!
Meu corpo exausto não respondia, não agüentava mais, estava como se ainda submerso nas águas de meu flashback. Por que aquilo estava acontecendo comigo?! Peguei minhas esperanças já esgotadas muito antes mesmo de perder o quinto. Mesmo que meus sentimentos teimosos e minha determinação teimassem em deixar a chama acesa, de nada adiantava, se os fatos apenas faziam faltar o oxigênio. Notei então, que aquela sensação gélida que fazia-me tremer com tanta insistência era meu próprio interior, já sem chama, já sem calor, mergulhado em uma era glacial onde a dor e o pânico faziam-se soberanos. Não encontrava mais forças para atacá-lo e tentar inutilmente trazê-los de volta. Sem a chama interior, me restava algo que meu orgulho jamais permitira se sobressair: A clemência.
- PARE AGORA COM ISSO! PARE, POR FAVOR! - Gritei à Kuma com olhos em lágrimas, enquanto minhas pernas corriam apenas por impulso e reflexo na direção dele, a fim de alcançar um alguém que já se sabia inalcançável. Porém de nada adiantava, ele não ouvia-me, ao contrário, ignorava com aqueles olhos de provocação, fazendo-me sofrer como que de propósito. Derrotando-me de dentro para fora...menos um. Só restava a Robin. A clemência de nada adiantara, só restava-me seguir a sina a qual eu negava e negava, mas havia se profetizado. Gritar o nome da última, com desespero e uma pitada de esperança, implorando em tom rouco, exausto e derrotado.
- ROBIN, FUJA!!
Caí ao chão, cabeça baixa, punhos cerrados, corpo e alma finalmente acabados, e agora...sozinhos.
Anos e anos, dias e noites, treinando para perder àqueles a qual jurei sempre proteger. Ilha após ilha, superação após superação. Caindo, porém levantando; esforçando-me, sangrando, ferindo-me, arriscando-me, colocando minha vida a frente de todos eles, como se fosse um escudo. Colocando minha vida a frente de todos eles, para tê-los próximo, para ter momentos de felicidade e alegria, para compartilhar meu sonho com outros...afinal, isso seria o significado de ser capitão...Capitão...
QUE TIPO DE CAPITÃO É ESSE, QUE VÊ A TRIPULAÇÃO SUMIR E NÃO FAZ NADA?! Tão fraco, tão impotente, tão repugnantemente inútil...que vergonha...essa força a qual dediquei-me tanto e tanto para não perder ninguém, para não ver sofrendo aqueles a quem considero nakamas, família...Este corpo de borracha não serve pra nada, NADA! Frustrado, batia a própria cabeça ao chão, a fim de castigar-me, castigar este capitão inútil, que não conseguiu proteger seus companheiros. Chorava, berrava, esperneava...”IDIOTA, IDIOTA! POR QUE NÃO FEZ NADA?! POR QUE É TÃO FRACO?!” Questionava-me, castigava-me, pronunciava palavras sem sentido que soluçavam afogadas em lágrimas de auto-reprovação. UGH...O QUE HÁ DE ERRADO COMIGO?!
-...EU NÃO CONSEGUI SALVAR...NEM UM ÚNICO NAKAMA...!! - Berrei em prantos como que aos pés daqueles a quem prometi superar, a quem prometi proteger meus nakamas a qualquer custo. Implorava perdões a Ace, ao pessoal da vila, e a Shanks...
Shanks, eu...eu decepcionei você...sou um capitão que não consegue proteger sua tripulação, perdoe-me, PERDOE-ME! Eu simplesmente não pude. Eu não pude sequer....
Então Ergui o rosto por alguns instantes, e vi então que Kuma ainda não se fora. Deparei-me com as patas assassinas, que tanto me causaram sofrimento, ali, diante de mim. Derrotado, senti que aquilo era o que tinha que ser. Perdi todos os meus nakamas, agora iria segui-los. Derramei lágrimas de emoção e contentamento. Desculpem-me, pessoal...mas cairei junto com vocês. Cairemos todos, e espero somente que estejamos juntos quando isso acabar. Enquanto fechava os olhos para o desfecho, ouvi a voz do shichibukai pela primeira vez, ao pé do meu ouvido.
- Não veremos um ao outro novamente. Adeus.
- FIM -
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N.T:
1 - Kuma: Kuma é um dos shichibukais, ou seja, os equivalentes aos “corsários” do mundo de One Piece. Suas “patas” são na verdade seu akuma no mi, a “Nikyu Nikyu no Mi” que tem o poder de refletir qualquer coisa que ele queira, e de retirar o "dano" de uma pessoa e aprisioná-lo numa bolha, assim quando a pessoa acordar ela estará como nova, sem falar do misterioso poder de sumir com os seres. Suas “outras facetas” são clones ciborgues trazidos por Kizaru e Sentomaru.
2 - Cebolão: Forma que o Luffy usa para se referir a outro shichibukai, Gecko Moria, controlador de sombras fraquinho derrotado por Luffy em Thriller Bark, saga passada.
3 - Gordo do Machado: Forma que o Luffy usa para se referir a Sentomaru, lutador de sumô do machado gigante, conhecido como ser guarda-costas do Doutor Vegapunk, o criador de Kuma e seus clones. Ele sempre diz “não é fácil tirar informações de mim” ou “minha boca não é fácil de se abrir.” Personagem recente que apareceu apenas no mangá. Anda com Kizaru, almirante da marinha desta saga a qual eu não quis dar importância nessa fanfic. :B
4 - Gear Second: Técnica do Luffy que se baseia em bombear sangue mais rápido para o corpo usando as pernas como propulsão, aumentando assim sua força e resistência. O “Jet Pistol” é o famoso “Gomu Gomu no Pistol” clássico dos primeiros episódios, porém potencializado com o Gear.
5 - Bandido da Montanha, Shanks: O bandido da montanha denomina-se Higuma, e quando Luffy era criança, foi responsável por humilhar shanks e o bando dele, fazendo Luffy ficar furioso e partir pra cima dele. Ele porém era bem mais forte e o maltratou bastante, até que Shanks chegasse lá para salvá-lo. No final, Higuma fez Luffy de refém e jogou-o no mar, e quando um monstro do mar ia devorá-lo, shanks jogou-se na frente de Luffy, perdendo assim o braço esquerdo. Luffy fez uma promessa a shanks de superá-lo um dia, promessa simbolizada pelo chapéu de palha que Shanks deu ao nosso protagonista. Só pra constar, na parte em itálico é como se fosse uma linha de pensamento a lá flashback e tudo maism sendo que não quis deixar ela entre aspas, porque fazia parte da fala deste final. :D