Adoptámos-te quando mudámos de casa, adoptaste gatos como se fossem teus filhos, tomaste conta do Pluto mesmo sendo ele um chatinho para ti. De certa maneira tomaste conta de nós, foste confidente mesmo sem dizeres nada, foste aquela amiga que não critica. Quis o destino que adoecesses, que as cataratas te dificultassem a visão, que o tumor no olho te cegasse unilateralmente. Olhando já para o teu esguio corpo não era difícil reparar que já não te conseguias alimentar e que silenciosamente aguentavas as dores. Apesar do Pluto puxar por ti, já não brincavas, já não subias as energicamente as escadas, já não rosnavas, já nem o ouvias, nem a nós, apesar de chamar-te pelo teu nome a meio metro de distância.
Tentámos aguentar a tua vida ao máximo, mas às vezes não podemos ser egoístas e ter de poupar-te o sofrimento é um acto que nos custa a todos. Desculpa se achaste que demorámos Daisy. Adeus minha companheira laranja...
= Daisy =
1992 - 2007