Dec 27, 2011 11:30
Eu nunca soube direito o que eu queria "ser quando crescesse". Isso começou a me frustrar bastante a medida em que eu chegava mais perto de me formar na escola. Fui fazer intercâmbio achando que talvez as coisas ficassem um pouco mais claras para mim, o que não aconteceu. Aí voltei, me aventurei no jornalismo, desisti e pulei para o direito.
Não sei se eu não tivesse minha mãe o tempo todo no meu ouvido eu não teria sido mais corajosa e tivesse ido fazer cinema ou artes plásticas, apesar de eu estar gostando muito de direito. A questão é: direito nunca foi um sonho.
A única coisa que eu sempre afirmei com convicção que queria ser era escritora. Desde sempre eu quis escrever e sempre inventei histórias, por isso é com imensa frustração que eu me vejo há mais de um ano sem escrever uma linha que não tenha a ver com direitos humanos, esquemas processuais, constituições e dilemas sobre verdade e justiça. Entre faculdade, trabalho, amigos e namorado, a escrita acabou um pouco de lado e agora que eu tenho um tempo enorme nas minhas mãos (estou meio que de cama), eu vejo que meus dedos estão enferrujados e isso é tão frustrante. Sinto que quase tudo o que eu escrevo sai artificial e forçado, não flui e eu fico com vontade de bater minha cabeça contra a tela do computador.
Sabe aquela sensação de quando vai fazer um desenho e aquilo que sai no papel e totalmente diferente daquilo que estava na sua cabeça? É mais ou menos isso.
Bom, vamos tentando exercitar esses dedos enferrujados...
rl,
português