Título: Until Tomorrow (6/22)
Autora:
life_giver Tradução:
madeofsilence Beta da Tradução: Banana
Categoria: the GazettE
Casal: Aoi / Uruha
Classificação: +18
Disclaimer: Esses lindos meninos pertencem a si mesmos, eles nunca serão meus e tenho certeza que eles são gratos por isso. Quem sabe o que faria caso eu colocasse minhas mãos neles.
Sinopse: Uruha sempre foi estranho aos olhos de Aoi, mas quando ele se vê preso na teia de peculiaridades do loiro, ele descobre que não consegue escapar, e de alguma forma... talvez ele não queira.
"Eu fiquei mesmo muito bêbado ontem à noite?" Uruha perguntou com uma risadinha sem graça, sentado no sofá com Aoi, que se ocupava em procurar um canal decente. Era sábado e eles não tinham o que fazer; sem ensaios, sem gravação, nada. Além disso, ambos estavam com dor de cabeça e se sentindo horríveis, principalmente Uruha, Aoi pensou.
"Bastante." Aoi respondeu, sem tirar os olhos da tevê. Ele sentiu Uruha se remexer ao seu lado no sofá.
"E o que eu fiz? Comecei a cantar, fiz um strip, disse coisas não Uruhescas?"
"Você gosta de fazer strip quando fica bêbado?"
"Não sei, por isso que eu estou perguntando."
"Bom, você não fez nada disso que acabou de dizer, mas deve ter deixado uma coisa ou outra escapar." Os olhos de Uruha se arregalaram um pouco e ele tomou o controle remoto das mãos do moreno de repente, para chamar sua atenção.
"O que exatamente eu disse?" Aoi encolheu os ombros.
"Você não vai gostar do que eu vou te dizer". Por um segundo Uruha pareceu apavorado, mas logo balançou a cabeça e disse num tom despreocupado.
"Me conta. Não pode ser tão ruim quanto a vez que eu me embebedei e acordei para encontrar cerveja por todo canto da casa, Ruki dormindo na minha mesa, e minha gata no meio da rua, como se tivesse sido jogada do quarto andar..." Aoi lhe dirigiu um olhar estranho, mas na verdade já estava se acostumando a esse tipo de comentário então não se surpreendeu tanto quanto se surpreendia no início.
"Quando foi que isso aconteceu? Onde eu estava numa hora dessas?"
"Acho que você estava fora da cidade e não mude de assunto! EU não caio nessa. Então anda logo e fala senão eu..."
"Você o quê?"
"Eu... Vou redecorar seu apartamento... De um jeito que você não vai gostar!" Uruha fez uma cara de determinação férrea, e Aoi teve que se esforçar muito para não rir.
"Meu deus, Uru-kun, é melhor eu te contar logo. Não quero que redecorem meu apartamento, essa seria a pior coisa que poderia acontecer na minha vida." Uruha cruzou os braços sobre o peito e levantou uma sobrancelha, obviamente não achando graça nenhuma.
"Bem, você pode ter dito algo sobre duas certas pessoas, algo que nós sabemos que você não deveria ter dito." Aoi começou, cuidadosamente. Uruha pareceu respirar fundo e relaxar um pouco com a resposta, Aoi reparou.
"Achou que fosse outra coisa?"
"Talvez, mas nem por isso a catástrofe é menor."
"Catástrofe? Isso não é meio dramático demais?" O loiro lhe dirigiu um olhar ameaçador, recostando a cabeça no encosto do sofá.
"Reita-kun vai me matar. Você o conhece, sabe que ele vai, se ficar sabendo que eu dedurei os dois."
"Então ele sabia que você tinha visto?" Aoi perguntou, observando o loiro cuidadosamente.
“Se me fuzilar com o olhar todas as vezes que eu os vejo juntos significa saber, então sim”.
“Bom, eu não vou ir direto falar com o Reita na próxima vez que nos encontrarmos e dizer que você me contou que eles estavam... Er... Fazendo coisas”. Uruha passou a mão sobre os olhos e suspirou.
“Eu sou um idiota quando estou bêbado. Por que você foi me deixar beber tanto?”
“E como eu ia saber? Eu nunca tinha te visto bêbado antes.” Uruha resmungou, chocado.
“Você queria me embebedar para se aproveitar de mim, seu pervertido!” Uruha encarou o moreno, com um sorrisinho provocativo no rosto.
“Sim, era exatamente essa a minha intenção.” Aoi respondeu, sarcástico.
“É tão estranho, não acha?” Uruha perguntou. “Os dois... juntos.” Uruha pronunciou a última palavra como se tivesse medo dela. “O Reita é tão...” O loiro ergueu as mãos e curvou os dedos, como se fossem garras. Aoi considerou o gesto como uma insinuação do jeito inflexível e às vezes até rude do baixista. “E o Ruki é tão...” Uruha fez o mesmo gesto e balançou a cabeça. “Como uma relação dessas funciona?”
“Você quer mesmo que eu explique?” Uruha rodou os olhos, entediado.
“Você me ensinou uma coisa, Aoi-kun.”
“Mmhmm?”
“Que os solteirões são uns pervertidos.”
“Você está generalizando, de novo. A última coisa que eu sou é pervertido. Se há alguém nesta saleta que merece esse adjetivo, esse alguém com certeza é você.”
“Você não é mais um doce, Aoi-kun.” Uruha fez bico e se afastou para o outro lado do sofá, mas Aoi pegou sua mão e o fez voltar, aparentemente assustando o loiro com esse movimento, pois sentiu a mão dele estremecer em contato com a sua.
“É você quem está chamando uma pessoa inocente de ‘pervertido’.”
Uruha olhou para ele de maneira estranha por um momento, enquanto Aoi continuava a segurar sua mão, impressionado com sua maciez e leveza, e lembrando da noite anterior, quando os lábios de Uruha haviam tocado as costas de sua própria mão. Uruha sorriu de repente, e desprendeu sua mão das mãos do moreno de forma gentil.
Aoi se perguntou o que exatamente estava se passando na mente do loiro naquele momento, apesar de saber que Uruha era a última pessoa sobre a face da terra cuja mente poderia ser lida e compreendida. Aoi nem sabia por que ele havia tocado o outro. Talvez fosse efeito da ressaca... Sim, essa era uma desculpa bastante razoável.
“Mas acho que não conheço todos os solteirões do mundo. É possível que nem todos sejam como você, ne?” O loiro reconsiderou, novamente abrindo o sorriso arrogante que Aoi achava que já conhecia bem demais. “Oh, e adivinha o que mais? Eu lembrei ontem à noite. Bem quando eu estava esfregando o dedão, surgiu assim, do nada. Agora eu posso te devolver o dinheiro que você gastou, comprando todas aquelas coisinhas para mim.” Aoi suspirou pela milionésima vez naquele dia.
“Fico feliz que tenha lembrado.”
“Como assim, você nem comemora? Nenhum ‘É isso aí, Uruha!’?”
“Você esquece o número da sua própria conta e quer que eu te parabenize por ter lembrado?”
“Como você está mau hoje. Eu retiro o título de príncipe e você volta a ser o ogro. Seu ogro.” Uruha lhe lançou mais um olhar irritado, mas de forma alguma pareceu tão ameaçador quanto deveria.
“Desculpe, Uru-kun. Eu só estou com dor de cabeça. Não entendo como você não está rolando em agonia depois do tanto que você bebeu ontem.”
“Minha tolerância a álcool é bem alta desde quanto eu era pequeno.”
“Não me diga que você mamava cachaça.”
“Não, aconteceu por acidente. Quando eu era bebê, minha mãe deixava a vodka dela numa garrafinha. Como ela sempre colocava meu suco de laranja numa garrafinha parecida, eu, como todo bom bebê, me confundi e peguei a garrafinha errada!” Uruha riu afetadamente, como se fosse uma lembrança feliz. “Minha mãe ficou doida, teve que me encher de café e me dar um banho gelado, e ainda assim eu fiquei muito zonzo e acabei desmaiando... Mas não foi culpa minha!”
“Claro que não foi, mas você teve sorte por não acabar alcoólatra.”
“Não, isso não acontece porque minha tolerância é alta.”
Uruha sorriu e alcançou a mão de Aoi que segurava o controle remoto. Aoi apenas observou enquanto o loiro gentilmente afastou seus dedos, um a um, e a forma que pareceu hesitar antes de soltar sua mão e voltar a mudar os canais da tevê, como estivera fazendo uma hora antes.
Aoi se afundou no sofá, se acomodando para relaxar naquela manhã de folga, pegou a almofada de tecido indiano que Uruha havia comprado pouco tempo atrás, e segurou-a apertado contra o peito.
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“Mas que porra é essa?” Ruki rosnou, olhando ao redor da mesa que ocupavam no café em frente à casa de Aoi. "Por que tá todo mundo quieto desse jeito?" O silêncio pareceu aumentar quando Ruki ergueu a sobrancelha e lançou um olhar matador pra cada um deles, então Kai deu de ombros.
"O que você está falando? Não sou eu que estou quieto".
“É, mas você estava falando sozinho. Você passou meia hora comentando das roupas que você comprou ontem e ninguém deu um pio. Nem o Reita te mandou calar a boca. Que é que vocês têm?" Aoi olhava para qualquer lugar menos para onde Ruki e Reita estavam sentados; e Uruha estava muito concentrado encarando sua xícara de café. Reita estava simplesmente jogado em seu lugar, um dos braços largado no encosto da poltrona.
“Eu só estou cansado, Ruki-kun. Fiquei acordado à noite toda, trabalhando naquela linha de baixo. Quanto aos outros, eu não sei.” Reita respondeu casualmente, pegando sua xícara de café e bebendo um gole.
“Eu gostaria de saber.” Ruki disse, mal humorado, dirigindo seu olhar aos dois guitarristas.
“Não tem nada errado.” Uruha respondeu prontamente.
“Não pergunte se o Uruha está bem, Ruki. Ele vai acabar contando sobre o passeio à DisneyLand e de como ele quebrou a unha porque o trem fantasma era tão assustador que ele se agarrou às barras com força demais. Foi horrível, ele chorou por dias a fio.” Kai provocou, soltando um risinho irônico quando uruha o encarou, furioso.
“Eu não ia dizer nada disso, e para sua informação aquele trem fantasma era sim, bastante assustador, mas fique sabendo que eu não chorei. Eu nunca choro, eu não sou uma pessoa triste!” Mentiroso, Aoi pensou, lembrando de como Uruha chorou desconsolado ao ver a destruição que o fogo causara em seu apartamento.
“Era um passeio infantil!” Kai exclamou, incrédulo.
“Não era não, Pra ser um passeio infantil, deveria ter crianças lá, mas não tinha nenhuma! Acho que temos mais um mitomaníaco na banda.”
“Mais um? E quem é o ‘outro’?”
“Aoi.” O loiro respondeu sem pestanejar. Aoi rodou os olhos e se recostou, cruzando os braços sobre o peito, irritado.
“Parem de brigar, cacete!” Ruki ordenou, recebendo olhares surpresos dos dois briguentos, que pararam de discutir no mesmo instante.
“Kai, você gosta tanto assim de provocar o Uruha? Porque você sabe que ele adora discutir, e ainda assim você começa. Era você quem deveria ser o adulto maduro e responsável da banda, sabe?” Ruki balançou a cabeça e massageou as têmporas, tentando acalmar os nervos, sem sucesso. Aoi observou o movimento fugaz de Reita, que começou a erguer a mão como se quisesse acalmar o vocalista, mas pareceu se conter a meio caminho e deixou a mão voltar à posição em que estava anteriormente.
“Desculpe, Ruki-kun. Eu sei que você tem andado estressado esses dias por causa da nova turnê, começando tão cedo que nem pudemos descansar da última. Uruha e eu só discutimos por brincadeira. Eu não sabia que ia te irritar tanto.”
“Não... não é isso.” Ruki suspirou, desanimado. “Eu só estou meio cansado por ter que arrumar tudo tão rápido, e não tenho me sentido muito bem ultimamente.”
“Desculpa mesmo, Ruki-chan. Se te faz sentir melhor, eu paro de discutir com o Kai e ganhar.”
Aoi riu suavemente ao ver Kai fuzilar Uruha com o olhar, gesticulando como se quisesse enforcá-lo, mas mantendo a boca fechada em respeito a Ruki.
“Parem de ficar se desculpando. Eu que fui estúpido por explodir em cima de vocês desse jeito. Estou exausto e me sentindo horrível.” Reita se endireitou na poltrona, observando Ruki com um ar preocupado.
“Ruki-kun, talvez seja melhor nós irmos, eu te levo para sua casa se você não está se sentindo bem.” Reita sugeriu, mas recebeu um aceno de Ruki, dispensando o favor.
“Não, eu estou bem.”
“Ruki-”
“Eu estou bem, caramba!” Ruki bufou, afastando a mão de Reita que já tocava seu antebraço.
“Levanta daí agora, Ruki.” A voz de reita era severa, e ele forçou o vocalista a se levantar, puxando-o de maneira nada gentil da cadeira enquanto os outros observavam apreensivamente.
“Eu vou levá-lo de volta para casa.” Reita disse, deixando algumas notas sobre a mesa, a outra mão ainda segurando Ruki pelo braço. “Ele precisa dormir um pouco.” Os outros concordaram, ainda um pouco espantados pelo gesto autoritário do baixista.
“Reita, me ligue quando chegarem, okay?” Kai sugeriu, enquanto Reita saía do café ainda levando Ruki pelo braço. Reita balançou a cabeça, mas permaneceu em silêncio até desaparecer pela porta do café.
“Estou me sentindo culpado agora.” Uruha fez bico, ainda encarando a porta como se esperasse que, por um passe de mágica, os dois voltassem sorrindo e se sentassem à mesa com eles novamente.
“Não é culpa sua, Uru-chan.” Kai respondeu gentilmente.
“O Ruki não está bem, mesmo.” Aoi murmurou. “Eu não sei por que, mas tenho a impressão que tem algo errado com ele. Será que ele está doente, ou algo assim?”
“Ele está exausto, só isso. Olha, eu vou até o estúdio pegar as coisas para o live de amanhã. Ruki está tentando fazer tudo sozinho ultimamente, e está agindo como um workaholic insuportável.” Kai explicou veementemente. Aoi sabia como Kai ficava preocupado quando um deles adoecia ou mesmo ficava angustiado por algum motivo. Kai empurrou sua xícara de café e se levantou, espelhando a ação de Reita ao deixar o dinheiro que correspondia à sua parte da conta sobre a mesa.
“Eu vou para casa e espero que Reita dê uma bela bronca em Ruki-kun por ele ser tão desleixado com a própria saúde.”
“Então acho bom não esperar nada, Kai-chan querido” Uruha provocou, dando um tchauzinho e sorrindo docemente para o baterista, que saía do café.
“E então somos só nós dois de novo.” Aoi suspirou olhando para o loiro enquanto este observava Kai passar por eles na calçada do lado de fora, tentando se proteger do vento encolhido num casaco enorme que quase o engolia por completo.
“Parece que temos sido só nós dois ultimamente.” Uruha comentou desinteressado, ainda olhando pela janela enquanto começava a chover. “Espero que Kai-kun alcance o carro a tempo. Ele tem cara de gato magro quando se molha.” Aoi deu uma risadinha, passando o braço por trás de uruha e descansando-o no encosto do assento, emprestando, sem querer, o gesto de Reita.
“Não é tão ruim assim, é?” Aoi perguntou. “Só você e eu.” Ele sorriu ao ver o loiro se virar e colocar uma das mãos em seu joelho, negando com a cabeça.
“De jeito nenhum. Eu adoro a sua companhia, Aoi-chan. Essas últimas semanas me permitiram te conhecer mais a fundo e tenho certeza que você também pôde me conhecer melhor... Só não sei se isso pode ser considerado algo bom.” Aoi sorriu novamente e notou que Uruha não movera a mão, que ainda descansava, quente e suave, sobre seu joelho.
“Uruha, você agora é a minha pessoa favorita, não vejo por que ainda se preocupa desse jeito.”
“Verdade?” Uruha perguntou ansiosamente, finalmente retirando a mão do joelho do moreno, mas para passá-la em torno do pescoço dele, abraçando-o. A mão de Aoi se ergueu hesitante de sua posição no encosto da poltrona e lentamente acariciou as costas do loiro, retribuindo o abraço. Aoi podia sentir o perfume que Uruha usava, misturado ao cheiro da pele do mais novo, um aroma que lembrava chuva e algo mais, alguma outra coisa completamente doce.
“Obrigado. Eu não acho que já tenha sido o favorito de alguém antes. Nunca pensei que seria logo o seu favorito, na verdade, então eu acho que isso te torna o meu favorito também, ne? Somos o favorito um do outro?” Aoi sorriu levemente em meio ao cabelo arrepiado de Uruha e assentiu. O abraço estava durando um pouco demais, o moreno reparou, despreocupado.
“Sim, Uru-chan. Somos o favorito um do outro agora, eu acho.” Uruha desfez o abraço, mas manteve um dos braços em torno do pescoço de Aoi ao se afastar.
“Eu fico honrado. Mas quer saber, Aoi? Você não foi muito bom em manter o nosso segredinho”
“Ora, eu estava incomodado.”
“Óbvio que estava. Você quase subiu na mesa pra gritar isso. Aoi, eles são nossos amigos, e gostam um do outro de um jeito ainda mais profundo que esse. O que tem de errado nisso?” Uruha perguntou.
“Ei, você mesmo disse que achava estranho também, então não fique me acusando desse jeito.” Aoi respondeu, defensivo.
“Mas eu não demonstro isso. Quero dizer, o que a gente viu agora há pouco não é tão estranho assim. Reita estava mesmo preocupado com Ruki, não estava?”
“O Kai também.”
“Sim, mas a preocupação do Reita é bem mais possessiva, como se ele soubesse que Ruki iria obedece-lo por causa do que existe entre eles, entende? Eu achei muito fofo.” Uruha riu quando Aoi rodou os olhos.
“Você roda os olhos toda vez que eu digo alguma coisa. Não sei o que pensar disso.”
“Então não pense nada.”
“Ah, Aoi, tinha esquecido de te contar. Droga. Acho que estou começando a perder a memória, mas não, ainda sou jovem demais pra isso. De qualquer forma, você quer saber uma coisa?”
“O que é?” Aoi perguntou, intimamente apreciando a sensação de ter o braço de Uruha em torno de seu pescoço.
“Eu finalmente achei um apartamento!” O sorriso de Aoi falhou por um momento, antes de ser substituído por um outro ainda maior.
“Verdade?”
Uruha concordou, entusiasmado.
“É perfeito para mim, Aoi-kun. Quero mostrá-lo para você, amanhã pode ser? Você vai adorar. Parece bastante com o meu apartamento antigo, mas eu não gosto de mudanças então esse parece ter sido feito pra mim, sabe?”
“Isso é ótimo, Uruha.” Aoi parabenizou, suave, mas um pouco desapontado por saber que seu companheiro de quarto o deixaria em breve. Por alguma razão estranha ele havia se acostumado a ter o loiro por perto, andando pela casa, comendo com ele, assistindo tv, ou mesmo dormindo em sua cama. Eles tinham feito praticamente tudo juntos nas últimas semanas.
“Eu vou sentir sua falta.” Aoi comentou depois de alguns instantes, enquanto Uruha o soltava e se endireitava na cadeira, obviamente exultante por finalmente haver encontrado um apartamento.
“Nós estamos na mesma banda. Eu vou estar por perto, seu bobo. Além disso, você é o meu favorito, então é claro que eu vou te visitar sempre. É o que favoritos fazem.”
“Claro.” Aoi respondeu, impulsivamente. Ele notou como conseguia responder aos disparates de Uruha mais facilmente, ou como agora podia concordar e entender o que Uruha dizia sem ao menos precisar pensar. Ele se sentia extremamente próximo de Uruha, e isso era estranho de certa forma, porque antes do incêndio no apartamento do mais novo, tudo que haviam feito juntos era ensaiar e ocasionalmente sair com os outros rapazes, mas os dois nunca haviam ficado juntos a sós e nunca tinham tentado se conhecer da forma que se conheciam agora.
“Aoi-kun, me compra um pedaço daquele bolo de chocolate por favor...Eu te dou a cereja se você fizer isso pra mim” Uruha exclamou de repente, quando viu uma das garçonetes servir um pedaço do tal bolo às pessoas na mesa ao lado, livrando Aoi de suas meditações por um instante.
“Como você é mimado. A gente vai passar no banco amanhã, quando formos ver o apartamento, para você sacar algum dinheiro.”
“Por mim tudo bem, desde que você me compre um pedaço daquele bolo. Eu até divido com você, que tal? Eu sou seu favorito, não deveria precisar implorar.”
“Tudo bem, tudo bem, eu já ia comprar mesmo.” Aoi suspirou pesadamente, aparentemente irritado, mas na verdade ele não se importava em gastar todo seu dinheiro com Uruha. Ele daria as estrelas a Uruha, se algum dia ele pedisse...
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Bom, a culpa foi totalmente minha pela demora, tanto que esse capítulo foi traduzido pela Manana, brigada manana *entrega Aoi de presente* *3* Mas enfim, ele está ai *-* E espero que as traduções agora venham mais rápido ^__^ Comentem comentem :D
Beijinhos para todos :D