Aug 03, 2005 21:13
Não me agüentei, eu tive muita votnade de postar xD
----------------------------------
- Não acredito! - ela se levantou e foi correndo até a porta, tentar abrir.
- Não abre mais. - o menino disse, calmo.
- Argh! - ela chutara a porta do metrô, e a propaganda “Nescau! Energia que dá gosto!” caira ao lado de seus pés.
- Tem chiclete na sua bunda. - Dorothy olhou para a própria bunda e viu um chiclete grudado.
- Ótimo, perdi minha melhor calça. É incrível como a única coisa que eu não perco são uns quilos! - e se sentou novamente.
- Sabe, isso não é fim. - o garoto falou.
Dorothy não sabia o que a fazia acreditar naquele garoto. Se fosse outra pessoa ela com certeza gritaria “NÃO É O FIM? Perdi a mãe, o pai, a amiga, a escola, o trabalho, o namorado, a casa e NÃO É O FIM?”. Por mais que fosse estressante, ela sentia que eram palavras de consolo.
- Obrigada por saber me consolar. Olha, garoto, quantos anos você tem?
- Eu tenho sete anos. - e sorriu. Dorothy sorriu de volta, um sorriso meio amarelo, já que não se sentia muito bem.
- Sabe, você é bem maduro pra idade.
- Mamãe sempre diz isso. Falando em mamãe, tem umas coisas sobre a sua vida que você precisa saber.
- Preciso? Acho que eu já sei bastante sobre a minha vida. Ela é uma merda, isso já diz tudo.
- Se a sua vida é um detrito, ela vai ficar pior ainda.
- Vai é?
- Vai sim. Sua amiga vai morrer, você vai perder o emprego, a casa, e não é sua irmã que vai morar com você. Você que vai morar com ela na antiga casa dos seus pais. Vai se perder no caminho, se quiser saber também. Vai entrar em depressão profunda, e vai arranjar um emprego de motorista de táxi, no qual conhecerá seu futuro marido. Logo depois perderá seu táxi para alguns assaltantes, e voltara pra casa a pé, o que faz com que você perca a novela. Chegará em casa e encontrará seu marido com a vizinha em sua cama. Que quebrará logo depois que seu marido sair de casa. Não perderá as esperanças, mas logo depois descobrirá que tem um filho na barriga, e ai vai perder ônibus que te levará ao hospital quando a bolsa estourar. Quando o bebê nascer você vai ficar incrivelmente feliz, e vai pensar que valeu a pena nunca ter perdido a esperança.
- Você... Como você sabe tudo isso? Quem é você?
- Eu? Sou Adrian, seu filho. Que você vai perder quando eu fizer sete anos. E sabe o que você sempre vai falar pra mim, enquanto eu viver? Você sempre dirá: Nunca perca as esperanças. E você, não perca as esperanças depois de me perder, você vai ver que vai valer a pena. - Dorothy olhou para o garoto, abobada. - Minha estação. - ele continuou, como se não tivesse visto a cara de Dorothy. O menino se levantou, Dorothy ainda olhava pra ele, completamente confusa.
- A propósito... - começou ele. - Dorydo é o apelido que eu dei pra você. Amo-te, mamãe. - e passou pela porta. Dorothy olhou pela janela do trem, mas o garoto já não estava mais lá. A porta já havia fechado, ela estava longe do hospital, estava confusa. Olhou para o chão, e o que fez foi chorar. E chorar. Sem perder as esperanças.
e Fim.
o_o
--------------------------------------------------