Hoje vou prestar uma homenagem aqui ao Jack Johnson, que não é o surfistinha, mas o boxeador. Quero agradecer ele não por ter dado muita porrada, o que fez muito bem, mas por ter inspirado um dos discos mais poderosos do século XX. Tribute to Jack Johnson de Miles fuckin´ Davis.
Miles a esta altura já havia há muito cruzado as fronteiras entre jazz, rock e eletricidade. Bicthes Brew e In a Silent Way já haviam sido lançados destruindo tudo com seu trumpete ligado em pedal, pianos elétricos tocados em cruzamento, guitarra pra todo lado. Agora, o tributo ao Jack Johnson é absurdo. Ali ele não misturou, ele entrou de sola no rock setentista e colocou seu trumpete pra arregaçar. Esse disco é absurdamente foda. A começar pela bateria, mr. Billy Cobhan, baterista também do Mahavishnu Orchestra, e um de meus favoritos ao lado do mestre John Bonhan. O filha da puta senta o braço de uma maneira. A bateria é retaça, alta pra caralho e avassaladora. Aí tem o baixista Michael Handerson, em seus áureos 19 anos e o senhor John McLaughlin, DEUS. Além disso Herbie Hancock aprendendo a tocar em um piano elétrico e mais uns convidadinhos aqui e ali. O resultado... o resultado... meu deus do céu. O resultado é uma porrada do Jack Johnson na cara.