Jul 24, 2006 01:46
Até onde a respiração me leve,
onde o último grão de ar
põe sua vírgula,
as costelas fecham o leque,
mínimo nó de escuro que me ocupa,
onde a dor dá o seu melhor
(corre o rastilho
do músculo estirado,
no atrito que o corpo reconhece
até a origem da primeira dor).
Dali onde o que eu sou formula
sua pétala de nula pertinência
contra as asas, as patas
do nunca e do ninguém,
desabaladamente flutuo.