Jul 15, 2009 21:06
Se antigamente um conflito entre pais e filhos era resolvido com palmadas, hoje em dia, sabe-se que o diálogo é muito mais eficiente. Essa mudança cultural que distancia o modo de educar de tempos atrás do da sociedade contemporânea trouxe consequências comportamentais para toda uma geração.
A tendência é que as relações fiquem mais equilibradas: um filho pode tentar dialogar com seu pai de igual para igual - algo impossível de se imaginar em outra época. A figura de autoridade do pai está se transformando na de um melhor amigo, com o qual se pode conversar sobre os mais polêmicos assuntos. Desse modo, uma forte relação de confiança é estabelecida, e passa-se a respeitar mais o espaço privado de cada um.
Não há portanto nenhum elemento que incentive o jovem a sair de casa em busca de liberdade e independência tão cedo, vez que o filho se sente confortável na morada dos pais. O mundo lá fora lhe parece hostil e competitivo, e viver sozinho passa a ser uma tarefa cada vez mais adiada, enquanto se estuda o mais que puder para se preparar para o acirrado mercado de trabalho.
Um perfil começa a ser traçado: identificamos, atualmente, adultos infantilizados, envolvidos com o hedonismo, dependentes emocional e economicamente de um lar que os abrigue. Os pais que arcam com o custo de vida de suas crias e não lhes dão a chance de tomar alguma responsabilidade, sem saber, estão atrasando uma possível relação matrimonial que os filhos poderiam vir a ter com outra pessoa.
É saudável manter uma relação de confiança com seus familiares - porém, chegada a hora, também é sadio que se criem responsabilidades na vida de nossos pequenos, para que estes possam experimentar o saber da independência e da liberdade.
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