Título: Even You
Autora:
lady_nii Categoria: Bandas
Fandom: the GazettE
Pairing: AoixUruha
Classificação: 18+
Gênero: Yaoi, Romance, Fluffy
Sinopse: “E quando aquele belo par de coxas atravessou a porta, eu soube: A sala de detenção nunca mais seria a mesma.”
Disclaimer: Aoi pertence ao Uruha e o Uruha ao Aoi, e a imagem deles pertence ao the GazettE e à PS Company. Ninguém mais.
Informações: Aoi POV
Importante: CAPÍTULO EXTRA - LEMON +18
x [ O6.5 - All of us. ]
' Here we begin…
Here we go ~
Be mine. Just mine.
- Yuu… Nós…
- Shhh… Você está tão lindo, Kouyou...
As minhas mãos faziam questão de marcar espaço, percorrendo tudo ao alcance, abrindo seu casaco formal, botão a botão, as calças dele já arriadas, tocando o chão, a boxer branca exibida, levemente transparente pela excitação. Era nítido que ele estava muito mais excitado que o normal. Ele estava gostando daquela sensação tanto quanto eu...
... O perigo de sermos pegos.
- O seu segundo botão¹, Kou-chan... De quem é?
Era nossa graduação. Estávamos todos em trajes formais, o uniforme completo, deixando-o tão bonito. O cabelo amarrado num pequeno rabo baixo, a franja caindo ao rosto tomado por um par de óculos. Ele estava particularmente belo, e a situação me impedia de pensar com sensatez.
Mesmo que eu sequer quisesse ser sensato naquele momento.
Prendi o segundo botão de seu casaco com os dentes, olhando-o nos olhos, aguardando a sua resposta. Ele sabia que havia muito significado naquilo, ainda que eu sequer acreditasse. Mas aquele privilégio sempre seria meu, o privilégio de estar sempre junto ao seu peito, tão próximo do meu coração.
- É seu, Yuu... Sempre seu.
E ele estava perfeito dizendo aquilo com o rosto tão corado, excitando-se no toque das minhas mãos, marcando suas coxas. Segurei-as com certa pressão, deixando as minhas unhas marcarem a pele pálida, erguendo-o no colo, forçando-o a circular a minha cintura, antes de prensá-lo contra a parede.
Os meus dentes se fechando ao redor do botão, arrancando-o para mim. As minhas mãos achando lugar em suas nádegas roliças, e o meu sorriso preso nos seus olhos tão vivamente focados em mim. Deixei-o se segurar por si mesmo, levando a mão até a boca, segurando o botão bem trabalhado.
Beijei-o com uma suavidade não condizente com a situação.
Afinal todo aquele carinho não tinha muito espaço quando estávamos extremamente excitados, as minhas mãos apertando suas nádegas com necessidade, o botão guardado no meu bolso e os meus dentes marcando seu pescoço. Tudo isso dentro de uma sala tão conhecida pra nós dois... A detenção.
Insano? Talvez. Mas eu não me importava. Não naquele momento. De fato eu nunca deixaria aquela sala sem batizá-la. Sem mostrar a ela o que ela tinha iniciado de modo tão gostoso. Fosse a minha crescente amizade com Akira que eu recém-descobrira, fora tão delinqüente quanto eu na juventude... Fosse a minha relação com Kouyou, fundada naquelas paredes.
E logo seu casaco aberto deslizava pelos seus ombros, achando lugar junto à suas calças no chão. A camisa branca social grudando ao tórax suado. Os botões arrebentados com fúria pelos meus dedos sedentos. Eu queria tudo dele ali.
Logo ele já estava nu, jogado na superfície de uma das carteiras, o rosto pendendo para trás, as pernas flexionadas e todo o seu corpo debaixo do meu olhar sedento, esfomeado.
- Extasiante como você ainda consegue ficar contido.
Disse, deslizando um único dedo por toda extensão de seu peito até seu sexo, decidido a estimulá-lo e tirar toda sua base. E logo ao menos a sua voz estava sob monopólio pessoal. E ele gemia o meu nome para mim, me mostrando exatamente o quanto gostava das minhas mãos em seu corpo.
E mesmo que não fizesse questão alguma de segurar seus gemidos ocasionados só pelos meus dedos envolvendo com ritmo sua ereção, ele ainda conseguia ficar adoravelmente corado e quase temeroso. Vacilante entre se concentrar em mim ou em possíveis passos provindos do corredor.
Eu não sabia exatamente quando foi que ele tornou-se tão sensual em simplesmente estar ali, assim como eu nunca conseguiria explicar o exato momento onde eu o puxei para ali sem segundas intenções e acabei roubando seu corpo pra mim. Ou em como sua boxer havia largado seu corpo.
Assim que o percebi próximo demais do fim, me mostrando que ele realmente estava particularmente muito mais excitado, cessei os movimentos. E diferente do que eu esperava, ele não se decepcionou ou exigiu mais. Ele se sentou, puxando meu corpo para junto do seu pela gola da minha camisa, suas pernas envolvendo meu quadril, seu sexo pulsando junto ao meu corpo vestido e seus lábios dançando com uma luxuria inigualável sobre os meus.
Uma mescla entre desejo, submissão e carinho tão extasiante que deixou minhas pernas bambas por um momento. As mãos dele se enveredando entre nossos corpos, abrindo meu zíper, sem tirar a calça; o rosto largando o meu, os dentes numa cópia exata do que eu fizera, arrancando o meu segundo botão do casaco aberto.
E ainda não satisfeito, tive de assisti-lo abaixar o rosto em tal proporção que só voltou a mim quando, com um sorriso incrivelmente sapeca, ele guardava um outro botão entre os lábios. Não o do meu casaco que estava em sua mão no momento, mas o da minha calça, que ele arrancara também com os dentes.
Segurou-o com a outra mão, mantendo o sorriso sapeca.
- Todo meu, certo?
E eu tive de sorrir quase desvanecido. Ele era realmente a criatura mais surpreendente com a qual eu já me envolvera. Mais surpreendente e possessiva, diga-se de passagem.
Roubei um selo de seus lábios, enquanto as minhas calças eram abaixadas com a roupa íntima num movimento único. E todo o seu estado sapeca dando lugar à sua expressão deleitosa enquanto, pedindo por mais, ele me recebia em seu interior, sem preparação.
O ritmo forte, tão nosso, com seu corpo inclinado, apoiado sobre os cotovelos até eu puxá-lo para mim, para meu colo, ainda que eu estivesse de pé. Suas coxas roliças novamente rodearam minha cintura, minhas estocadas indo tão profundamente naquela nova posição, minhas pernas bambas pela intensidade, mantinham-se firmes, segurando-nos enquanto os movimentos continuavam, enquanto seus gemidos alucinados ainda me acompanhavam.
A sensação maravilhosa do orgasmo nos arrebatando momento depois, me largando sentado no chão, ele sobre meu colo e eu ainda profundamente dentro dele. A respiração descompassada em ambos e toda a euforia nos preenchendo em um sorriso.
- Isso foi loucura, Yuu.
Disse, acariciando meu cabelo, saindo do meu colo, me fazendo gemer sem o seu calor, ainda que tudo estivesse quente demais naquela sala. Assisti-o pegar suas roupas espalhadas. E ele sequer parecia ter saído de uma sessão tão intensa senão por sua face adoravelmente corada, ou por seus lábios vermelhos e inchados, tão fofo.
- Mas você bem que gostou.
E ele riu, vestindo a camisa branca que eu fizera questão de arrancar os botões.
- Yuu... - Chamou choroso.
Okay, eu havia feito o estrago, eu iria consertá-lo. Retirei meu casaco, dando a ele a camisa branca social quase intacta, senão pelo suor. E sim, eu sabia que não havia nada romântico em compartilhar o suor daquele modo, mas... Que se fodas, não estava sendo romântico mesmo.
Peguei a dele, vestindo-a, o casaco justamente em cima, ajeitando a calça como eu podia, sem o botão que a segurava no lugar. Ri muito mais pra mim que para ele, deixando-o desentendido. Fechei os botões do casaco à exceção do segundo enquanto aguardava-o se vestir.
E agora suado, ele parecia ainda mais tentador.
- Yuu, nem vem com esse olhar. Agora a gente tem que ir pro salão principal ou não nos formamos, okay?
E ele estava sorrindo enquanto dizia aquilo. O eu significava que se eu insistisse, ele definitivamente ficaria ali comigo. Mas eu tinha outras coisas em mente.
Saímos da sala, os meus dedos entrelaçados com os dele, me fazendo rir do seu constrangimento. Tomamos o salão principal particularmente atrasados. E o que era mais interessante? Eu era orador da nossa turma! Eu ainda me perguntava quem fora o louco que me deixara a cargo de subir naquele palco e falar alguma coisa sensata.
Justo eu.
E assim que eu me aproximava, os botões do meu paletó iam sendo abertos. Eu devia aprender a ter algum senso às vezes. Ou eu podia simplesmente ser eu mesmo até o ultimo instante e sair daquele lugar sem arrependimentos.
Subi os degraus, alcançando o palco, o microfone e virando-me para frente, achando graça da quantidade de gritinhos agudos que escutara, nenhum me chamando mais atenção que o rosto dele, lá no fundo do salão, tão chocado e surpreso.
Falei uma meia dúzia de palavras xingando os professores, agradecendo especialmente ao Akira por me aturar todo dia, o que fez o salão rir um pouco e finalizando com o golpe final. O casaco aberto, a camisa social aberta por falta de botões, a calça também aberta pela falta de botão, a boxer negra aparecendo sutilmente.
E um sorriso imenso no meu rosto.
- Para as taradas de plantão, eu sinto muito, eu não tenho botões pra vocês. Uma certa pessoa altamente possessiva que está a um ponto de me bater, roubou todos eles.
E eu me senti tão importante quando dois terços do ginásio vibrou quase ofendido.
- Mas... - Sorri safado, observando-o se remexer impaciente. -... Se você não tivesse roubado eles, ainda assim eu teria te dado, Takashima-san.
Silêncio e Choque. Silêncio da minha platéia particular, choque do meu alvo.
Sorri.
- Todo seu, huh?
Ri, jogando o microfone no chão e descendo do palco. E ele mesmo já sabia o que eu iria fazer. Eu o pegaria pela cintura, o jogaria nos meus ombros e o levaria embora.
Esta muito bem pra mim, ser todo seu, Kou-chan...