Título: Akame e a Tartaruga
Unit: KAT-TUN, Jin Akanishi, Yamashita Tomohisa
Personagens: Kamenashi Kazuya, Akanishi Jin, Yamashita Tomohisa
Casal: Akame
Gênero: Comédia e Lemon
Classificação: 18+
Resumo: É dia dos namorados e Kazuya decide dar uma presente que faça com que Jin pense sempre nele. No Japão, no dia 14 de fevereiro, é costume as mulheres presentearem os homens - seja namorado, a pessoa que ama, amigo e até parentes dependendo do nível de afetividade - com chocolates ou outras lembranças. Os presenteados costumam retribuir no dia 14 março, com chocolate branco ou outra lembrança.
Capítulo 1 1
A primeira coisa que ele registrou ao despertar, já no início da manhã, foi que Kazuya não estava mais em sua cama. Esfregou os olhos procurando por algum vestígio do namorado, mas a única coisa que encontrou foi um bilhete que dizia:
Hoje você está de folga, mas eu não. Obrigado por acabar com minhas forças, Baka! Precisarei de uma semana para me recuperar. Te amo!
Sorrindo, Jin largou o papel de volta ao criado mudo e estava preste a voltar a dormir quando se preocupou com a sua outra tartaruga. Tinha que repor a ração e água para Kame-chan.
Seu corpo reclamou, mas ainda assim saiu da cama. Vestiu uma bermuda confortável e foi até a varanda, espreguiçando-se. Pelo relógio da cozinha, viu que eram apenas seis horas da manhã.
Pegou a tigela de Kame-chan, lavou e depois despejou a ração. Encheu a outra tigela de água e depois voltou os objetos em seus lugares. Por fim, foi cutucar a cabeça da tartaruga para lhe desejar bom dia, mas não a encontrou na casinha.
- Eh?? Cadê você, Kame-chan?
Ajoelhou-se diante da pequena arquitetura de madeira e olhou dentro. Nenhum sinal. Olhou perto das plantas. Nada. Até tirou os vasos para olhar, de modo imbecil, embaixo. Começou a se desesperar.
- Kame-chan??
Foi para a cozinha, mas não havia o menor vestígio da sua tartaruga. O mesmo em seu quarto ou na sala.
- Ai, cacete! E essa agora? Se eu não encontrar esta tartaruga a minha outra tartaruga vai fazer com que EU não seja encontrado tão cedo... Kame-chan, cadê você, meu filho??
Jin teve uma idéia brilhante. Ele ligou para Yamapi.
- Pi??
- Moshi, moshi...- respondeu um sonolento Tomohisa.
- Piii! Eu preciso de você!!
- Eh? Jin, você sabe que horas são?
- Eu preciso de ajuda!!
O tom urgente na voz do outro deixou Yamapi preocupado, despertando-o por completo.
- O que aconteceu?
- Eu perdi o Kame-chan!!!
- Como assim? Vocês brigaram??
- Ele ficou meio chateado comigo, acho que fugiu, mas eu não tenho certeza...
- Acalme-se, baka e conte direito o motivo da briga!
Jin se afligiu quando uma idéia brotou em sua mente.
- Talvez ele tenha pulado da janela! Ela está aberta! E se ele estiver morto??
- Não seja imbecil! Se ele pulou da janela o corpo ainda está lá embaixo!
- Não fale isso de forma tão fria!
- Verificou se o corpo está lá?
- E-eu... Não tenho coragem de olhar, Pi... Por favor, me ajuda?
- Ah... Ok... Estou indo até aí, fique calmo!
Yamashita desligou o telefone, perguntando-se qual a possibilidade dessa história absurda ser verdadeira... Ainda assim, a voz de Jin demonstrava bastante aflição...
- Deve ter sido só mais um briga imbecil! Aqueles dois deviam se acertar de uma vez por todas...
Pulou da cama e trocou de roupa rapidamente, e em pouco tempo já estava dentro de seu carro. O apartamento de Jin não era longe, chegou em menos de dez minutos. Antes de subir, deu a volta no quarteirão, sentindo-se um idiota. Kamenashi não ia cometer suicídio dessa forma... Além disso, em plena luz do dia, qualquer tentativa de algo nesse sentido teria chamado a atenção das pessoas e da imprensa. Ainda mais sendo Kamenashi um dos artistas mais famosos da Johnny.
Depois de se certificar de que não tinha nenhum corpo próximo à janela de Jin, ele estacionou o carro e entrou no prédio. Tocou a campainha e foi surpreendido pelo modo como o amigo o recebeu. Jin abriu a porta deixando pouco espaço para que ele entrasse. Fosse um pouco mais gordo ou se ainda estivesse com algum pneu extra, Yamapi certamente não teria conseguido entrar.
Jin olhava para o chão com bastante atenção, enquanto cumprimentava o amigo.
- Oi, Pi! Que bom que veio! Você não viu o Kame-chan por aí?
- Não, eu não vi. Você experimentou ligar para casa dele?
- Não, afinal, ele mora comigo... - Jin o olhou como se fosse uma coisa óbvia. Além do mais, como ele poderia ligar para uma tartaruga, pensou com certa irritação. Seu amigo era tão amalucado.
- Eh??? Desde quando?
- Já faz algumas semanas... Aliás, foi o meu presente do dia dos namorados!
- Então vocês estavam se dando bem... Qual foi o motivo da briga?
- Ele bagunçou todo o espaço dele! Quebrou vasos e espalhou a terra em todos os cantos! E não foi a primeira vez!!
Diante disso, Yamapi olhou com espanto para Jin. Kamenashi sempre lhe passou a impressão de ser uma pessoa muito organizada... Bem, mas é como dizem, só conhecemos as pessoas quando passamos a morar com elas.
- De qualquer modo, Pi... Ele não está em casa... Pode estar em qualquer canto deste bairro, sozinho, desprotegido... E se for atropelado??
- Baka, certamente ele não é mais uma criança!
- Eu não sei a idade dele!
- Como não sabe?
- Bem, ele é bem pequeno, mas tem um rosto tão enrugado!
- Hein??
- Ainda assim, mesmo que for um adulto, o que uma tartaruga pode fazer contra uma roda de caminhão???
- Tartaruga??? Estamos falando do mesmo Kamenashi?
- Hein?? O que o Kazu tem a ver com isso? Aliás, ele é a última pessoa que pode saber que eu perdi o Kame-chan!
Yamapi o olhou desconfiado e fez a única pergunta possível nesse momento:
- Jin, você tá bêbado??
- Do que você tá falando? Estamos no meio de um problema sério! Eu perdi a droga da tartaruga que o Kazu me deu no dia dos namorados! Ele vai me matar quando descobrir!
- BAKA!!!!!!
Jin estremeceu com aquele grito.
- Que diabos... Estamos falando de uma tartaruga de verdade, afinal de contas... Aliás, uma tartaruga de presente do dia dos namorados?
- O Kazu disse que ele queria me dar algo que me fizesse lembrar dele!
- Uma foto bastaria, não?
- Foi o que eu pensei! - disse Jin, em um tom animado.
- Aliás, o certo não é trocar chocolate?
- Foi o que eu disse! - alegou Jin, convencido.
- Seu namorado é estranho!
- Foi o que eu descobri! - suspirou Jin, conformado.
Yamapi suspirou. Não conseguia acreditar que tanto alvoroço era por causa de uma simples tartaruga. Ao menos, consolava-o o fato de que ela não poderia ter ido muito longe. Ao se dar conta disso, questionou-se que tipo de pessoa tem capacidade para perder uma tartaruga? Olhou para Jin, que estava com uma expressão idiota de desamparo.
- Tinha que ser você...
- Hã?
- Bem, quando foi a última vez em que o viu?
- Foi ontem... Antes de dormir... O Kazu veio até aqui, então, bem, eu deixei o Kame-chan dentro da sua casinha e cobri com um lençol de modo que ele não visse... Bem... Ah... Você sabe... O Kazu e eu, eu e o Kazu...
- Ok, ok, eu entendi! Quanto pudor para um pervertido como você! Achei que você fizesse o tipo que gosta de sexo em público!
- Hey! Que imagem você tem de mim, afinal? - Jin estreitou os olhos, indignado - Mas estamos falando de uma tartaruga... É estranho fazer isso na frente de uma tartaruga!
- Você transa com uma, qual o problema, afinal?
Jin olhou assombrado para o amigo.
- Você tem problemas, né?
- Sim, tenho e um deles é ser seu amigo de modo que eu estou em sua casa, às seis da matina, procurando por uma tartaruga que você teve o DOM de perder!
-... Ei, Pi...
- Qui é?
- Você tá bravo??
Yamapi preferiu não responder. Olhou torto para Jin, mas em seguida começou a mover as almofadas, verificando se não havia nenhum animal perdido por ali. Afastou o sofá, olhou atrás da estante, das cortinas. Nada. Nenhum sinal de Kame-chan.
A esperança pela ajuda de Pi começou a se apagar no coração de Jin com o passar das horas. Definitivamente, a tartaruga não estava no apartamento.
- Ela não pode estar longe, de jeito nenhum!
Nesse momento, um barulho estranho veio da varanda. Os amigos se entreolharam.
- O que foi isso? - murmurou Pi, com a intenção de ir até lá.
- Espera, e se for um ladrão?? - cogitou Jin.
- Eh?? Você tem visto muitos filmes policiais...
- Não é algo tão impossível assim! E se descobriram que mora aqui um dos artistas mais populares e bem sucedidos da Johnnys... E se for uma tentativa de seqüestro?? - os olhos de Jin já se arregalavam.
Yamapi engoliu de modo inconformado depois de ouvir tanta besteira. Preferiu ignorar as baboseiras de Jin e foi em direção a cozinha.
- Espera, Pi! - Jin foi até o seu quarto e voltou com um bastão de basebol. - Melhor prevenir, né?
- Não sabia que você curtia basebol...
- Foi outro presente do Kazuya...
- Ah, entendi.
- Vai na frente!
- Eh?? Não deveria ir você, já que está “armado”?
- Eu protegerei as suas costas! - confidenciou Jin.
Yamapi apenas o olhou.
- Eu realmente não devia ouvir isso a esta hora... - balançou os ombros e foi na frente.
Ao chegar no local, encontraram a janela da varanda estilhaçada, assim como os vasos. O chão estava todo sujo de terra.
- Oh... Que tufão passou por aqui? - perguntou Pi.
Jin, colado em sua nuca, contou-lhe os episódios anteriores.
- Mas o Kame-chan não está aqui! - lembrou o integrante do News.
O membro do KAT-TUN refletiu sobre a informação e chegou à conclusão mais óbvia. Para ele.
- FANTASMA!!
Jin, em uma grande demonstração de coragem, grudou-se ainda mais às costas de Yamapi, que logo se movimentou com a intenção de afastá-lo.
- BAKA!!! Que fantasma, que nada... Olhe ali!
Seguindo o dedo indicador de Yamashita, Jin viu uma bola de futebol. Não era a sua.
- Ehh? De onde veio essa?
- Baka... Olhe para o buraco em sua janela. Olhe para a direção em que a bola caiu. Não é preciso saber física para perceber o que aconteceu, não é?
Antes que Jin pudesse responder, vozes infantis vieram do vizinho em frente ao apartamento de Akanishi, cuja varanda ficava colada a sua.
- BAKAAAAA! Agora é a sua vez de buscar a bola, vai logo!
- Mas acho que desta vez tem gente aí...
- Não deve ter não, o apartamento vive vazio durante muito tempo! Deve morar um demônio, só se for!
- Demônio é a pu... - Jin berrou, assustando as crianças.
- Jin, eles são alunos do fundamental!!
-... Pulga que te pariu!!!!
Yamapi cogitou que seu amigo tinha sérios problemas mentais. Pegando a bola, o loiro a jogou para as crianças e recomendou:
- Brinquem em outro lugar e em outra hora! Não se supõe que deveriam estar indo para a escola?
- Arigatou, dona!!
Eles voltaram para o apartamento correndo. Yamapi, em choque, apenas repetiu:
- D... Dona??
Jin tapou a boca de Yamapi, quando este já estava a ponto de proclamar um palavrão.
- Vem, dona, me ajuda a limpar esta bagunça, ok? - e gargalhou.
Ainda com a mão de Jin em sua boca, Yamapi lançou-lhe um olhar mortal.
2
Ele se jogou no sofá de Jin, exausto. Muita movimentação para uma manhã que deveria ser a de sua folga. Olhou para o seu amigo com uma expressão que deixava bem claro a sua insatisfação, mas não disse nada, pois antes Jin suspirou:
- Então o Kame-chan era inocente no final das contas...
- Hã?
- A bagunça na varanda... E eu disse coisas horríveis a ele.
- Tenho certeza de que ele não levou a sério. - o tom zombeteiro com que Pi disse isso não foi percebido por Jin. Ao ver o brilho de desânimo de Jin, o coração de Pi se condoeu - Fique calmo, nós vamos encontrá-lo. Ok? Vamos procurar pelo quarteirão!
- Arigatou, Pi!
- O que seria de você sem mim? - ele brincou - Vamos logo!
3
Apesar de todos os esforços dedicados de ambos, o resultado foi que Kame-chan não estava em lugar algum. Eles procuraram o dia todo, perguntaram para vizinhos e para donos de lojas próximas, o que mais atrapalhou do que ajudou, pois muitas vezes eram reconhecidos por fãs enlouquecidas e eles tinham que usar de toda simpatia para se desvencilharem delas o mais rápido possível.
A noite chegou rápida demais na opinião de Jin. Yamapi estacionou o carro em frente ao prédio do amigo.
- E aí? O que você fará?
Jin mordeu os lábios, pensando.
- Né, Pi... Me leva até a casa do Kame? Eu preciso contar isso logo de uma vez!
- Que tom mórbido... Até parece seu último pedido!
- Se você fosse o alvo da fúria daquele baixinho, saberia que eu estou mesmo condenado! - choramingou.
4
Kazuya estranhou a visita súbita de Jin e ficou ainda mais preocupado com aquele semblante tristonho. Jin entrou cabisbaixo, com os lábios para dentro da boca, como uma criança preste a tomar uma bronca.
- Jin... O que aconteceu?
- Desculpa por vim tão tarde... Eu sei que você trabalhou o dia todo, mas... Eu precisava contar uma coisa.
- O que foi desta vez?
- O que você quer dizer com “desta vez”? - ele riu, consciente de que não era uma pessoa das mais comportadas.
- Ora... - Kazuya o puxou até o sofá - Quando você começa com “eu preciso te contar uma coisa”, é que você andou aprontando, não?
Jin apenas arregalou os olhos, findo uma surpresa que não era sua. Ao ver aquela careta, Kazuya riu, aliviado, ao menos não era nada tão sério que afetasse o humor de seu namorado.
Jin franziu a testa. Talvez deveria ter deixado para contar uma outra hora. Imaginou a expressão zangada, as lágrimas e os berros do mais novo quando soubesse que perdeu Kame-chan de forma tão irresponsável. Pensou qual seria a melhor forma de contar isso.
Lembrou-se, então, de uma piada. Em que um português mandava uma carta para um irmão comentando que um gato subiu no telhado. Dias se passaram e o gato continuava no telhado. Até que certo dia, ele caiu. Morreu. No final da carta, o português contava que a mãe deles subiu no telhado.
- Né, Kazu... O Kame-chan subiu no telhado.
As sobrancelhas finas de Kazuya se uniram.
- É? Quando foi isso? Como uma tartaruga conseguiria subir no telhado? - Kazuya inclinou o rosto, tentando visualizar a cena.
Tão lerdo quanto Kame-chan!
Jin suspirou. Teria que ser mais direto.
- Olha, Kazu... Eu te amo... Te amo mesmo!
O rapaz o olhou docemente.
- Eu também te amo, Jin!
E toda a coragem de Akanishi rolou montanha abaixo com o sorriso meigo de Kazuya. Pensando que aquele seria o último sorriso que veria antes de ser cruelmente assassinado pelo próprio namorado, Jin engoliu em seco e prosseguiu:
- E eu amo também o Kame-chan...
Ai, meu deus... É agora! Ele vai surtar!! Ele vai me matar!! Por favor, Kazu, seja um pouco compreensivo...
- Que bom! Eu também amo o Jin-kun! E o Jin-kun ama o Kame-chan...
Isso tá ficando idiota...Ok, lá vai, vou assinar minha setença de morte e...
- Kame, gomen, eu...
- Por isso, Jin, sei que é egoísta, mas o Kame-chan pode morar pra sempre com o Jin-kun??
-... Eu perdi o Kam.. Hein???
- Sei que eu disse que seria apenas por uns dias, mas o Jin-kun ficou tão contente com a volta do Kame-chan!
- Como é que é?
Kamenashi sorriu e levou o namorado até a sua varanda. Ali, Jin viu Jin-kun por cima de Kame-chan.
- Olha só como eles brincam!
Jin, o humano, ergueu um dedo e sugeriu:
- Eu não diria que eles estão brincando... Quero dizer, depende do que você entende por brincar!
- Não torne impura a relação deles! Eles não tem idade pra fazer essas coisas ok? Além disso, ambos são machos!
Ao que Jin sorriu maliciosamente, abraçando o namorado por trás.
- E daí? Nós também! Afinal, parece que eles não têm apenas nossos nomes, mas também o nosso amor, né?
E o rosto de Kazuya se tingiu de vermelho.
- Baka...
- Né, Kazu? Quando foi que você trouxe o Kame-chan? Por que não me avisou? Você não sabe o susto que eu levei ao pensar que o tinha perdido!
Kazuya o olhou como se ele fosse retardado.
- Mas eu o avisei!!
- Quando???
- Ontem! Quando a gente foi pra cama!
- Ehh??? Eu nem sei como eu fui parar na cama! - Jin riu - Você tem que parar com essa mania besta de querer conversar depois do sexo... Eu não lembro de nada, nadinha!
E esse foi o pior erro de Jin, que apenas o percebeu quando os olhos de Kazuya se estreitaram e suas bochechas começavam a inflar lentamente.
- Você não escutou nada do que eu disse?
- Eh... Veja bem, Kazu... Não é bem assim... Mas... Quando nós estamos juntos, eu esqueço do mundo! - ele disse, sacudindo a cabeça, nervosamente.
- Até de mim?
- Não foi isso o que eu disse!
- Foi o que você disse sim, senhor! Você nem ouviu quando eu falei do Kame-chan! E ainda acreditou ter perdido... Isso quer dizer que você o cuidava de qualquer jeito, não??
Jin coçou a parte de trás da cabeça. Como diabos ele tinha entrado nessa enrascada, afinal de contas? Suspirou... Apenas para ser acusado de sentir-se enfadonho em uma discussão importante da relação de ambos.
O mais velho optou por não se abalar com aquela discussão. Apertou o seu dispositivo masculino que o fazia ficar momentaneamente surdo e apenas apreciou o rosto de Kazuya, indignado, dizendo coisas que ele não saberia repetir. Os lábios de Kazuya moviam-se depressa, despertando em Jin o desejo de prová-los mais uma vez. Até mesmo zangado aquele baixinho continuava lindo. Seu rosto ficava tão duro, tenso, mas ainda assim era cativante.
Jin se esforçava apenas para não sorrir, de modo a não provocar ainda mais a fúria do pequeno, e o olhava de modo sério, por vezes balançando a cabeça ou concordando com frases “você tem razão”, “me desculpe, é isso mesmo”, “vou melhorar”.
Quando julgou ser o momento certo, Jin o tomou nos braços e sussurrou em seu ouvido:
- Ora, vamos, não briguemos! Eu te amo, Kazu! - e mordeu a bochecha do pequeno, que ainda tentou se fazer de bravo, mas quando sentiu os lábios quentes do outro já em seu pescoço, abriu um largo sorriso.
5
Dias depois, durante o White Day...
- Né, Kazu... Este é um presente que fará você sempre pensar em mim quando o ver!
Jin piscou um olho e Kazuya lhe sorriu com malícia. O caçula se aproximou do presente, que era gigante, ocupava toda a penteadeira do camarim, e puxou a toalha que o cobria. Arregalou os olhos, assustado. Virou-se para trás apenas para ver seu namorado rindo.
- Como... Como diabos você espera que eu cuide de uma jibóia????
Chegando por trás, Jin sussurrou em seu ouvido.
- Você sempre cuidou bem da minha...
- Baka!
Kazuya virou para lhe esbofetear, porém Jin foi mais rápido e segurou seu pulso, beijando-o com bastante desejo. Jin soltou o rosto do namorado, que implorou:
- O ano que vem, por favor, me dê chocolate, okay? - Kazuya olhou com desalento para aquela cobra e gemeu, sob os risos de Jin.