Tradução

Oct 27, 2009 03:01

Título: De vinte e seis modos corrompido
Autora: vrydeus
Tradutora: Lidia, kimifan4ever
Ship: Castiel/Dean
Fandom: Supernatural
Gênero: Romance, slash
Censura: NC-17
Terminada: Sim
Capítulos: 26
Beta-reader: Word
Sinopse: De vinte e seis modos corrompido... e das vinte e seis vezes eu deixei.
Disclaimer: Nem Supernatural, nem seus personagens, me pertecem. Essa fic também não me pertencem, eu apenas fui autorizada a traduzi-la.


Asas

A primeira vez em que as pôs para fora em sua presença foi quando o resgatou do inferno. Estendeu as asas o máximo que pôde, o cobriu com elas e se sentiu ridículo e satisfeito ao mesmo tempo. A segunda foi tão somente algumas horas depois e não foi uma exibição completa, não, só o reflexo das sombras, o que bastou para que Dean ficasse com aquela expressão de “não me ferre, seu maldito”, mas acabasse acreditando que Castiel era mesmo quem dizia ser. A terceira, o fez para bloquear um ataque de Lúcifer em que ele ficou gravemente ferido e Dean passou o resto da semana xingando-lhe de mil maneiras diferentes por deixar-se ferir para mantê-lo a salvo. Essa noite foi a quarta vez em que Castiel lhe mostrou suas asas enquanto gemia seu nome entre espasmos de prazer. E a partir de então? A partir de então perdeu a conta.

Beijos

Existem muitas classes e muitos tipos e muitas formas de dar-los, isso ele o sabe perfeitamente. Mas Castiel só conhece uns poucos. Cada um com, por e de Dean. Bem, poucos se comparados a todos os possíveis, é claro. Os tem conhecido com lábios apertados e de boca aberta, através de mordidas, beijos com sabor de sal, álcool e até de torta de maçã.

Lembra-se de um em particular que lhe tirou os sentidos e lhe deixou a boca feito um furacão úmido e a mente fervilhando de sensações. Dean estava meio acordado, meio dormindo e deslizava a língua quase como se fosse uma arte somente plausível em sonhos. Fodia-o com os lábios. Eram movimentos prazerosos e quentes e Castiel pensou “se você parar eu te mando de volta ao inferno”.

Eu o beijei mil vezes. Furioso, cansado e bêbado. Enquanto tirava a roupa e cambaleava até a cama; enquanto passava um braço em volta dos meus ombros, não pedia mais nada e deixava-o fazer o que quisesse como se isso fosse tudo que precisaria pelos próximos milênios. Houve centenas de milhares de ângulos e situações que guardou em lugares distintos, mas a verdade é que Castiel prefere aqueles com sabor de redenção, de três dias e um entardecer, com saliva suficiente e pausas para deixá-lo tomar o ar que não quer nem necessita.

Castiel

Seu nome foi dito muitas vezes e por muitas pessoas, mas, se é para ser franco, porque mentir é pecado, ou algo assim, em nenhuma boca ele soava como na boca de Dean. Obstinado, exigente, seco. Às vezes úmido enquanto gozava. Um sussurro quando Castiel o tocava naquele lugar em que um único toque parece capaz de fazê-lo ver estrelas. Dean diz seu nome quando está chateado e quando está à beira de um orgasmo. “Cas, Deus, eu não posso”. Quando investe com força dentro dele “Castiel, goza pra mim.” Com a voz grave e rouca, como se lhe escapasse a vida com ela.

Murmura “Cas” entre beijos, “Ei, Cas, você gosta?” enquanto lambe-lhe os lábios, com gestos curtos e quase escondidos, como se fosse caramelo em sua boca se derretendo em sua língua durante todo o tempo do mundo.

Dean

É o que diz até mesmo quando não encontra as palavras. Se está irritado, “Dean”. Se ele reclama, “Dean”, áspero e em tom de censura enquanto torce um pouco os lábios. Quando o deixa desejoso (Peça e você terá, Cas, mas me diga, por favor) “Dean”, e aí está, oculto, mas declarado, o por favor que tanto queria e que lhe basta para seguir lambendo e fazendo aquilo com os dentes e DeusDeusDeus, fazendo-o ver o que é o verdadeiro céu. “Dean” é o que geme quando se toca sobre a roupa em silêncio e na escuridão tentando repetir o que lhe ensinou enquanto se esfregava contra ele em um motel de Indiana, com os lençóis amarrotados e os nomes convertendo-se em suor contra a pele. Naturalmente não se saiu tão bem quanto ele, mas para Castiel, só a lembrança do calor e da fricção já é suficiente para derreter-se em sussurros de DeanDeusDeanDEAN como se esse fosse o único motivo de ele ter descido a Terra.

Castiel pensa “Dean” e sente-se humano e vulnerável.

Enamorado - (Apaixonado)

Deu-se conta disso quando descobriu a si mesmo olhando-o fixamente enquanto Castiel dormia. Repreendeu a si mesmo, “Uma garotinha, eu sou uma garotinha” e virou-se na cama, dando-lhe as costas e sentindo-se idiota e fraco. Horas mais tarde despertou com Castiel olhando-o fixamente, como alguém que observa uma pintura em um museu. Sua reação natural foi rosnar.

- O que é?

- Você tem sardas.

Simples como quem constata que chove. Dean ergueu os ombros, levantou o queixo e disse “E você tem plumas, não sei qual de nós dois é mais estranho”. Castiel inclinou ligeiramente a cabeça.

- Mas elas são bonitas - como se não tivesse entendido completamente - Eu acho que elas são bonitas.

Algo nele se desarmou e caiu por terra, inútil. Pensou imbecil, mas disse outra coisa.

- Sim, bem, você também é bonito, Cas. Agora dorme, idiota.

Não disseram mais nada durante o resto da noite, mas Dean permaneceu com os olhos abertos e o coração aos pulos. Remoeu o assunto a noite toda (Você também, Cas) e se formou um bolo em sua garganta que não podia engolir. Apaixonado por um anjo, disse a si mesmo atordoado e suando. Apaixonado por um anjo e completamente ferrado.

- Para mim, está mais do que bem - sussurrou para a escuridão e sentiu-se exposto.

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