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há dias em que a inutilidade e a efemeridade das coisas me sufocam. não consigo perceber a necessidade da mortalidade de tudo, o desejo mórbido da natureza que sente a obrigação de nós fazer saber que nada existe que seja imortal. E porque são sempre as melhores coisas a partir primeiro? Porque é sempre tão curto o que é bom? Queria pedir-te mais tempo. 5 minutos mais daquela felicidade, para eu a poder provar de novo e saborear e decorar cada centímetro dela, para a poder guardar para sempre dentro de mim... encontro-me comigo mesmo numa esquina perdida de uma ruela de lisboa. Estou de fato, a camisa preta, não a que me está grande, nem a dos botões brancos, a outra. A gravata já não a tenho, e o fato é outro que não o meu, preto também. não me vejo a cara, estou demasiado ocupado a olhar para o que ele me diz. Não me entendo completamente, mas nunca o faço, nunca o fiz. as vezes sinto que sou demasiado disperso e ao mesmo tempo demasiado pequeno para conseguir ver-me na totalidade e assim entender-me. Parabéns. Gostaria de os ter celebrado junto a ti, Noite. Não só não pude fazer, como é um aniversário vazio. tenho de dormir. A vida é cruel, mas o que não te mata, faz-te mais forte, e eu sou imortal.
ps : post publico, comentários screened, como habitual.