Entrelinhas
Status/Nº do Capítulo Postado: 1/1
Gênero(s): Romance/Lime
Shipper: House/Wilson
Sinopse: “Eu acho que ela não vai acreditar se eu for lá e disser que você é realmente gay.”
N/A: Primeira vez esse escrevendo qualquer coisa desse fandom então estou um pouco tensa, com medo de ter ficado muito OOC (fora do personagem), então se isso aconteceu me perdoem. Mas sabe como é, foi impossível não escrever nada depois de um “Gregory House, Will you marry me?”. Em itálico são trechos de “One singular sensation”, do musical Chorus Line.
Apesar da história ser minha os personagens não são.
Sentado naquele sofá House percebeu, com alguns segundos em que o tempo parecia ter parado, que ainda olhava para Wilson.
A boca levemente aberta, as palavras sendo lentamente processadas em sua mente.
You know you'll never be lonely with you know who
Então ele era mesmo fã de Chorus Line? House estava se obrigando a pensar no quanto a situação era irônica.
É verdade que todos os acontecimentos recentes haviam saído exatamente como planejara, e aquele era o final perfeito para a história da vizinha, mas quando se tratava de Wilson sempre havia algo a mais.
Por mais que ele estivesse sempre com aquela máscara para provar ao outro que tinha domínio da situação ele na verdade não tinha.
Às vezes House se perguntava se, conhecendo-o tão bem como conhecia, Wilson tinha consciência dos silêncios não planejados, das verdades que escapavam como provocação, e principalmente, se tinha perfeita idéia do que fazia com ele.
One moment in his presence
And you can forget the rest
-House, se você continuar me olhando assim eu vou começar a achar que...
-É,claro, como se você não gostasse.
E mais uma vez o silêncio, e aquela televisão que agora parecia gritar para que os dois homens dissessem algo.
-Eu te deixei sem resposta.
-Wilson, sweettie, fui eu o último a falar. Acho que decorar musicais tem ocupado espaço demais no seu cérebro.
-No restaurante.
-Oh.- E como uma cópia exata do que acontecera, House apenas abriu e fechou a boca sem pensar em nada para dizer.
Sua mente estava novamente em branco, e ele podia escutar a respiração de Wilson, apesar deste não estar tão próximo assim.
-House...
-Por que você desligou a tv?
-House?
-Ok Wilson, o que você queria que eu tivesse dito? "Aceito, amanhã mesmo vou mudar meu crachá pra Dr. Gregory House Wilson" ?
O moreno apenas sorriu, e se aproximou o máximo que o sofá permitia, deixando agora o rosto tão próximo do outro que House não só era capaz de ouvir como também de sentir a respiração de Wilson.
-Era o que você queria ter dito?
E esse foi um daqueles momentos em que House tentou pensar em alguma coisa para dizer, mas acabou falhando e o espaço entre eles diminuiu de maneira brusca.
Era difícil dizer quem havia avançado primeiro, mas agora o beijo que acontecia era intenso. Nenhum dos dois queria se deixar dominar, e quando o ar faltou e eles se encararam ofegantes.
Wilson tinha um sorriso no rosto.
Um daqueles que as crianças dão quando sabem de algo muito legal, e que estão doidas pra contar pra alguém, mas não sem antes fazer mistério.
-Eu acho que ela não vai acreditar se eu for lá e disser que você é realmente gay.
-Cala boca.- E sem esperar pela próxima resposta calculada de House, agora definitivamente tomando a iniciativa, Wilson avançou pra cima do outro beijando, as mãos apertando, buscando contato, e deixando um gemido tímido escapar ao sentir-se sendo puxado de volta.
Aquilo era inesperado, embora desejado, e nenhum dos dois tinha coragem de dizer qualquer coisa entre as pausas que aconteciam, os beijos continuavam tão desesperados quanto o primeiro, e o ar da sala parecia absurdamente quente.
Wilson ofegou quando percebeu que House tentava ajudá-lo a se livrar das roupas, nem se dando conta que agora ambos dividiam um espaço que era para apenas um.
Oh! Sigh! Give him your attention.
Do I .really have to mention?
He's the One?
Percebendo o estado de excitação que House se encontrava, Wilson com rapidez e habilidade deixou a mão escorregar até o membro do outro, apertando-o levemente sob a calça.
-Greg...
E os movimentos pararam para que eles se olhassem nos olhos, ofegantes, corados de excitação.
House então, sem quebrar o contato visual, levou as próprias mãos à calça, desabotoando-a, perdendo o equilíbrio ao buscar apoio no sofá e esquecendo-se que este estava reclinado.
-Sabe James, o que eu queria ter dito mesmo era algo como “eu amo você e não vou perder mais um minuto da minha vida negando isso”, mas você disse antes então...
E mesmo com todo calor, e com a ereção doída por estar tanto tempo confinada e precisando de alivio, Wilson sorriu, e se aproximou para outro tipo de beijo.
E havia tanto amor, e tanto carinho nesse, que quando terminou Wilson escondeu o rosto na curva do pescoço de House, que abraçou-o, sorrindo também, verdadeiramente, enquanto passava a mão em seus cabelos.
Algumas explicações não precisavam de palavras.
-Eu acho que preciso de um banho. -Frio, adicionou mentalmente, enquanto se preparava para levantar.
-Qual é Wilson, eu vou precisar repetir que o sofá é reclinável?
FIM