[GABILLIAM] Good, Bad, Right, Wrong

Feb 01, 2011 16:25

Título: Good, Bad, Right, Wrong
Autora: Jocee
Ship: Gabilliam
POV: 1ª pessoa.
Fandom: Cobra Starship e The Academy Is…
Censura: R
Gênero: Slash, Romance, Drama As always rs, UA
Status: Terminada
Capítulos: Prólogo + Dez + Epílogo.
Beta - reader: A autora.
Disclaimer: A história me pertence, mas a banda e seus integrantes não. Não aconteceu e não lucro financeiramente.
Teaser: Somente quem estudou em uma escola como o Meredith Ann High School sabe do que eu estou falando.
Notas:
- A história trata de bullying. Se você não gosta ou não se sente bem com esse assunto, não leia, por favor;
- A diferença de idade entre o pessoal é de um ou dois anos, no máximo. (A diferença entre o Gabe e o Will é de dois anos.) ;
- Bia e Rafs, muito obrigada por terem me ajudado com essa fic. Pra vocês. ♥
- Meu tempo não anda muito grande ultimamente. Não poderei postar todo dia;
- Se alguém quiser ser avisado sobre os posts, é só pedir;
- O título da fic é o nome de uma música do Kaiser Chiefs, mas acho que a letra da música não tem a ver com a história.
Capa: http://migre.me/10Tvo



Alguns meses se passaram e o fim do ano escolar estava chegando. E com ele, o tão aguardado baile de formatura. Poderia ser meu baile, se eu não tivesse reprovado por dois anos. Mas eu iria do mesmo jeito, afinal, Butcher era um dos formandos, e era quase namorado do melhor amigo de meu namorado. Não importava como, fato era que iríamos naquele baile de um jeito ou de outro.

Em um dos vários finais de semana em que eu passava na casa de William, estávamos deitados na cama dele, ouvindo música e trocando algumas carícias; porém os pais dele ainda não sabiam de nosso relacionamento. Então, lembrei-me do baile.

- Amor, você quer ir ao baile comigo? - Eu disse, casualmente. William virou o rosto para me olhar, e arqueou uma das sobrancelhas.

- C-como?

- O baile de formatura, você quer ir comigo? - Sorri.

- Você não precisa nem perguntar, Gabe, é claro que eu quero ir.

Íamos trocar um beijo, quando a mãe de William bateu à porta, avisando que o jantar estava pronto.

- Um dia eles vão pegar a gente no flagra. - Comentei baixo.

- Não, não vão. - Will fechou a cara. - Eu tenho medo de contar a eles, sabe?

- Não precisa ter medo, eu vou estar sempre ao seu lado.

- Eu sei. - Bill sorriu e eu lhe dei um selinho.

Descemos para o jantar, que foi bastante agradável - coisa que não acontecia em minha família. Os pais de Will me tratavam como um filho, e eu me sentia extremamente bem com isso. Mas também me sentia ruim, porque eles não sabiam - ainda - minhas verdadeiras intenções com o filho deles. E eu temia suas reações quando soubessem.

Depois do jantar, ficamos conversando na sala de estar até a hora de irmos dormir. Em vez de eu dormir no quarto de hóspedes, eu dormia no quarto de William. Usávamos a velha desculpa de ficar jogando vídeo-game até tarde, aí, se dormíssemos no mesmo quarto, eu não precisaria sair no meio da noite para ir até o “meu” quarto dormir, então os pais dele não viam motivo para não permitirem. Porém, eu e William havíamos todo o cuidado para não perceberem que dormíamos na mesma cama - assim como na escola; eu sempre desarrumava a outra cama antes de me deitar com Will, para caso alguém entrasse no quarto, não notasse que uma cama estava intacta enquanto a outra estava toda desarrumada.

Bem, foi óbvio que ficamos até de madrugada acordados, mas não ficamos jogando vídeo-game. Preferíamos algumas brincadeiras mais... Adultas.

-x-

Na segunda-feira, o assunto mais comentado do colégio era o baile de formatura, que aconteceria dali a duas semanas. E, provavelmente, àquela altura, Vicky, Ryland, Nate e Alex já estavam planejando o que eles fariam para sabotarem a festa; porque era óbvio que fariam algo, eu os conhecia o suficiente para saber. Mas, independente do que eles estivessem organizando, nada estragaria aquela noite, porque seria a melhor noite - pelo menos para mim e para William.

Gabe’s POV Finish

-x-

William’s POV

Durante a aula de história, na terça-feira, houve um trabalho em duplas, porém o professor iria as escolher, e acabou escolhendo a pior dupla que poderia acontecer: Eu e Victoria. Comentários sobre o quanto fazer o maldito trabalho com ela são dispensáveis, não são? Obrigado.

Provavelmente o professor nos colocou na mesma dupla por saber que nós dois nos odiávamos. Coitado, se ele pensou que assim poderia nos fazer virarmos amigos de infância, se enganou. Fiz o trabalho praticamente inteiro sozinho, e Victoria raramente me dirigia a palavra. Gabe e Sisky observavam a tudo do outro lado da sala, discretamente, mas eu sabia que os dois não tiravam os olhos de mim e Vicky. Juro, aquela foi a aula mais longa que já tive em minha vida; cada minuto se arrastava, parecia uma eternidade.

Quando o sinal finalmente tocou, me levantei, peguei minha mochila e saí o mais rápido que pude, me livrando de Victoria. Eu sentia uma vontade enorme de socá-la até deformar seu rosto, mas eu tinha bom senso suficiente para não fazê-lo. Prontamente, Gabe e Adam vieram atrás de mim.

- Está tudo bem? - Os dois perguntaram juntos, ao me alcançarem.

- Tudo ótimo! - Sorri ironicamente. - Eu passei um período e meio fazendo uma porcaria de um trabalho com a pessoa que eu mais odeio na face da Terra. É óbvio que não está tudo bem. - Disse, de uma vez só, quase gritando.

- Hey amor, calma. - Gabe respondeu, me abraçando. - O pior já passou, respira, fica calmo, eu estou aqui do seu lado.

Correspondi o abraço e respirei fundo.

- Por que aquele desgraçado nos botou juntos, hein?

- Porque ele é um filho da puta que não tem medo da morte. - Gabe disse, me fazendo rir baixo. Aos poucos, fui me acalmando.

Por um momento, esquecemos que Sisky estava junto. Ele estava quieto, olhando ao redor. “Não queria atrapalhar os pombinhos.” Disse, quando perguntei o porquê de ele estar tão quieto. Após, eu e Sisky fomos para a aula de química e Gabe foi para a aula de inglês. Quando parei na frente da minha sala, dei um abraço forte no uruguaio, sussurrei um “Te amo muito.” em seu ouvido e lhe dei um selinho rápido, para que ninguém, além de Adam, visse.

Eu e Sisky entramos na sala, e enquanto nos dirigíamos a nossos lugares, ele abriu a boca para falar algo, porém eu o interrompi.

- Se você for fazer alguma gracinha, é melhor manter a boca fechada.

Ele me olhou e arqueou uma sobrancelha.

- Eu só ia perguntar se você tinha feito a lição de química.

- Fiz sim, por quê?

- Me empresta seu caderno, pra eu copiar enquanto a professora não começa a aula? - Pediu, manhoso. Ri baixo.

- Você não tem jeito mesmo. - Respondi, tirando o caderno da mochila e entregando-o ao meu amigo, que rapidamente começou a copiar a lição.

-x-

Os dias passaram e finalmente o dia do baile chegou. Eu havia ido para minha casa para me arrumar e Gabe havia ficado na escola, para então ir me buscar em casa. Meus pais não sabiam que meu par era Gabriel; eles não haviam perguntado e eu tampouco tinha contado a eles. Quando Gabe chegou em minha casa, eu ainda estava me arrumando. Demorei um pouco mais do que deveria e acabamos nos atrasando por isso, mas meu namorado pareceu não se importar. Nos despedimos de meus pais e saímos. Gabe estava com um carro conversível tão bonito, que depois fiquei sabendo ser de Peter, um amigo de Gabriel.

Não conversamos muito pelo caminho, que não era tão demorado. Meu namorado me elogiou, dizendo que eu havia ficado lindo de terno, mas eu não conseguia pensar o mesmo de mim. A única pessoa que estava realmente bonito de terno ali, era Gabe. Ele nunca estivera tão lindo quanto naquele dia.

Quando chegamos à escola, Gabe desceu primeiro do carro, deu a volta e abriu a porta para mim. Me senti, de alguma forma, lisonjeado com aquilo. Agradeci e comecei a caminhar lentamente ao lado de Gabriel. De repente ele parou de caminhar, e segurou meu braço delicadamente, fazendo com que eu também parasse. O olhei, um tanto assustado.

- Bem, não somos formandos essa noite, mas... - Gabe pausou, corando. - Nossa, não sei nem o que dizer, é a primeira vez que faço isso. - Sorriu, envergonhado. - P-pra você, amor. - Gabe pegou meu braço esquerdo, colocando o bouquet em meu pulso. Não consegui esboçar nenhuma reação, apenas o abracei forte, dando-lhe um beijo e sorrindo grande em seguida.

- Eu te amo tanto. - Sussurrei contra seus lábios.

Nos beijamos outra vez e depois caminhamos de mãos dadas até o salão que, àquela hora, ainda não estava tão cheio. Alguns minutos depois, Sisky e Butcher chegaram - juntos - ao salão e foram até onde eu e Gabe estávamos. Conversamos um pouco até a festa, de fato, começar. O grupinho de Victoria provavelmente já havia batizado o ponche; eu os havia visto apenas uma vez durante o baile, se bem que bailes de formatura não pareciam ser o tipo de festa ideal para eles.

E, de fato, não era.

Will’s POV Finish

-x-

Gabe’s POV

Os bailes de formatura do Meredith Ann sempre foram épicos, cada ano se superava em relação ao anterior; tanto pela organização ou pelas armações que eu, Nate, Alex, Ry e Victoria armávamos. Esse ano não seria diferente, pensando bem, seria diferente sim; eu não participaria, não dessa vez.

O baile acontecia normalmente - por enquanto, porque eu sabia que algo aconteceria - até a hora em que as luzes se acenderam sobre o palco, e apareceu alguém para anunciar o tão aguardado momento da noite: A coroação do Rei e da Rainha daquele ano. Ouvi boatos que meu nome estava entre os concorrentes a Rei, mas não acreditei muito que eu pudesse ganhar. Até aquele momento em que anunciaram:

“E o Grande Rei da noite do Meredith Ann High School do ano de 2005 é: Gabriel Eduardo Saporta.”

De repente, uma luz caiu sobre mim, me cegando temporariamente e fazendo com que eu me soltasse de William - estávamos abraçados, até então -, sendo seguido por várias palmas, alguns assovios e algumas pessoas reclamando baixo, dizendo que não era justo, pois eu não era formando. Me encaminhei até o palco, aonde recebi a coroa de “Rei” e fui praticamente obrigado a fazer um breve discurso.

Após um pouco de “enrolação”, começaram a anunciar a Rainha do baile. Porém, nessa hora, tudo se apagou e o salão ficou completamente escuro. O desespero tomou conta de todos, e eu desci correndo do palco, tentando encontrar Will. Àquela altura, a coroa que antes jazia em minha cabeça, estava em minha mão, e tudo que me importava era encontrar a pessoa que eu mais amava. Sem querer, acabei esbarrando em alguém, mas aquele toque me fez ter certeza de quem era. O peguei pela mão e o levei para fora do salão. Já do lado de fora, parei para respirar e apertei William contra mim.

- Fiquei com tanto medo de te perder no meio dessas pessoas. - Sussurrei.

- Você nunca vai me perder, amor, nunca.

Trocamos um beijo e voltamos a caminhar. Nos sentamos no gramado, não muito longe do salão, apenas com a luz da lua nos iluminando.

- Gabriel Saporta, o Rei da escola. O meu Gabe, o meu Rei. - Will sorriu.

- O seu Gabe, o seu Rei. Só seu. - Sorri também, dando-lhe vários selinhos. - E já que eu eu sou o Rei, você é minha Rainha. - Falei, pegando a coroa que estava ao nosso lado e botando-a em sua cabeça. Ele riu alto, sem dizer uma única palavra e após me beijou.

- Eu amo você. - Dissemos juntos, após separarmos nossos lábios. Ambos sorrimos. Apesar de tudo, foi uma das melhores noites da minha vida.

Gabe’s POV Finish

-x-

William’s POV

Junto com o baile de formatura, as férias também chegaram. E a melhor parte disso tudo, era que eu passaria todas as minhas férias ao lado de Gabe; ele viajaria comigo e com meus pais até nossa casa na praia. Era um sonho bom demais para ser verdade... Mas, o melhor de tudo, era verdade.

Estávamos no quarto, arrumando nossas malas para irmos para casa, quando Sisky apareceu.

- Sabem o que aconteceu para ter acabado a luz na noite do baile? - Perguntou.

- Não, o quê? - Perguntei, virando meu olhar para ele.

- O ex-amigos do Gabe foram pegos cortando os cabos de luz. Quando o pessoal foi ver o que tinha acontecido, encontraram eles mexendo na caixa de luz. É só o que se fala nos corredores, quase vazios, dessa escola.

Eu e Gabe nos olhamos, voltando a olhar para Adam novamente.

- Já era de se esperar que fosse armação deles. - Gabe deu de ombros, terminando de arrumar sua mala.

Nos despedimos de Adam, com abraços e desejos de “boas férias, nos vemos daqui uns três meses”. Após a saída de nosso amigo, segurei Gabe delicadamente pelo braço.

- O que aconteceu? Quer dizer, você ficou meio... Estranho, quando o Sisky falou sobre o que aconteceu no baile.

- Eu não sei. - Gabe olhou pra baixo. - Por incrível que pareça, às vezes eu sinto falta deles, sabe? - Ele me olhou nos olhos e respirou fundo. - Não do que a gente fazia juntos, mas deles, como pessoas; eles até que eram legais, ou pareciam ser. E nessas horas dói saber que jamais voltaremos a ser amigos.

- Eu entendo, amor. - O abracei, um tanto surpreso pela declaração.

- Mas eu jamais trocaria você por eles. - Gabriel sorriu, me dando um selinho. - Jamais.

- Eu sei. - Apertei-o contra mim, respirando seu perfume. - Agora vamos, estão nos esperando.

Nos separamos, peguei minhas coisas e saímos, de mãos dadas.

- Nem acredito que vamos passar as férias todas juntos. - Comentei, enquanto descíamos as escadas.

- Estamos juntos praticamente 24 horas por dia; somos quase casados. Se eu ficasse três meses sem te ver, eu enlouqueceria. - Gabe respondeu, me dando um selinho. - E, bem, você sabe que meus pais não se importam comigo, e que seus pais me tratam mais como um filho do que eles, então...

- Aí vai ser um problema. - Eu o interrompi, sem querer, pensando alto demais.

- O que vai ser um problema?

- Meus pais tratam você como um filho. Como a gente vai contar pra eles que você não é meu quase-irmão, mas sim meu namorado?

- Vamos dar um jeito nisso, amor. Não se preocupe, não agora.

- Ok. - Sorri, dando-lhe um selinho e continuando a caminhar.

Pouco antes de chegar perto do estacionamento, aonde meus pais nos esperavam, soltei minha mão da de Gabriel, para que eles não vissem. Continuamos conversando e rindo amigavelmente. Dei um abraço apertado em meu pai e em minha mãe, e em seguida meu namorado fez o mesmo.

- Há quanto tempo, Gabe. - Minha mãe sorriu, ao vê-lo.

- Pois é, senhora Beckett. Mas agora vocês não vão se livrar de mim por três meses. - Todos rimos. Era ótimo saber disso.

Colocamos as malas dentro do carro e partimos. Passaríamos na minha casa para pegarmos algumas coisas que ainda faltavam e depois iríamos para o aeroporto pegar o avião para Miami, onde passaríamos as férias.

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