Título: Good, Bad, Right, Wrong
Autora: Jocee
Ship: Gabilliam
POV: 1ª pessoa.
Fandom: Cobra Starship e The Academy Is…
Censura: R
Gênero: Slash, Romance, Drama As always rs, UA
Status: Terminada
Capítulos: Prólogo + Dez + Epílogo.
Beta - reader: A autora.
Disclaimer: A história me pertence, mas a banda e seus integrantes não. Não aconteceu e não lucro financeiramente.
Teaser: Somente quem estudou em uma escola como o Meredith Ann High School sabe do que eu estou falando.
Notas:
- A história trata de bullying. Se você não gosta ou não se sente bem com esse assunto, não leia, por favor;
- A diferença de idade entre o pessoal é de um ou dois anos, no máximo. (A diferença entre o Gabe e o Will é de dois anos.) ;
- Bia e Rafs, muito obrigada por terem me ajudado com essa fic. Pra vocês. ♥
- Meu tempo não anda muito grande ultimamente. Não poderei postar todo dia;
- Se alguém quiser ser avisado sobre os posts, é só pedir;
- O título da fic é o nome de uma música do Kaiser Chiefs, mas acho que a letra da música não tem a ver com a história.
Capa:
http://migre.me/10Tvo Gabe's POV
- Caralho. Você matou ele, seu idiota. Olha o que você fez, filho da puta. Eu não acredito. Você. Matou. Ele. - Ouvi aquela voz tão conhecida gritando pelo corredor. O que Victoria estava fazendo no dormitório masculino? E o pior, quem havia morrido? Saí correndo do quarto e vi Alex, Nate e Victoria no corredor, parados, sem reação alguma.
- O que houve? Quem matou quem? O que você faz aqui, Vicky?
- Eu matei ele. Merda. Eu matei ele. - Alex disse, olhando pro nada e com lágrimas escorrendo pelo rosto.
- Ele quem? - Perguntei. Eles apontaram para a escada e fui até lá. Olhei para baixo e senti uma pontada no coração e lágrimas querendo descer pelo meu rosto. - WILLIAM. - Gritei, me virando para Alex. - Por quê? Por que você fez isso, filho da puta? - Disse com a voz embargada.
- Eu... Eu não queria, porra. Eu só queria dar um susto, sabe. Eu... Ai, caralho, vão me matar quando souberem que eu matei alguém.
- Vocês três, sumam dessa merda de corredor. Agora! - Desci as escadas correndo. - Bill... Bill, fala comigo. Por favor, não morre. Eu preciso de você.
Senti um aperto invadir meu coração e lágrimas brotarem em meus olhos. Eu não sabia o que fazer. Lembrei-me que em filmes, as pessoas verificavam os batimentos cardíacos de alguém que estava desacordado. E foi isso que fiz.
Suspirei aliviado ao perceber que William estava vivo. O peguei no colo e o levei até a enfermaria. Ele era incrivelmente leve e eu nunca havia percebido o quanto seu corpo era perfeito.
Cheguei à enfermaria e logo o deitei sobre uma maca. Droga, onde as enfermeiras ficam quando a gente precisa delas? Mas eu não iria deixar William sozinho. Eu esperei durante uns poucos minutos. Quando vi a enfermeira se aproximando, quase pulei sobre ela.
- O que aconteceu com ele? - Ela me perguntou, vendo William ainda desacordado sobre a maca.
- Eu acho que ele caiu da escada. - Menti. - Quando eu vi, ele estava caído e desmaiado, acho que ele bateu com a cabeça. Aí o trouxe para cá.
- Certo. - Ela disse. - Preciso falar com o diretor, provavelmente ele será transmitido para o hospital, para fazer alguns exames e saber se está tudo bem.
Will foi transferido para o hospital e eu fui junto com ele na ambulância. Ele estava demorando para acordar e isso estava me preocupando demais. E se algo grave tivesse acontecido com ele? Eu nunca iria perdoar Alex. Quando chegamos ao hospital, os pais de William estavam lá e praticamente me fizeram um interrogatório.
- Bem... - Comecei. - A gente estava no quarto, conversando.
- No quarto? - A mãe de Bill perguntou.
- É, somos colegas de quarto. Enfim, estávamos conversando, aí o Will disse que iria dar uma volta. Aí minutos depois eu saí do quarto e quando fui descer as escadas, o vi caído no chão, desmaiado. Eu corri até ele e vi como ele estava. Então eu o peguei no colo e o levei até a enfermaria.
- Só isso? Tem certeza, garoto? - O pai dele perguntou.
- Tenho sim. - Ele queria que eu dissesse o quê? Que meus “amigos” empurraram o filho dele escada abaixo e estavam desesperados achando que ele havia morrido? Não, obrigado. [n/a: O Gabe não entregou os ex-amigos dele pro pai do Will, pra ele não pensar que o Gabe também tivesse culpa e o impedisse de falar com o Beckett. Entenderam? :D]
Algum tempo depois os médicos apareceram para dizer que estava tudo bem com William, que ele apenas havia quebrado o braço e que já estava acordado. Perguntei por que ele ficou tanto tempo desacordado e o médico disse que foi porque ele bateu muito forte com a cabeça. Pedi para vê-lo, o médico não quis deixar, mas eu insisti muito e ele acabou cedendo.
- Bill, você quase me matou de susto, sabia? - Disse, quando entrei no quarto.
- Eu que caio da escada e você que quase morre? - Ele disse, forçando um sorriso.
- Eu fiquei muito preocupado, mesmo. - Me aproximei e segurei sua mão que estava boa, pude sentir ele se arrepiando. - Eu nunca iria perdoar o Alex se algo grave acontecesse com você. Nunca.
- O que ele tem a ver com isso?
- Eu ouvi os gritos dele, de Nate e de Victoria no corredor, e quando cheguei lá, eles me falaram que o Alex te empurrou para “te assustar” e achavam que você tinha morrido. E isso me assustou.
- Eu estou bem, Gabe. Não precisa se preocupar.
- De qualquer jeito, a partir de agora, eu vou cuidar de você. - Puxei sua mão para mais perto de mim e a beijei.
- Gabe, você precisa ir agora. - Ao ouvir a voz do médico entrando no quarto, soltei rapidamente a mão de Will.
- Ok. - Me aproximei do rosto de Bill e dei-lhe um beijo no rosto, muito perto da boca. Ele sorriu. - Amanhã eu volto.
- Estarei te esperando. - Sorri e saí. Os pais de William me olharam torto quando passei por eles no corredor.
Mr. Thompson estava me esperando para voltarmos à escola. Avisei a ele que não iria assistir à aula no dia seguinte, eu não me sentia bem e seria pior se assistisse aula, ainda mais tendo que ver Alex.
Foi tão estranho chegar no quarto e não ver William ali. Tudo bem, seria apenas uma noite, mas seria uma longa noite. E eu a passei em claro, pensando apenas em William.
Quando adormeci, alguns poucos raios de sol invadiam o quarto. Acordei uma hora depois, e me doeu tanto ver a cama de William vazia. Levantei, tomei um banho demorado e fui para o hospital. Eu queria estar lá na hora em que William saísse.
E eu estava.
Cheguei lá na hora em que Bill e sua família estavam deixando o hospital. Quando o vi, lhe abracei forte, tomando cuidado para não machucar seu braço.
- Pensei que você não viria. - Will sussurrou em meu ouvido.
- Me atrasei, desculpe. - Nos separamos e eu involuntariamente fiquei segurando sua mão. - Eu passei a noite toda acordado, pensando em você.
- Já disse que não precisa se preocupar comigo. - Ele sorriu. Cada vez mais aquele sorriso me encantava.
- William, a gente tem que ir agora. - A mãe dele disse, e eu rapidamente soltei sua mão.
- Eu... Mãe, eu vou para a escola.
- Não, você não vai.
- Mãe, por favor. Eu não estou morrendo, eu só estou com o braço quebrado.
- Mas quem vai cuidar de você e te ajudar?
- Eu, senhora Beckett. - Respondi, me metendo na conversa.
- É mãe. O Gabe cuida de mim. Por favor. - Sorri ao ouvir que William queria que eu cuidasse dele.
- A gente divide o quarto, estamos juntos praticamente 24 horas por dia. - Completei.
- Hm... Não sei se é uma boa idéia. Você precisa se recuperar, William.
- Por favor, mãe. Eu vou seguir todas as recomendações do médico. - Will olhou-a com uma cara de “cachorro pidão”.
A sra. Beckett olhou para o marido, que apenas assentiu. Ela respirou fundo e concluiu:
- Ok. Mas eu vou te ligar todo dia. E você... Gabe? - Disse, virando-se para mim. -Cuide bem do meu filho, está bem?
- Pode deixar. Vou cuidar bem dele. - E ela não imaginava o quanto.
- Mas a gente vai levar vocês até a escola.
Concordamos e entramos no carro. O caminho até a escola foi silencioso, mas isso não me incomodava muito, porque Bill estava ali do meu lado, e apesar do braço engessado, ele estava bem, e isso era o que mais importava.
Quando chegamos, William deu um abraço em seu pai e em sua mãe, e depois que eles saíram, abracei sua cintura e o conduzi até o dormitório. Poucas pessoas nos pararam para saber como ele estava e desejar melhoras, porém ao ver Alex parado no corredor, Will começou a tremer.
- Calma Bill, eu estou aqui com você.
- Eu... Não consigo, Gabe. - Will parou de caminhar e Alex veio na nossa direção. Puxei Bill para mais perto de mim, tentando passar-lhe segurança de que tudo estava bem.
- William, eu... Eu queria pedir desculpas. Eu realmente não tive intenção de te machucar. - Alex disse, muito constrangido.
- Eu queria te agradecer, sabe, rolar pela escada e quebrar um braço sempre foram meus sonhos de infância. - William respondeu irônico e não pude deixar de rir baixinho.
Will começou a caminhar em direção ao quarto e eu o acompanhei, deixando Alex para trás. Entramos e eu me separei dele, que sentou-se em sua cama, enquanto eu abria a janela. Quando terminei, sentei-me ao seu lado e peguei sua mão.
- Você não sabe o quanto eu estou feliz em saber que você está bem, Bill. - Disse, aproximando nossos rostos e lhe dando um selinho demorado. Depois de todos aqueles sinais, era até meio óbvio que gostávamos um do outro.
Gabe's POV Finish