Título: Good, Bad, Right, Wrong
Autora: Jocee
Ship: Gabilliam
POV: 1ª pessoa.
Fandom: Cobra Starship e The Academy Is…
Censura: R
Gênero: Slash, Romance, Drama As always rs, UA
Status: Terminada
Capítulos: Prólogo + Dez + Epílogo.
Beta - reader: A autora.
Disclaimer: A história me pertence, mas a banda e seus integrantes não. Não aconteceu e não lucro financeiramente.
Teaser: Somente quem estudou em uma escola como o Meredith Ann High School sabe do que eu estou falando.
Notas:
- A história trata de bullying. Se você não gosta ou não se sente bem com esse assunto, não leia, por favor;
- A diferença de idade entre o pessoal é de um ou dois anos, no máximo. (A diferença entre o Gabe e o Will é de dois anos.) ;
- Bia e Rafs, muito obrigada por terem me ajudado com essa fic. Pra vocês. ♥
- Meu tempo não anda muito grande ultimamente. Não poderei postar todo dia;
- Se alguém quiser ser avisado sobre os posts, é só pedir;
- O título da fic é o nome de uma música do Kaiser Chiefs, mas acho que a letra da música não tem a ver com a história.
Capa:
http://migre.me/10Tvo Acordei uma hora mais cedo do que eu deveria. Eu estava muito ansioso, afinal, seria meu primeiro dia no Meredith Ann High School. Como eu tinha muito tempo, tomei um banho demorado, vesti o uniforme da escola e esperei o tempo passar.
Quando a hora de sair finalmente chegou, peguei minha mochila, meu iPod, coloquei os fones, peguei minhas malas e as levei ao carro do meu pai. Era tão difícil acreditar, a partir daquele dia, minha nova casa seria o dormitório masculino da melhor escola de Chicago. Entrei no carro e fiquei esperando meu pai por cerca de 10 minutos. Quando ele chegou, não me disse nada além de um “você vai acabar ficando surdo com essas porcarias no ouvido.”. Já tinha até me acostumado, toda vez que ele me via com os fones, me falava isso. Eu estava dando graças a Deus por sair de casa.
Quando chegamos à escola, peguei minhas malas e levei até o dormitório masculino, seguindo as orientações do bilhete que haviam me entregue. Caminhei pelo longo corredor procurando pelo quarto 15. Depois de percorrer o corredor quase inteiro, finalmente o encontrei. Abri a porta e vi o quarto vazio. Havia duas camas e dois pequenos guarda-roupas.
Coloquei minhas malas em cima da cama que ficava ao lado da janela. Assim que fiz isto, ouvi uma voz atrás de mim “Essa cama é minha. E... O que uma garota faz no dormitório masculino?”. Virei meu corpo rapidamente e abri minha boca para responder o dono daquela fala. A coisa que eu mais odiava no mundo era ser chamado de garota, por causa do meu cabelo comprido.
Porém, ao ver quem era o garoto que havia me dito aquilo, fiquei sem palavras. Apenas sussurrei um “Desculpe, eu não sabia que essa cama era sua.” e coloquei minhas malas sobre a cama ao lado, sentindo meu rosto enrubescer.
- Então, você é o aluno novo que vai dividir o quarto comigo? - O moreno me perguntou. Eu iria dividir o quarto com ele? Uh, bom sinal... Ou não.
- É... Eu acho que sim. Beckett, William Beckett. - Estendi a mão, sorrindo.
- Gabriel Saporta. Gabe, se preferir. - Me cumprimentou, sorrindo também. Um sorriso lindo, aliás. - Eu... Eu preciso descer, vou me encontrar com alguns amigos. Depois a gente se fala, ok?
Concordei com a cabeça e me voltei para minhas malas. As abri, realmente eu tinha muita coisa. Fechei as malas, sem coragem de tirar algo de dentro delas e desci para o pátio. Olhei ao redor para ver se encontrava algum conhecido, se encontrava... [i]Gabe[/i]. Impossível. Havia muita gente naquela escola. Eu estava literalmente sozinho no meio da multidão.
- Atenção. Atenção. - Mr. Thompson, o diretor, um senhor careca e baixinho, disse da parte mais alta do pátio, atraindo a atenção de todos. - Um novo ano escolar está começando, e com ele, a escola dá as boas vindas a todos os novos alunos, que agora fazem parte da família do Meredith Ann High School.
- Todo ano ele diz a mesma coisa, é incrível o tamanho da criatividade desse cara. - Ouvi uma voz feminina e incrivelmente irritante falando atrás de mim. Logo a voz foi repreendida com um “Cala a boca, Vicky.” Virei levemente meu corpo para trás, a fim de ver quem tinha dito isso, e essa voz não me era estranha.
Sorri involuntariamente ao ver que Gabe olhou para mim quando olhei para trás. Ele retribuiu o sorriso e eu voltei a prestar atenção no que o diretor falava, mas sempre ouvindo qualquer ruído proveniente de onde Gabe e seus amigos estavam.
O resto do dia foi aparentemente normal. Na primeira aula, os alunos antigos contaram o que fizeram durante as férias, e os novos - inclusive eu - se apresentavam para o resto da turma. Isso era chato, muito chato. A noite foi normal. Bem, normal não seria a palavra cera, mas foi agradável. Gabe era muito simpático e conseguia me fazer sorrir. Não sei por que, mas algo nele me chamou a atenção desde a primeira vez em que o vi. E isso foi bom, no começo de tudo.
Apenas no começo.
-x-
Conforme o tempo foi passando, além de me tornar amigo de Adam, meu colega de aula de química, biologia e história, percebi que Gabe me tratava diferente quando estávamos em público, principalmente quando seu grupo de amigos estava junto, ou seja, quase todas as vezes. Não necessariamente ele, mas seus amigos sempre faziam brincadeirinhas e piadinhas com algumas pessoas, por elas serem “diferentes” do resto da escola... Os nerds, os gordinhos, os excluídos.
E com o passar do tempo, Adam se tornou um dos excluídos. E eu também. E o que mais atraía o grupinho de Victória Asher e Gabe Saporta? Pois é. Apesar de Gabe nunca ter falado nada diretamente a mim, ele sempre estava junto quando começavam a fazer piadinhas sobre meu cabelo, sobre eu supostamente namorar Adam. Como se não existisse algo chamado amizade, que é muito diferente de namoro.
No começo aceitávamos as brincadeiras, afinal, quem nunca faz uma brincadeira com os colegas? Mas quando as brincadeiras passaram a ser mais sérias, passando do limite considerado saudável, isso começou a nos incomodar bastante. Pensei bem e decidi que conversaria com Gabe quando estivéssemos sozinhos.
- Gabe? Está acordado? - Perguntei, me virando em direção à cama de Gabe, tentando vê-lo, mesmo estando escuro.
- Estou sim. Aconteceu algo, Bill?
- É, aconteceu.
- O quê? - Gabe disse, sentando-se na cama e ligando o abajur.
- Pode desligar o abajur? - Não gostaria de falar tudo o que tinha para falar olhando para ele.
- Claro. - Respondeu, desligando o abajur. - Então, o que houve?
- Promete que não conta para ninguém?
- Prometo. Conta logo, você está me deixando curioso. - Gabe riu baixinho e não pude evitar de sorrir.
- Bem, vou ser direto: Eu e o Adam não agüentamos mais essas brincadeirinhas que vocês ficam fazendo com a gente.
- Eu... Eu... Nossa, não sabia que vocês se incomodavam tanto. Eu não falo nada disso, mas desculpa...
- Eu sei que você não diz nada pra mim, mas os seus amigos dizem. E isso nos chateia, mesmo que não pareça.
- Tudo bem, eu falo com eles. Não se preocupa, ok?
- Ok, mas não conta sobre a nossa conversa, está bem?
- Não falo não. Boa noite.
- Obrigado Gabe. Boa noite.
Me virei para o outro lado e tentei dormir, mas não consegui. Gabe era uma pessoa legal, apesar de tudo. Ele fazia brincadeiras também, mas comigo era diferente. Gabe, de certa forma, me respeitava, e não ficava falando sobre eu e Adam. Talvez for sermos colegas de quarto. Ou não.