Título: Amar: Verbo Transitivo Direto
Autora: Jocelaine de Quadros
Ship: Silvares (Lucas Silveira/Rodrigo Tavares)
POV: 3ª pessoa, com uma parte em 1ª pessoa.
Fandom: Fresno.
Censura: NC-17
Gênero: Slash, Romance.
Status: Terminada
Capítulos: Não é dividida dessa forma.
Beta - reader: A autora.
Disclaimer: A história me pertence, mas a banda e seus integrantes não. Não aconteceu e não lucro financeiramente.
Teaser: Quem nunca se apaixonou por um professor que atire a primeira pedra.
Capa:
http://migre.me/gDJlNotas:
- O Tavares é 10 anos mais velho que o Lucas.
- A conjugação do “tu” não é 100% correta, mas é proposital, faz parte do “gauchês” (?)
- Como a fic não é capitulada (não tem capítulos), eu vou postar conforme as cenas. Ou seja, cada post será uma cena (mas se a cena for pequena demais, posto mais em um mesmo post)
- Último post.
Um mês havia se passado. A primeira batalha fora vencida, porém não a guerra. Lucas e Tavares haviam conseguido ganhar a confiança da mãe do garoto, mas ainda não tinham coragem para falar com o pai. E nenhum dos três - Rodrigo, Lucas e sua mãe - sabia como o fariam. O pai de Lucas era um homem muito preconceituoso e homofóbico, e Lucas sabia perfeitamente disso, por isso temia tanto. Porque quando ele soubesse, faria de tudo para manter Lucas longe de Rodrigo. Mas não dava mais para adiar. Eles precisariam contar a verdade, mais cedo ou mais tarde. Lucas pediu para a mãe “preparar o terreno” antes de conversar com o pai. Não adiantou muita coisa.
- Pai, eu preciso te contar uma coisa. - Lucas disse, entrando na sala, em uma manhã de domingo.
- Diga, meu filho.
- Eu... Eu ‘tô namorando.
- Já tava na hora, hein filhão. Me diz, quem é ela?
- Esse é o problema. - Lucas suspirou e seu pai o olhou seriamente. - É... Ele. - Disse baixinho, quase sussurrando.
- Ele? Como assim ele, Lucas César Lima Silveira? - O pai de Lucas pulou do sofá, não acreditando no que havia acabado de ouvir.
- É ele. Tu querendo ou não.
- Quem é esse vagabundo?
- Não digo.
- Diz sim. Quem é esse desgraçado que te desvirtuou?
- Ninguém me desvirtuou. E não vou falar o nome de ninguém.
- Então tu não fica mais nessa casa.
- Ótimo!
- Não me responde desse jeito, guri de merda. - Deu-lhe um tapa no rosto.
- Agora que eu não fico aqui de jeito nenhum. - Lucas disse com raiva no olhar.
- Parem os dois, por favor. - Foi a vez da mãe de Lucas intervir. - A gente pode resolver tudo sem brigar.
- Tu já sabias? - O pai de Lucas perguntou para a esposa.
- Sabia. - Respondeu e nem percebeu que Lucas havia saído da sala.
- E não me disse nada? Por quê?
- Porque eu sabia que tu irias reagir desse jeito.
- E tu aprova essa pouca vergonha que o teu filho tá fazendo? - Perguntou à mãe do garoto.
- Não fale assim. E ele é teu filho também.
- Não é. Eu não tenho filho “viado”.
- Deixa mãe, ele nunca vai entender. - Lucas apareceu na sala com uma mochila nas costas.
- Onde tu pensas que vai? - Ela perguntou ao garoto.
- Pra qualquer lugar.
- Não, tu não vai, Lucas. Por favor, por mim. - Pediu a mãe.
- Nessa casa o Lucas não fica! - Respondeu o pai.
- Eu vou, mãe. - Foi até a mulher, a abraçou e sussurrou em seu ouvido. - Tu sabes pra onde eu vou. - Deu-lhe um beijo no rosto e saiu.
Mal havia saído de casa e as lágrimas começaram a rolar. Havia sido expulso de casa pelo próprio pai por uma coisa tão bonita: amar. Talvez fosse melhor assim, Lucas não suportaria conviver com uma pessoa que não o aceitava. Limpou as lágrimas e foi para o apartamento de Rodrigo.
- Amor, o que tá fazendo com essa mochila? - Tavares disse, abraçando o mais novo, ao abrir a porta e ver que ele estava chorando.
- Fui expulso de casa.
- Como assim? - Tavares separou-se do garoto e o olhou.
- Meu pai me expulsou quando eu contei pra ele. - Entrou, sentou-se no sofá e largou a mochila no chão. - Posso ficar aqui?
- E precisa perguntar? Claro que pode.
Agora Lucas teria que se acostumar a viver com Tavares, o que não era nem um pouco difícil. À noite, a mãe do garoto foi até o apartamento de Rodrigo e levou mais algumas coisas suas. O resto ele buscaria durante a semana, enquanto o pai não estivesse em casa.
-x-
E assim Lucas e Tavares foram levando a vida. Levou algum tempo - muito tempo, na verdade - para que o pai de Lucas aceitasse a idéia de o filho gostar de garotos. Mas isso não importava mais, nem para Lucas, nem para Tavares. Eles não se importavam com o pensamento dos outros, um tinha o outro, nada mais importava. Porque eles sabiam, desde o primeiro momento em que se viram, que seriam mais do que aluno e professor, porque para o amor não tem barreiras; o amor não escolhe idade, sexo, profissão, cor ou condição financeira. O amor é e sempre será o sentimento mais puro que o homem já conheceu.
Fim!