Caso Bayer

Nov 14, 2003 13:48

O JN divulga esta sexta-feira, um relatório da Inspecção-Geral de Saúde (IGS), que confirma as acusações feitas por Alfredo Pequito (na foto), antigo delegado de propaganda médica, à Bayer. O documento diz também que a multinacional farmacêutica abria créditos em agências de viagens em nome de médicos.

Contactado pela TSF, Alfredo Pequito limita-se a constatar que a sua denúncia é confirmada pela IGS. «Estou absolutamente tranquilo», disse o antigo delegado de propaganda médica.

«Dá-me ideia de que o relatório vem mostrar tudo aquilo que tenho dito ao longo deste tempo todo é verdade», disse Alfredo Pequito, acrescentando que «ainda não conhecia (o documento)».

Contactado pelo JN, o advogado que representa a Bayer não quis comentar o conteúdo do relatório da Inspecção-Geral de Saúde, um documento que, segundo o jornal, é classificado como confidencial.

Amnistia causa entraves

Em declarações à TSF, o bastonário da Ordem dos Médicos, Germano de Sousa, disse que vai solicitar uma cópia deste relatório e admite, se for caso disso, abrir inquéritos e processos disciplinares aos médicos em causa.

«Levantarei eventuais processos disciplinares aos eventuais envolvidos», disse o bastonário lembrando que as inquirições a esses casos e queixas já tinham começado há três ou quatro anos.

Contudo, «houve uma amnistia do Parlamento português, promulgada pelo Sr. Presidente da República, que impediu a Ordem (dos Médicos), tal como a Ordem dos Advogados» de investigar, segundo adiantou Germano de Sousa, que acrescentou que ambos os bastonários protestaram publicamente contra esta absolvição.

«Naturalmente que se este relatório se referir a esses casos abrangidos pela amnistia não sei como poderemos actuar porque há essa amnistia», sublinhou Germano de Sousa.

portugal, politica

Previous post Next post
Up