(no subject)
A raiva mistura-se em mim com o sabor das lagrimas, e a visão que observo quando fecho os olhos é a do mar revolto num dia cinzento e frio.
As arestas dissolvem-se na névoa e entre o que não vejo o passado reveste-se de memorias que, julguei, nao tinha. Esta noite tive um sonho estranho e inquietante. 7, 10, 3, 1. Era só uma historia, só uma historia.
Eu só sou se outros existirem para me observar. Eu nao tenho identidade, nao tenho vontade, nao tenho verdade, nao me tenho a mim mesma.
Faço escolhas erradas, por razoes que se transformam em fumo.
E digo coisas erradas, porque os meus medos, as minhas prioridades e as minhas muralhas estão erradas.
E faço asneira.
Preciso de outra pele. Procura-se pele. Preciso de outra mascara, preciso de fugir de mim para não magoar mais ninguem, para não magoar mais aqueles que já magoei, preciso de fugir de mim para nao ter que me olhar ao espelho.
Sou uma cobarde.
Dizer que estou a crescer serve de algo? Que estou a aprender com os meus erros? Virei alguma vez a passar este desprezo? Aprenderei alguma vez a viver sem mascaras, ou a escolher por fim um cálice que esteja vazio, ou a conhecer a sequência certa de veneno-antidoto-veneno-antidoto-...? Haverá algum momento em que não vou querer fugir quando soprar o vento do norte?
O que eu quero, a minha razao nao aceita. O que eu escolho, a vida nao me permite. O que eu desejo, é uma ilusão porque ninguem deseja em verdade no medo. Ninguem deseja, ninguem quer de verdade, no medo.
E a raiva e a vergonha.
E chorar quando os olhos deles encontram os meus.
E a vergonha.
E a raiva.
Quem nao quer de verdade, quem nao tem um querer que seja sincero e total, nao chega a lado algum.
E depois é a facilidade em gostar. Sou tão esquisita, tão elitista com as pessoas, só para depois me entregar a elas e rasgar a minha alma porque não estou à altura dos meus próprios ideais.
Vou calar-me agora.
Talvez haja respostas no silencio de mais uma curta/longa semana. Talvez haja compreensã, porque neste momento sinto que os ultimos dias me passaram ao lado. E esta noite em particular, sei que fiz a escolha errada porque estou no local errado.
As arestas dissolvem-se na névoa e entre o que não vejo o passado reveste-se de memorias que, julguei, nao tinha. Esta noite tive um sonho estranho e inquietante. 7, 10, 3, 1. Era só uma historia, só uma historia.
Eu só sou se outros existirem para me observar. Eu nao tenho identidade, nao tenho vontade, nao tenho verdade, nao me tenho a mim mesma.
Faço escolhas erradas, por razoes que se transformam em fumo.
E digo coisas erradas, porque os meus medos, as minhas prioridades e as minhas muralhas estão erradas.
E faço asneira.
Preciso de outra pele. Procura-se pele. Preciso de outra mascara, preciso de fugir de mim para não magoar mais ninguem, para não magoar mais aqueles que já magoei, preciso de fugir de mim para nao ter que me olhar ao espelho.
Sou uma cobarde.
Dizer que estou a crescer serve de algo? Que estou a aprender com os meus erros? Virei alguma vez a passar este desprezo? Aprenderei alguma vez a viver sem mascaras, ou a escolher por fim um cálice que esteja vazio, ou a conhecer a sequência certa de veneno-antidoto-veneno-antidoto-...? Haverá algum momento em que não vou querer fugir quando soprar o vento do norte?
O que eu quero, a minha razao nao aceita. O que eu escolho, a vida nao me permite. O que eu desejo, é uma ilusão porque ninguem deseja em verdade no medo. Ninguem deseja, ninguem quer de verdade, no medo.
E a raiva e a vergonha.
E chorar quando os olhos deles encontram os meus.
E a vergonha.
E a raiva.
Quem nao quer de verdade, quem nao tem um querer que seja sincero e total, nao chega a lado algum.
E depois é a facilidade em gostar. Sou tão esquisita, tão elitista com as pessoas, só para depois me entregar a elas e rasgar a minha alma porque não estou à altura dos meus próprios ideais.
Vou calar-me agora.
Talvez haja respostas no silencio de mais uma curta/longa semana. Talvez haja compreensã, porque neste momento sinto que os ultimos dias me passaram ao lado. E esta noite em particular, sei que fiz a escolha errada porque estou no local errado.