Nov 08, 2006 23:54
Sophie vivia em um paraíso aonde a grama vinha em tiras e cada abismo a chamava pelo nome. parecia lamentável e patética chorando sozinha no ônibus, morrendo de pena de si mesma, enquanto velhas com aranhas pálidas servindo de adorno aos cabelos, despejavam punhados de moedas nas mãos do cobrador, e mulheres puxavam crianças pelo braço como se fossem cães. mas chegou em casa eufórica como se tivesse redescoberto o sentido da vida conversando com peixes no aquário de um restaurante: no meio do caminho, entre um poste e outro, percebera que só ela era tão sozinha a ponto de ser livre.