HetaOni estados parte 8/?

Dec 21, 2011 13:19

Título: Oni das 8:30
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-Até que enfim! -Pernambuco exclamou.

-Sul, a gente estava preocupado! -Santa Catarina falou correndo até a cela.

Os três presos pararam imediatamente de discutir um com o outro e se viraram para observar os recém-chegados.

-Aê, eles nos acharam! -Rio disse aliviada. -A gente começou a achar que iria morrer aqui dentro se vocês não chegassem logo.

-Vocês acharam que iam morrer aí dentro? Por acaso sabem o que tivemos que passar pra achar vocês?! -São Paulo perguntou irritado. Verdade seja dita, ele estava aliviado por ver que estavam bem, mas não era necessário que eles soubessem daquilo.

-Não deve ter sido tão difícil assim. Não foi difícil assim a gente ficar preso aqui, então não deve ter sido difícil vocês chegarem aqui. E mais...

Paraíba colocou a mão sobre a boca da fluminense antes que esta estragasse o momento. Sinceramente, será que a Rio não conseguia ficar quieta por um minuto?

-Que tal vocês nos tirarem daqui, e a gente conta tudo o que aconteceu? -ela sugeriu.

Rio Grande do Norte destrancou a cela e os três estados saíram. Controlando a vontade de pular no pescoço de Paraíba por causar tanta preocupação nele, Pernambuco perguntou:

-E então? O que aconteceu?

-Então, enquanto os três preguiçosos aí dormiam, eu fiquei de vigia pra evitar que o monstro pegasse a gente de surpresa.

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Paraíba abriu a porta e avançou com a peixeira, esperando conseguir atacar o monstro primeiro. Para a sua surpresa, quem estava do outro lado era Rio de Janeiro, e foi aí que ela percebeu que quase havia cometido o erro de ferir alguém inocente por engano... de novo.

-Cê ficou louca?! -Rio gritou, pondo a mão sobre o corte que a outra infringiu nela.

-Mas qual é o problema de vocês? Será que não conseguem avisar antes de ir entrando, não? -Paraíba falou e respirou fundo.

Dois segundos depois a ficha caiu.

-Rio, o que você tá fazendo aqui?!

-Eu é que devia perguntar isso. O que você tava fazendo atrás da porta com uma faca na mão? E... -notou a roupa manchada da outra e arregalou os olhos em surpresa. -O que aconteceu com a tua roupa?

-Ah, isso? Foi de quando lutei com o monstro. Um pouco do sangue dele caiu em mim.

Rio de Janeiro olhou para ela como se ela estivesse ficando louca. Paraíba percebeu aquilo e deduziu que a fluminense provavelmente não havia se encontrado com o monstro ainda. O que até explicava o porquê ela estava andando sozinha despreocupadamente pelos corredores, como se estivesse pedindo “Por favor, me mate”.

-Espera um pouco que eu arrumo alguma coisa pra parar esse sangramento. Aí eu explico.

Paraíba correu para procurar algo que pudesse servir como uma gaze. Não encontrando nada, teve que improvisar usando a faixa que prendia o cabelo. Não era a coisa mais adequada para usar numa situação daquelas, mas ei, era tudo o que tinha no momento.

-Não reclama que eu já tô te fazendo um favor. -falou ao notar o olhar da sudestina sobre o acessório colorido.

-Eu não ia falar nada. Agora, explica direito essa história de monstro aí.

Paraíba explicou a situação em que ela e os irmãos estavam, pronta para agarrar o braço de Rio caso esta achasse a história absurda demais e decidisse sair andando. Para a sua sorte, ela estava mais curiosa do que cética, então ouviu a história toda com atenção.

-E eles te deixaram de vigia enquanto dormiam? Que babacas! -disse rindo.

-Bom, eu perdi no “dois ou um”. Era justo.

-Não, o que eu quis dizer foi... deixa pra lá. Enfim, eu-

-Shhhh! Ele tá chegando! -Paraíba sussurrou.

Rio ficou quieta e olhou na mesma direção que a outra olhava. Agora que parou para prestar atenção, havia um som crescente de passos. A temperatura começou a cair e... será que o que Paraíba estava falando era realmente verdade?

-Eu espero que você tenha algo aí pra poder se proteger. Porque não vai dar pra lutar sozinha. -Paraíba falou ao sacar a peixeira.

-Eu sempre levo uma pistola comigo. -Rio abriu a mochila nas costas e pegou a pistola (verdadeira) guardada no bolso interno.

As duas finalmente avistaram o monstro que vinha em direção à elas. Rio disparou a arma três vezes no peito da criatura, fazendo-a cambalear para trás de dor, mas logo se recuperou e avançou com as garras nelas. Cada uma se esquivou para o lado, Paraíba aproveitando o momento e ferindo o lado direito do monstro, enquanto Rio disparou na perna esquerda.

-Fique o mais longe possível da porta! -a paraibana falou.

-Você que sabe. Quem conhece essa coisa é você.

O monstro atirou-se para frente e quase acertou Rio, que havia conseguido desviar-se a tempo pulando para trás. Paraíba atirou a peixeira e acertou a nuca cinzenta da criatura, fazendo-a se contorcer urrar de dor. Rio logo percebeu que aquilo era seu ponto fraco e deu dois tiros na cabeça dele, matando o monstro e fazendo-o desaparecer.

-Ei, nada mal. -Paraíba falou e pegou a peixeira manchada de sangue negro.

-D-Do jeito que você contou, parecia que o monstro era mais forte do que isso. -Rio disse tentando parecer forte, mas não conseguiu esconder o choque e o medo na sua voz.

-A gente só deu sorte. O que tivemos que enfrentar antes era mais rápido e forte.

-Melhor ir avisar os outros então. Eles tão correndo o risco de serem pegos desprevenidos.

-Os outros?

Rio não esperou para explicar e saiu correndo para as escadas, sendo seguida por Paraíba. Ao chegarem lá, viram Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo sendo atacados por outro monstro, desta vez maior. Paraíba precisou se segurar para não bater a cabeça na parede.

-Por que? Por que essas coisas não me deixam em paz? É pedir muito um momento de calma?

O monstro havia conseguido jogar Espírito Santo e Catarina contra a parede, e agora mantinha Rio Grande do Sul encurralado na parede do outro lado. Por mais que possuísse um facão (havia trazido um para caso precisasse abrir uma trilha), ele não tinha chances de sobreviver. Por mais que não gostasse muito do gaúcho e não se desse bem com ele, Rio não iria vê-lo ser morto daquele jeito.

-Paraíba, eu sei que você não quer, mas a gente vai ter que lutar de novo. Pega a peixeira aí e se prepara.

As duas desceram correndo as escadas e foram até o monstro. Rio deu um tiro no lado direito das costas do monstro, fazendo-o virar e esquecer Rio Grande do Sul por um momento.

-O que ela está fazendo aqui?! -RS perguntou.

-Tentando salvar sua vida! -Paraíba respondeu e tentou acertar o monstro, que havia se desviado a tempo.

-Merda! As minhas balas acabaram. -Rio xingou ao pressionar o gatilho da arma e nada acontecer.

-Como assim, já acabaram? Você não carregou antes?

-E-Eu não cheguei a pensar que ia precisar caso encontrasse um monstro!

O cansaço foi tomando conta da nordestina e foi então que ela percebeu que não daria para continuar lutando. Eles até poderiam vencer, mas a muito custo e provavelmente sangue. Rio de janeiro notou o cansaço no olhar da outra e procurou por outra saída.

-Não tem jeito. Vamos fugir daqui! -disse a fluminense puxando os dois pelo braço e correndo a toda em direção a uma porta no meio do corredor.

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-Depois disso, fomos correndo por esse porão até encontrar uma sala isolada o suficiente para organizar as ideias.

Completou o gaúcho realmente aliviado em rever Catarina sã e salva, principalmente depois de tê-la visto pela última vez tão vulnerável.

-Só que a Rio teve a ideia “genial” de entrar nessa cela. Acabamos ficando presos aqui por que ela não abre do lado de dentro. -disse Paraíba jogando um olhar indignado para uma fluminense meio vermelha de raiva ou de vergonha, a nordestina não soube bem identificar.

-Ei! Mas pelo menos a gente não teve que enfrentar aquela criatura bizarra aqui. -disse RJ, tentando arrumar uma desculpa para suas péssimas decisões.

São Paulo e Espírito santo a olhavam como se estivessem prestes à espancá-la. Antes que o clima ficasse mais tenso, Pernambuco se pronunciou.

- Acho que é melhor alguém explicar o que está acontecendo para eles, não é?

Espírito Santo concordou com a cabeça e adicionou.

-Sim, mas antes temos que dar uma bronca na Rio.

O paulista concordou com a cabeça. Rio Grande do Norte estava se sentindo desconfortável. As estranhas imagens, que ele ganhara a partir da quebra dos relógios, pipocavam na sua mente e o fazia formular várias teorias.

- Pessoal. Eu sei que talvez esse não seja o momento, mas eu gostaria de procurar mais pistas sobre o que de fato pode estar acontecendo aqui.

Ceará parecia bastante nervoso ante essa ideia.

-Onde vai procurar pistas? -perguntou querendo disfarçar a ansiedade.

- Não me atrevo a ir longe. -afirmou o potiguar, estranhando o comportamento do irmão.

- Então combinado. Vamos ficar aqui para dar uma bronca na Rio e explicar à eles o que aconteceu. -Disse o capixaba, com um tom de voz meio impaciente.

- Eu também tenho algumas coisas para dizer para eles. -confessou o pernambucano.

- Combinado! Então eu vou com o Rio grande do norte. -comentou a fluminense se adiantando e enlaçando seu braço em um dos braços do potiguar. Catarina também estava sem paciência.

- Você não ouviu? Vai ter que ficar aqui para ouvir a explicação. -RJ respondeu a catarinense com um infantil estirão de língua.

-Mas não precisa disso... Ele pode me explicar tudo, não é?

A fluminense sorriu displicente para o nordestino. O potiguar não sabia bem como reagir a isso. Se a impedia ou se aceitava disfarçando um possível tapa na testa ou uma virada de olho.

-Claro. Eu explico enquanto procuro mais pistas por aí. -respondeu o nordestino, permitindo que sua boa educação e disponibilidade tradicional falassem mais alto.

-Eu vou com vocês. -disse o cearense de repente, aparentando preocupação. RN não queria que seu irmão ficasse tão nervoso assim, então resolveu tranquiliza-lo.

-Não se preocupe. Não vamos nos afastar nem demorar muito. E podem deixar que eu darei uma bronca nela. -assegurou o nordestino que era lentamente levado pela fluminense para fora da sala.

-Ela merece. -disse o Gaúcho com um sorriso de satisfação nos lábios.

-Não... esperem. Eu vou com vocês. -disse o paulista caminhando em direção à porta. -preciso verificar uma coisa que está me incomodando.

O sudestino tinha um olhar preocupado e pensativo. RN não ousou perguntar sobre o que estria o incomodando e a fluminense nem sequer percebeu a expressão do vizinho, apenas queria sair dali.

-Então tá. Voltaremos daqui a 15 minutos. -disse o nordestino já saindo da sala e sendo seguido pelos outros dois.

Ceará acompanhou a saída deles com uma expressão mista nos olhos. Pernambuco ainda não conseguiu reunir coragem para perguntar ao cearense o porquê dele estar agindo de tal forma.

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E é isso. Desculpa a demora, prometo tentar ser mais rápida. -_-" E obrigada julia400 por me ajudar a terminar o capítulo. =D

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