HetaOni estados parte 3/?

Aug 11, 2011 20:43

Título: Oni das 8:30

Personagens: CE, RN, PE, PB, RJ, SP, ES, RS, SC e PR (por enquanto...)

Advertências: Bom, já sabem, né?

Sumário: *aponta para os outros capítulos*



Bom pessoas, aqui está o terceiro capítulo! Mas antes que comecem a pensar "Ah, tal personagem X é o personagem Y nessa versão", só vou avisando que nem sempre os estados vão agir de igual aos personagens do original. Ele já correm o risco de ficar OOC, não quero fazê-los ficarem mais ainda. XD

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Rio Grande do Norte suspirou alíviado quando chegou à porta que dava para o sotão. Ele nunca havia pensado que uma simples subida de escadas sozinho poderia ser tão tensa. Mas havia chegado em segurança, e isso era o que importava. Bateu três vezes na porta e falou em tom baixo:

-Ei, Ceará. Sou eu. Abre aí, por favor.

Demorou uns bons segundos até Ceará abrir a porta, mas ao menos Rio Grande conseguiu entrar no cômodo. Ao contrário dos quartos, o sotão era mais desorganizado e uma fina camada de poeira podia ser vista nos móveis. Não devia ser um dos lugares da casa em que o monstro (assumindo que fosse ele que fizesse a limpeza) frequentava, o que era um ótimo sinal.

-E aí? Cadê eles? -Ceará perguntou preocupado.

-Eu encontrei a Paraíba em um dos quartos, e ela estava bem. Mas aí aquela... coisa, não sei ainda do que chamá-la, nos atacou. -o moreno mostrou o braço machucado. -Por sorte, a Paraíba conseguiu fazer ele sumir. Foi aí que ela se ofereceu para procurar o Pernambuco no meu lugar.

-Cara, e você deixou ela ir sozinha assim, numa boa?! Qual é o seu problema?

-Bom, é. A Paraíba sabe se cuidar, esqueceu? E foi ela mesma quem deu o golpe que fez o monstro desaparecer.

O cearense mostrou-se aflito por um segundo, mas logo sorriu. Sim, aquela não era hora de se preocupar.

-É, tem razão. Ela deve ser a muié mais macho que existe. -ele riu e bateu palmas. -Enfim! Dá só uma olhada no que achei no terceiro andar!

Os dois desceram as escadas e foram para o quarto que Ceará mencionou. Ao entrarem, depararam-se com um quarto todo branco, com duas camas já feitas e dois criado mudos. Mas o que realmente chamou a atenção de Rio Grande foi a chave de força na parede direita e a placa ao lado dessa chave. O moreno aproximou-se e leu o que estava escrito:

"Para cima é o Céu

O meio é a Terra

E para baixo, o Inferno"

Notou que a alavanca estava no meio, significando que naquele momento estavam na Terra. Então se ele movesse a alavanca para cima ele conheceria o Céu, e se ele a movesse para baixo, ele estaria no Inferno? Aquilo não parecia fazer sentido para ele. Rio Grande do Norte virou para o irmão com uma expressão confusa no rosto.

-E o que é isto, exatamente?

-E eu sei lá? Tava esperando você chegar pra vermos juntos. Eu é que não verifico sozinho. -o cearense deu de ombros e aproximou-se de RN.

O rapaz torceu a boca e voltou a fitar para a chave de força. Ele não sabia bem o porque, mas tinha a impressão de que aquele era um daqueles jogos clássicos de "se escolher o errado, você morre". Mas para onde puxar? Ele não queria conhecer o Inferno, disso havia certeza. O mais óbvio seria puxar para cima, para o Céu.

-Óbvio demais... -murmurou e puxou a alavanca para baixo.

Assim que o fez, uma das camas começou a mover-se para o lado e o chão abriu-se e revelou uma passagem. O riograndense ficou boquiaberto com aquilo. Aquela casa antiga realmente era cheia de surpresas.

-Caramba... como você sabia qual era a certa?

-E-Eu não sabia, s-só fui na menos óbvia. -RN gaguejou. -E mais, nem sabemos se é a realmente a escolha certa. Isso pode realmente dar no Inferno!

-Bom, não vamos saber se não formos verificar, né? -o mais novo sorriu e já foi descendo as escadas.

Rio Grande do Norte arqueou uma sombrancelha e decidiu seguí-lo. A passagem era mal-iluminada, mas dava para andar sem se preocupar em dar um passo em falso e tropeçar. Rio Grande do Norte encarou a nuca levemente bronzeada do cearense. Como ele podia ficar tão calmo assim? Conhecendo Ceará, o mais novo já estaria provavelmente em pânico e formulando mil e uma teorias do porque aquilo estava acontecendo e o que era o monstro. Vê-lo tão calmo assim causava certo desconforto no potiguar.

-Ei, Ceará. Você não está nem um pouquinho com medo deste lugar? Tipo, eu esperava que você já estivesse se desesperando à essa altura.

O cearense parou por um momento e virou-se para encarar o irmão. Seus lábios mostravam um sorriso um tanto estranho, não aquele o qual Rio Grande estava acostumado.

-Sinceramente, nos primeiros cinco minutos eu comecei a me desesperar, e até quase chorei. Quase! Mas depois eu parei pra pensar que isso não ia levar a nada. Ainda mais porque, vendo como a Paraíba e o Pernambuco estavam morrendo de medo, eu percebi que alguém tinha que manter a cabeça fria. -o rapaz virou e voltou a descer as escadas. -E olha só no que deu eu ficar calmo! Achamos uma passagem que pode dar pra saída e que não involva passar pelos halls e encarar o monstro de novo.

RN arregalou os olhos verdes com a resposta. Desde quando Ceará era maduro e cabeça-fria daquele jeito? Sério...

Ao fim da escada havia um buraco que levava a outro cômodo. Ceará foi na frente, seguido pelo relutante irmão mais velho. Graças à nova condição de seu corpo, a queda acabou doendo bem mais do que deveria doer.

-Ai, ai...

Ceará reclamou baixinho, mas já estava de pé e vasculhando o local. A sala era totalmente vazia e branca, e apenas um piano igualmente branco podia ser visto no centro dela. Rio Grande do Norte coçou a cabeça enquanto olhava ao redor. Como aquilo poderia ser o Inferno ele não sabia, mas estava mais preocupado em achar uma porta para sair dali.

-Ei, Rio Grande! Olha só essas teclas, que bizarras.

Ele foi até o piano para dar uma olhada e viu que as teclas estavam marcadas com números com cores alternando entre, vermelho, amarelo, verde e azul. Aquilo com certeza queria dizer algo; afinal, números coloridos não são escritos em pianos sem motivo nenhum. E quando achou que não poderia ficar mais estranho, ele notou um pedaço de papel em cima da beira do instrumento. Pegou o objeto para examiná-lo melhor e viu que havia dois dígitos "O", um verde e outro azul, desenhados nele.

-O que é isso? -o cearense perguntou ao notar o papel.

-Não sei, mas pode ser útil. -Rio Grande do Norte guardou o papel no bolso. -Viu alguma saída por aí?

-Tem uma ali, ó. -Ceará apontou para o canto esquerdo do quarto. -Quase não dá pra ver porque é lisa e branca e se parece com a parede, mas dá pra ver o brilhinho prata da maçaneta.

-Só vamos torcer para que esteja destrancada...

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-Pernambu-côôô... -Paraíba falava, quase cantarolando, enquanto andava pelo largo corredor. -Se estiver por aí, pode sair...

A garota chegou ao final do corredor em "L" e virou para a esquerda. Andou mais alguns passos e acabou deparando-se com uma porta bem no final do corredor. Abriu a porta e viu uma saleta confortável, com uma iluminação mais fraca do que a dos corredores. Havia um carpete cobrindo grande parte do chão, uma lareira, um sofá e algumas poltronas de veludo. Duas estantes com alguns livros enfileirados podiam ser vistas preenchendo as paredes cor de creme.

-Esse lugar é chique demais pra ser uma casa-de-engenho. -ela comentou enquanto checava o quarto.

-É, também acho. -uma voz falou por detrás dela.

Por pouco Paraíba não gritava de susto. Virou a cabeça, irritada, para onde veio a voz e viu Pernambuco dando um sorriso sarcástico e satisfeito para ela.

-Quer me matar do coração, é?!

-Mereceu por ter metido a gente nessa! -o pernambucano aproximou-se e começou a bagunçar o cabelo da irmã. -Falei que essa casa tinha alguma coisa sombria! Mas pra que me ouvir, né?

-Ai, para com isso! -Paraíba se soltou e começou a arrumar o cabelo cacheado. -Me desculpa por ter metido vocês nessa. De verdade! Mas também, como é que eu iria saber que tinha um monstro de verdade aqui? Poxa, eu achei que era só uma casa abandonada... Era o que os boatos diziam...

Pernambuco suspirou, ainda levemente irritado, já que seu medo havia desaparecido fazia uns cinco minutos atrás. Ficar brigando com Paraíba não levaria a nada, e poderia atrair a atenção do monstro, então se acalmou.

-Tá, que seja. Tô feliz por você estar bem. Vamos nos encontrar com os outros e ir embora.

A paraíbana olhou para baixo e torceu a boca de amargura e o mais velho olhou-a confuso. Passaram-se alguns segundos de silêncio até que ela decidiu falar:

-Então... Ceará e Rio Grande estão lá em cima, no sotão...

-Que bom. vamos até lá e depois-

-Mas não vai ser fácil sair. -ela respirou fundo. -A porta da frente está trancada. Deve ser uma dessas que se trancam automáticamente por dentro. E não tem nem como pular pelas janelas, porque estão todas lacradas.

-Como é que é?!

-Eu fui pra porta da frente e tentei sair da casa. Achei que você tinha corrido lá pra fora quando o monstro apareceu, então quis procurar por você lá. Aí eu tentei abrí-la e...

-Cê realmente achou que eu ia fugir de medo e deixar vocês aqui?! -o rapaz gritou, mais indignado com o fato de sua irmã achar que ele era frouxo até aquele ponto, do que com medo pelo fato de estarem trancados dentro da casa.

-Xiu! Quer que a coisa saiba que estamos aqui? -Paraíba disse pondo o dedo indicador sobre os lábios.

Ele precisava de uns segundos para raciocinar sobre a situação atual deles. Estavam trancados dentro de uma casa que mais parecia um labirinto, junto com um monstro sanguinário. Ótimo, tinha como ficar pior? Era melhor ele nem perguntar, porque sim, poderia ficar pior. Precisava manter a cabeça fria e manter-se calmo!

-Vamos no encontrar com o Rio Grande e o Ceará e conversar melhor sobre isso.

Os dois saíram da sala e manteram o nível de conversa o mais baixo possível, sempre atentos para qualquer som estranho que pudessem ouvir. Ao chegarem no sotão, porém, encontraram seus dois irmãos sendo atacados pela criatura que tanto queriam evitar.

-Você disse que aqui era seguro! -Paraíba gritou.

-Vocês dois, fujam rápido! -Rio Grande do Norte falou ao desviar-se de um ataque. -Nós damos conta!

-Você acha mermo que vamos deixar vocês assim? -Pernambuco sorriu e sacou duas pistolas. -Paraíba, vamos?

Paraíba concordou com a cabeça e sacou a peixeira. O pernambucano atirou duas vezes nas pernas da criatura, fazendo-a tombar um pouco para trás e dar espaço para Rio Grande correr para outro lado. Porém, a criatura logo se recuperou e, com um sorriso cruel no rosto, avançou em Ceará.

"MORRA!" gritou.

Mas antes que a criatura pudesse fazer qualquer coisa, Paraíba correu o mais rápido que pôde, pulou por trás dela e fincou a peixeira em suas costas. O monstro debateu-se violentamente para que a garota o largasse, mas a paraíbana segurava firme seu pescoço com um dos braços, enquanto enquanto enfiava a lâmina nas costas dele com a outra. Sangue viscoso e preto sujavam suas mãos e a peixeira, mas no momento ela não se importava.

-Você nem pense em tocar nele!

Porém, assim que fosse dar a terceira facada, a coisa havia conseguido arremessar a paraíbana contra a parede com força. A garota gemeu de dor ao cair no chão, mas tentou ficar de pé. Agora que havia livrado-se daquele incômodo, o monstro voltou a fitar Ceará, que estava de pé contra a parede, segurando firmemente um livrinho de capa marrom.

-Ceará, pelo amor de Deus! -Pernambuco gritou e deu mais um tiro no ombro esquerdo do monstro. -Foge logo de uma vez! Você não vai conseguir fazer nada só com esse livrinho. Deixa que a gente cuida disso!

Ceará olhava com os olhos castanhos cheios de medo para tudo aquilo. Rio Grande tentou acertar o tórax do monstro, mas a espada foi atirada para longe pelas garras do oponente, forçando o moreno a recuar antes que elas fizessem o mesmo com ele. Pernambuco tentou atirar mais uma vez, mas, infelizmente, as balas haviam acabado.

-Ce-Ceará, foge, por favor... -Paraíba implorou, apoiando-se na parede. Ela podia jurar que, pela dor que sentia, havia quebrado algum osso com o impacto.

-Não...

-Ele vai te matar, seu galado anta! -RN gritou assim que recuperou a espada.

-FOGE!

-Eu não vou fugir mesmo! -Ceará gritou o máximo que podia e abriu o tal livrinho.

"NÃo... vÃo... EscAPAr..."

Os três gritaram ao mesmo tempo quando viram uma onda de eletricidade sair do corpo da criatura e ir em direção ao irmão mais novo. Mas Ceará conseguiu desviar-se tão rápido quanto os raios, enquanto murmurava algo que seus irmãos não conseguiram captar direito.

-Restaurar!

O livro começou a emitir uma luz branca que passou a espalhar-se por todo o cômodo, envolvendo três estados e trazendo um sentimento reconfortante. Era como se todas as suas dores e cansaço estivessem desaparecendo, revigorando-os. Paraíba finalmente havia conseguido se levantar, não mais sentindo como se seus ossos houvessem quebrado e lançou um olhar vitorioso para o monstro, que parecia não ter recebido a mesma luz curadora que eles.

-Agora você já era! Rio Grande, tenta acertar a cabeça dele!

Rio Grande do Norte correu até a criatura e fincou a lâmina da espada em sua testa antes que ela pudesse fazer qualquer coisa. Como haviam suspeitado, aquele era o ponto fraco do monstro, uma vez que este caiu no chão, contorcendo-se de dor, enquanto o mesmo sangue negro escorria pela ferida e a boca. Aos poucos, o corpo ficou imóvel e foi dissipando-se no ar, até não sobrar nada.

-Ha ha! Yes, conseguimos!

-Nem acredito que deu certo. -Rio Grande comentou com os olhos brilhando. -Ei, Per-

-CEARÁ!

Os dois viraram alarmados e veremm Pernambuco socorrendo o irmão inconsciente, correram para ajudar. O mais velho sacudia o ombro do outro, tentando acordá-lo. Para o alívio de todos, o cearense lentamente abriu os olhos após alguns segundos. Ao perceber as faces preocupadas dos outros estados, Ceará abriu um sorriso e sentou-se com cuidado, pois ainda estava meio fraco.

-Arriégua! Isso sim foi tenso! Tomara que não encontremos aquela coisa de novo.

-O... O que foi isso? -Pernambuco nem sabia por onde começar. -Você disse uma só palavra... aí aquela luz e...

-CE, o que é esse livrinho aí? -Paraíba apontou para o objeto caído.

-Ah, isso? -o cearense tratou logo de pegar o livro antes que alguém decidisse dar uma olhada. -É... só uma Bíblia... heh.

-Não pode ser uma Biblía... -Rio Grande retribuiu. -Biblías não te dão poderes mágicos que curam as pessoas.

-Mas essa que eu econtrei aqui no sotão pode, pelo visto. E parem de implicar com isso! Eu fui útil, não fui?

-Que seja. -Pernambuco suspirou. -Caso a gente encontre aquele monstro de novo, e eu espero que não, pelo menos temos como nos defender.

-Com um revólver sem balas? Duvido muito. -Paraíba falou.

-Eu tenho munição extra na mochila.

-Por que cê trouxe um revólver pra cá, para começar?

-Por que VOCÊ trouxe uma peixeira?

-A peixeira vai aonde eu for! -ela respondeu afagando a faca com carinho.

Rio Grande do Norte deu um tapa na própria testa.

-Tanto faz o porque temos essas armas. O que importa é que aqui não é mais seguro e temos que achar outro lugar para passarmos a noite. Não sei quanto a vocês, mas acho que aquela coisa pode voltar.

Todos concordaram e Pernambuco sugeriu a saleta que ficava no primeiro andar. O grupo, guiado por Pernambuco, desceu as escadas e atravessou os corredores até chegar ao local sugerido. Assim que todos entraram, o pernambucano tirou uma chave prateada do bolso e trancou a porta. Rio Grande do Norte notou aquilo e não pôde deixar de sorrir.

-Então você também andou encontrando chaves perdidas por aí, né?

-Esperava que eu fizesse o que? Me esconder dentro de algum armário e esperar a coisa me pegar?

Para a sorte de Paraíba ela estava de costas para os dois naquele momento, assim nenhum deles viu seu rosto ficar subitamente vermelho. Aos poucos, o clima foi ficando mais agradável e calmo. Os quatro formaram uma rodinha e começaram a conversar e discutir sobre a situação atual deles. Bom, discutiram pelos primeiros cinco minutos, pelo menos. A conversa logo tomou outros rumos, e todos já estavam bem descontraídos naquele momento.

-Isso chega a ser um pouco nostálgico. -Paraíba comentou. -Digo, todos nós aqui. Parece até que voltamos nos tempos da Confederação do Equador.

-É um pouco sim. Mas eu realmente não quero pensar no pai como esse monstro. -Pernambuco riu.

Minutos depois o cansaço começou a tomar conta de todos. Como não havia camas, teriam que improvisar um lugar para dormir usando o sofá e o carpete. A noite estava quente, então não havia necessidade de arrumar cobertas, nem ascender a lareira que há muito parecia não ser ativada.

-Certo então, o plano para amanhã é econtrar uma saída alternativa desse inferno. -Rio Grande bocejou. -Cara, que sono... vamos dormir logo, vai.

-Não vai ser meio perigoso se todos nós cairmos no sono? -Ceará comentou. -Não é melhor alguém ficar de vigia?

Todos ficaram em silêncio, como que esperando alguma alma caridosa a se oferecer para ficar de vigia. Ninguém queria.

-Tá, vamos decidir isso de forma madura.

E no fim, Paraíba acabou ficando acordada por perder no "dois ou um". A morena bufou, zangada e cansada, por ter que ficar sentada numa poltrona nada confortável, enquanto assistia aos seus irmãos dormindo já no sétimo sono.

"Ugh! Devia ter tirado dois!"

Pelo menos eles estavam dormindo no chão, e não numa cama confortável. As costas deles deviam estar todas quebradas. Ela tentava usar aquilo como consolo. Mas ficar acordada de vigia era um tédio! Não havia nada para fazer, ninguém para conversar ou nem mesmo uma porcaria de laptop para acessar a internet e matar o tempo.

Se bem que, se fizesse aquilo, iria perder a concentração. Que saco...

Estava com tanto sono...

De repente um calafrio desceu-lhe a espinha, acordando a paraíbana de vez. Aquele monstro não morreu! Mesmo depois de tudo aquilo, aquele infeliz não havia morrido! E por alguma estranha razão, a maçaneta girou sem que Paraíba tivesse ouvido os passos pesados da criatura antes. Como o monstro já estava lá sem que ela tivesse o escutado chegando?

"Será que o andar dele está mais leve agora, ou coisa do tipo?"

A porta começou a ser sacudida. Paraíba olhou para trás, esperançosa de que os irmãos acordassem com o barulho. Infelizmente, o sono das pestes era muito pesado, e até acordarem e raciocinar o que estava acontecendo, poderia ser tarde demais. Ela teria que lidar com aquilo sozinha e torcer para que o barulho da luta os acordasse.

Raios...

Paraíba respirou fundo e foi devagar até a porta, enquanto segurava a peixeira firmemente, para destrancá-la. Ela não sabia o porque, mas tinha a leve impressão de que já estava morta.

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Continua...

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