Desculpe o transtorno, precisamos falar sobre os textos qualificando amor nas redes sociais!

Sep 14, 2016 17:21

Nossa, faz tempo que não apareço aqui né? Adivinha? Aham, tô nas fases de instrospecção lamuriosa de novo! o/

Gostaria de deixar claro, em carta aberta à mim mesma, que nas redes sociais muito tem se debatido o texto do Gregorio Duvivier. Um texto sobre amor, leveza, rompimentos e (claro) publicidade.

Segue para apreciação:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2016/09/1812342-desculpe-o-transtorno-preciso-falar-da-clarice.shtml

Em menos de 2 (eu disse DOIS) dias, a internet inteira estava em polvorosa com este texto. Muita gente amando, muita gente odiando (ahhh a internet, sempre igual)...e muita gente fazendo graça. Até aí ok.

O problema foi quando chegou o Rafinha Bastos com um texto sobre amor completamente diferente, falando que o amor era outra coisa. E DAÍ? Amor é qualquer coisa.

Gente, amor é efêmero, quem é que pode quantificar, qualificar, definir? Em vão poetas morreram tentando fazendo isso!

Aí as pessoas dizem que amor é dividir lençol, é brigar e não debates cisgêneros. COMO NÃO?

Amor pode ser uma junção de tudo isso. Ou nada disso. Ou parte disso, sei lá. Amor é o que você souber (e puder) viver.

Claro que me identifico mais com a definição de amor do Gregorio que do Rafinha Bastos (por motivos de: óbvio), mesmo porque acho que um relacionamento incapaz de fazer-nos pensar, serve pra pouco ou nada. Debates cisgêneros, sociais, culturais, políticos, são tão (ou mais) importantes do que fazer panqueca à dois. Não me vejo inserida em um relacionamento em que as conversas sejam sobre carregadores de celular e risotos queimados. Mas isso, sou eu. O meu jeito de amar e de dividir a vida.

Digo, com certo orgulho, que se meus ex namorados sabem qualquer coisa sobre feminismo e igualdade social, com toda certeza aprenderam comigo. Não sou a embaixadora da ONU, mas me vejo com papel irrefutável de mostrar à pessoa com quem divido amor, que é preciso dividir ideias e opiniões.

Não sou acima da média, não sou um gênio, não sou nada de incrível. Aliás, sou tão boa em debater opiniões quanto uma mula desembestada numa ladeira (sou dessas, mas tô tentando galere!)...mas sabe que de uma coisa eu me orgulho (e muito): se não for pra somar, pra fazer crescer ou para (pelo menos) ajudar a repensar...eu não me relaciono. Gosto das coisas efervescentes, das ideias fluindo, de pensamentos fora da caixa. Se algum dia isso serviu pra alguém, não sei. Mas eu sei que a contrapartida sempre é válida.

E que ninguém dependa de Rafinha Bastos ou Gregorio, definamos nosso amor da forma que quisermos! Ou nem definamos, VIVAMOS.
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