Dec 16, 2014 21:19
As mãos de Mario eram sensíveis nas costas da oriental. O algodão fino amarfanhava-se enquanto ele apertava-lhe os músculos, cutucando-os delicadamente abaixo das escápulas, dedos lutando para se enterrar na pele macia sob o tecido. Sob seu toque vagamente profissional, Videl estremecia. Estava muito tensa com as provas, e Mario acabara dando-lhe uma surra no treino só porque ela estivera distraída demais para impedi-lo. Ele já havia pedido que ela tomasse um banho e agora aproveitava que o pai dela não estava na Ilha no dia para tentar relaxá-la. O quarto de Videl na casa do pai não era rosa e infantil; ele crescera junto com sua dona. Isso evitava que Mario se sentisse um estranho completo ali. Seminu, as pernas musculadas envoltas num pijama razoavelmente grosso, Mario repousava um joelho de cada lado do quadril de Videl e tentava ignorar quando ela se arrepiava. Estavam já com dezesseis anos. Eram as férias de verão e Mario estava radiante por ter sua namorada de volta, depois da missão louca e do afastamento enquanto lidavam com Momoko, Kuuya e os outros. As brigas haviam diminuído; a paixão, não. Ele se mantinha quieto, tentando fingir que seu corpo não reagia à proximidade com o dela, concentrando-se na massagem à qual Del era refratária. Com um suspiro, suas mãos deixaram as costas tensas e delicadas dela.
- Vou sair, ok? Isso não tá funcionando. - Videl balançou a cabeça e ele se abaixou para beijar-lhe o ombro direito, coberto. - Amore... ragazza mia, você não está me deixando encostar em você desde aquela noite. Eu não sei o que fazer agora. Você prefere que eu me afaste? - Ela negou novamente. Suas bochechas estavam tão vermelhas que pareciam queimar. - Então confie em mim. Não posso relaxá-la se você não deixar.
Videl pareceu ponderar por um momento, antes de proferir um "ok" muito baixinho e puxar a blusa pela cabeça. Mario tomou cuidado para não observá-la; seus dedos voltaram à pele nua quase automaticamente. Ao contrário dele, Videl tinha poucas cicatrizes, mas ele pôde ver um hematoma razoável nas costelas da garota. Puxando a varinha, ele murmurou um "Episkey", ao que Videl sorriu e relaxou um pouco. Deus do céu, ela era linda. Mario sentia-se quase mal por desejá-la tanto. Eles haviam conversado muito pouco a respeito, mas ela admitira que não queria ainda. Mario havia questionado os motivos, sem sucesso, e talvez por isso ela estivesse tão arisca. Mais uma vez, sentiu-se burro. Suspirou.
- Del - chamou ele, pouco mais alto que um murmúrio.
- Hm? - Ela virou o rosto, impelindo-o a se curvar de novo. Suas mãos deslizaram pelos ombros da morena e ele deixou seu tronco pairar a centímetros de suas costas.
- Você tem medo que eu te force a ir pra cama comigo?
A pergunta pegou a oriental desprevenida, fazendo-a se virar tão rápido que sua cabeça quase acertou o nariz do italiano. Os reflexos aguçados o salvaram; ela puxou a camiseta para se cobrir e o encarou com olhos do tamanho de pires.
- Por que eu teria medo disso?! - retrucou ela, chocada.
- Del. - Ele segurou o rosto da garota com as duas mãos. - Eu. Amo. Você. Eu te conheço, e você está insegura. Sei que o fato de eu querer você ser tão óbvio, mesmo fisicamente, é desconcertante. - Ela ruborizou, mas ele não parou. - Eu não sei controlar o que acontece aqui embaixo - admitiu ele, pesaroso -, mas controlo o que faço com isso. Quero que você saiba, fanciulla, que eu nunca vou forçar você a nada.
- Mario, você tá me constrangendo - murmurou ela, tentando esconder o rosto nas mãos do italiano.
- Não, Del, isso é importante. Isso é um dragão albino no meio deste quarto, e nós temos que falar a respeito. - Ele a soltou. - Eu vou esperar até que você queira. Isso pode ser até depois que a gente se casar, não importa. Temos muito tempo, Del. Nunca mais vou me separar de você.
Ela sorriu e assentiu, fechando os olhos por um momento. Mario estava sendo sincero. Não seria capaz de pôr o amor de Videl em risco novamente. Delicadamente, ele a beijou, deitando-a novamente na cama, ficando longe do corpo feminino. Ela abraçou-o pelo pescoço, puxando-o para perto; ele esperava que não se animasse muito. Com uma série de selinhos, eles partiram o beijo. Mario escorregou, ficando meio de lado, meio por cima de Videl. Seus dedos traçaram uma linha do queixo ao colo nu da garota, mas não adiante. Videl estremeceu, fazendo-o sorrir.
- Você também sente isso, não é?
Ela o encarou, séria, e ergueu uma sobrancelha. - Não pense nisso como um convite, Pimmano.
- Nope, nope - disse ele, ainda sorrindo. - Só estava me certificando, sabe, para o futuro. - Ela lhe deu um tapa no ombro, mas nem isso fez com que o sorriso o deixasse. - Agora, volte à posição, signorina. Deixe-me terminar as suas costas com a certeza de que a sua pureza permanecerá intacta.
Videl não pôde evitar rir a esse comentário, mas obedeceu-o mesmo assim. Enquanto massageava a mulher de sua vida, Mario deu graças aos céus por ela estar relaxada e aquele dragão, ao menos daquela vez, estar finalmente fora da sala.
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mario&del