[Missão 30 fics: Drarry]
Título: Lembranças - 2ª Parte
A utora: Ivi
ivanabhBeta:
tachel_black Pela betagem e por estar sempre pronta ajudar.
Classificação: PG-13
Par: Harry Poter, Draco Malfoy
Tema: Cócegas
Palavras: 1.526
Avisos: Slash, yaoi.
Comentário: A primeira parte é encontrada
aqui.
Disclaimer: Todos personagens são da J.K. Rowling. Ah, porque se fossem meus...*suspiro*
Referente a palavra nº 95 (cócegas) da minha
table. Escolhida pela Nicolle Snape que ganhou o sétimo joguinho. Espero que goste, norinha!
Lembranças
- Não, você não se lembrou. Não foi assim que aconteceu e sabe disso. Eu te digo como foi e você faz tudo que eu quiser.
- Potter, eu vou ouvir seus devaneios. Quero só ver o que você vai inventar.
-------------- x --------------
Eu estava indo para a biblioteca com Mione e Ron. Para variar, os dois estavam discutindo por algum motivo bobo. De repente, quando dobramos um corredor, Ron deu um encontrão com você e caiu no chão, derrubando todos os livros da Mione. Não adianta negar, pois se Zabini não tivesse segurado você, você teria se estatelado também. Não adianta nem me olhar com essa cara, Malfoy. E não interrompa. Se interromper, vou considerar que você perdeu. Isso, bom menino. Então, você se afastou de Zabini e falou:
- Ei, Weasel. Sei que sou irresistível e é impossível ficar longe de mim, mas poderia olhar por onde anda?
Vou te contar, você sabe ser convencido, hein? Quem mais poderia ter perguntado isso? Eu ajudei Ron a se levantar e Mione se baixou para pegar os livros, dizendo:
- Deixa pra lá, gente. Não vale a pena.
Ron ficou furioso e ignorou completamente Mione, dizendo:
- Só podia ser a doninha. Você quem deveria olhar por onde anda, Malfoy. Talvez devesse procurar Madame Pomfrey. Ficar quicando no chão parece ter bagunçado sua visão.
‘Potter, você já alterou a história. O Weasley nunca ia me dar uma resposta dessas.’
Vou ignorar esse comentário, Malfoy. Pode ficar quieto e parar de atrapalhar? Foi o Ron quem disse isso sim. Eu só esqueci de falar da sanidade mental. Não faz essa cara, detesto quando faz essa cara de bunda.
‘Olha aqui, eu não tenho cara de b-’
Se me interromper mais uma vez, perde sua chance. Vai ficar em silêncio? Ótimo. Então, você respondeu:
- Ora, que surpresa. Pensou nisso sozinho, Weasel? Ou precisou da ajuda da sangue ruim para isso?
Eu não queria brigas, mas ofender a Mione foi demais. Tanto eu quando Ron partimos para cima de você e a Mione nos segurou, derrubando os livros novamente. Você falou, com aquela sua voz mais antipática, arrancando risadinhas de Zabini e Parkinson:
- Nossa, Potty sempre saindo em defesa dos mais fracos, não é? É por isso que vive cercado por esses perdedores?
Ouvir você falando assim da Mione e do Ron sempre teve o poder de me irritar. Foi ela quem resolveu interferir, segurando nossos braços ainda com mais força.
- Você não tem nada melhor para fazer, não? Por que não vai cumprir seus deveres de monitor em vez de atormentar os outros?
Não sei qual era o seu problema naquele dia, mas estava ainda mais babaca que o normal.
- Eu não estou falando com você, sangue ruim.
Não teve como a Mione nos segurar mais. Ron partiu para cima do Zabini e eu para cima de você, nem deu tempo de sacar a varinha. Eu te derrubei e falei do seu cabelo. Você ficou furioso e xingou minha mãe. Eu falei do seu pai e...
-------------- x --------------
-Chega, Potter. Essa fantasia já foi longe demais. Você me derrubou? - A voz de Draco não escondia seu sarcasmo.
- Sim, Malfoy. É muito mais fácil isso ter acontecido que você me derrubar. Eu tinha certeza que você não ia me deixar terminar de contar.
- O que você esperava? Que ouvisse esse monte de absurdo quieto?
- Não é absurdo. - Harry fez uma expressão de provocação. - É a mais pura verdade.
Draco o encarou e deu um olhar de desprezo.
- Verdade? Seu conceito de ‘verdade’ está bem alterado, não é?
Harry deu uma risada e se jogou para trás, dando um suspiro.
- E eu nem contei sobre as cócegas...
- O que? - Draco não escondeu a indignação.
- Cócegas, Malfoy. Aquela sensação estranha que normalmente é acompanhada pela risada convulsiva, causada pela fricção em determinados pontos da pele.
- Eu sei o que são cócegas, seu idiota.
Harry ficou calado e pensativo por alguns instantes, depois disse, ignorando o comentário do outro:
- Falando assim, até parece outra coisa...
Harry começou a rir ao ouvir o som indignado que Draco fez.
- Você está louco. Eu não sinto cócegas.
- Ah, não?
- Não. Um Malfoy jamais cometeria a indignidade de ficar rindo num corredor quando um inimigo faz cócegas nele. E que tipo de vingança é essa? Só você para pensar em algo tão idiota! - Draco concluiu, evidentemente satisfeito com seu raciocínio.
- Olha, Malfoy. Acredite no que quiser, mas eu me lembro muito bem de suas risadas e da cara de Zabini e Parkinson naquele momento. Mas isso não vem ao caso. - Harry continuou, impedindo alguma reação de Draco. - Você me interrompeu e, como eu avisei, você termina as tarefas. Eu vou dormir.
- Potter, você fez de propósito. - Draco disse, chocado. - Você ficou contado fatos absurdos apenas para que eu o interrompesse!
Harry deu um sorriso largo e encarou Draco, ao responder:
- Isso não parece o tipo de coisa que um Grifinório faria, não é?
- Um Grifinório, não. Mas nada mais me surpreende vindo de você, Potter.
- Vou considerar isso um elogio, Malfoy. E a culpa é toda sua. Como esperava que eu sobrevivesse ao convívio com você?
- Chega. Cansei dessa conversa sem sentido. Vamos acabar logo com isso.
- Você se enganou. Quem vai terminar é você.
- Não mesmo, Potter. Você só falou mentiras. Não valeu.
- Como se sua versão tivesse sido melhor. E eu não menti.
- Mentiu, sim. - Draco disse, emburrado.
Harry se movimentou e derrubou Draco no chão, caindo sobre ele.
- Potter, você me machucou. E esse chão está imundo, completamente empoeirado. Levanta.
Draco tentou empurrar Harry, mas foi em vão. Continuava preso sob ele. Harry segurou os pulsos de Draco acima da cabeça com um das mãos e deu um sorrisinho de provocação. Com a mão livre, Harry atacou os pontos fracos do loiro: um pouco abaixo das costelas e nas axilas. Draco até tentou resistir, mas logo sua risada enchia o ambiente. Ria tanto que não tinha forças para escapar e Harry passou fazer cócegas com as duas mãos.
Draco acabou pedindo, ofegando e rindo:
- Chega. Pára.
Harry parou e ficou observando o outro se recuperar. A respiração ainda ofegante, algumas risadas esparsas, a bochecha corada. Adorava ver Draco perder a pose daquele jeito. Mesmo que fosse ouvir durante horas sobre o chão empoeirado e o cabelo bagunçado. Viu Draco começar a esboçar os primeiros sinais de raiva, e quando ele tentou se soltar e dizer alguma coisa, Harry o beijou.
Quando o beijou acabou, Draco disse:
- Por que não esquecemos esse maldito pergaminho e acabamos de arrumar esse sótão logo? Severus não vai devolver as varinhas enquanto não terminamos. Podemos gastar nosso tempo de maneira bem mais útil. - concluiu, sugestivo.
Harry sorriu e saiu de cima de Draco.
- Tá certo.
Os dois voltaram ao trabalho em silêncio até que Draco falou, atraindo a atenção de Harry:
- Mas eu bem que gostaria de saber de onde veio isso...
- Isso não vem ao caso. Provavelmente nunca vamos saber. Mas eu estava certo sobre as cócegas. - Harry riu. - Só não uso isso muito contra você porque há maneiras mais interessantes te tirar da linha.
- Tão engraçado, Potter. - draco disse, irônico, e colocou o pergaminho sobre uma mesinha. - E não teve cócegas. Afinal, nunca iríamos passar a noite na enfermaria por causa de cócegas. - disse com desprezo.
- Pirou, Draco? Não fomos para a enfermaria naquela noite.
- Claro que fomos. E Pomfrey quase nos flagrou no ato.
- Não foi dessa vez. Depois dessa briga, acabamos numa sala de aula do quarto andar quando fugíamos de Filch. E pode parar de me chamar de ‘Potter’. Ainda está zangado?
Draco deu de ombros e disse:
- É o costume. Tenho certeza que não fugimos para o quarto andar. Daquela vez, Filch quase nos flagrou no armário de vassouras.
Harry ia retrucar quando a porta de abriu e Severus entrou.
- Ainda não terminaram?
Antes que pudessem responder, Remus entrou também e respondeu:
- É um trabalho pesado para fazer sem magia, Severus. - Remus sorriu e fez um movimento com a varinha ajeitando tudo. - Podem ir, rapazes. Severus, devolva as varinhas deles.
A contragosto, Severus devolveu as varinhas. Harry e Draco começaram a sair do sótão, alegres com aquela mudança de planos. Já estavam na porta quando Remus falou, parado ao lado da mesinha:
- O que é isso? - Pegou o pergaminho e ao lê-lo, começou a rir. - Severus, olha isso. Parece que alguém andou anotando algumas de nossas discussões em Hogwarts.
Severus se aproximou e leu o pergaminho, franzindo o cenho.
- Mas porque alguém faria isso? Essa foi daquela vez que pintei o cabelo de Black de rosa?
Remus começou a rir.
- Não, foi aquela vez que você ficou loiro...
Ao perceberem que Severus ia retrucar, Draco e Harry desistiram de acompanhar a discussão. Tinham coisas mais interessantes a fazer além de descobrir de onde surgiu aquele papel. Começaram a rir ao ouvirem uma exclamação indignada de Severus. Aquela conversa ia longe...
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